PROPRIEDADES OCULTAS
das
ERVAS & PLANTAS
das
ERVAS & PLANTAS
Revela o fascinante papel desempenhado pelas Ervas e Plantas na Alquimia, Astrologia,
Medicina, Magia e Religião.
Inclui notas sobre Rituais com Frutas, Culto
a Baco, Drogas Vegetais, Poções Mágicas de Efeito Afrodisíaco, Ervas
Planetárias e Plantas do Zodíaco.
PROPRIEDADES OCULTAS DAS ERVAS & PLANTAS
NOTA
Advertimos aos leitores que não devem usar quaisquer
das ervas mencionadas aqui, exceto sob a orientação de um Herborista idôneo.
Mesmo plantas
medicinais comuns podem ser perigosas nas doses diferentes, ou se a
parte errada da planta for tomada.
W. B. CROW
O Relacionamento Genético das Plantas
TIPOS DE PLANTAS
LIQUENS
SAMAMBAIAS
OS SETE CEREAIS
MITO E MAGIA
Sabe-se
que algumas pesquisas nesse sentido foram efetuadas pela Sociedade Antroposófica.
DROGAS E VENENOS
CÂNHAMO INDIANO
CÂNFORA: UM PERIGOSO EXCITANTE
São
encontradas na maioria das famílias sendo que em algumas, como, por exemplo, na das Cenouras (Umbelíferas) e das Batatas (Solanáceas), são particularmente abundantes.
ERVAS NA ALQUIMIA
GERAÇÃO
ESPONTÂNEA
O
ponto de vista atual, que provou serem todas as coisas vivas
(inclusive os microrganismos) provenientes de outros organismos vivos da mesma
espécie, ou de espécie similar, só foi estabelecido definitivamente, com bases
científicas, após o trabalho de Louis Pasteur (1822-1895).
Não é de se estranhar, portanto, que os Alquimistas achassem possível criar coisas vivas, inclusive seres humanos, de maneira artificial.
ERVAS NA ASTROLOGIA
ERVAS LUNARES
A
REGÊNCIA DE MARTE SOBRE PLANTAS BIENAIS
O
Planeta Mercúrio rege a Quarta-Feira e
passa através do Zodíaco em três meses.
PLANTAS VIVAZES HERBÁCEAS
VIRGEM, signo da Terra, dedicado a Ceres, a Mãe Terrestre, rege, é claro, os Cereais, Gramíneas e Ciperáceas.
AQUÁRIO, representado pela figura de Ganimedes servindo o Néctar dos Deuses, rege as Plantas que possuem Flores e Pétalas Unidas.
PLANTAS USADAS NA
FEITIÇARIA
ANTÍDOTOS
CONTRA MACUMBAS E COISAS DO GÊNERO
ÁRVORES COMO ORÁCULOS
DODONA, nas Montanhas Epirote, dependia da manifestação de um CARVALHO CENTENÁRIO, e suas
mensagens eram obtidas através do Retinir de Armas e
instrumentos suspensos dos galhos da imensa Árvore.
ERVAS & PLANTAS
SEU USO MÁGICO E SIMBOLISMO ASTROLÓGICO
A NATUREZA DAS ERVAS
Considerando-se as plantas tal
como realmente são, e não quanto ao seu uso e propriedades medicinais, pode-se classificá-las,
grosso modo, em Ervas, Arbustos e Árvores com
alguns estágios intermediários, tais como as Vegetações Rasteiras.
As Ervas são desprovidas de caule, murcham no
inverno e atravessam essa estação fria como um resistente Tubérculo
subterrâneo semelhante à madeira, ou morrem e permanecem apenas as sementes
originantes de uma nova planta.
Às vezes,
essa parte subterrânea constitui-se de um caule provido de protuberâncias não verdes
com vários formatos e denominações, tais como Rizoma, Tubérculo, Colmo, Bulbo,
aos quais estão anexadas as Raízes e Radículas.
A Configuração da parte do caule que se situa acima do solo
varia grandemente conforme a disposição das Folhas, se agrupadas ou afastadas
entre si.
O Relacionamento Genético das Plantas
Apesar da enorme
diferença existente entre os milhares de espécies
de plantas conhecidas,
há uma certa estrutura comum à grande maioria delas.
Hipócrates (460-377 a.C.),
grande taumaturgo da Antigüidade,
reconheceu o caráter particular das plantas, ou seja, cada planta é uma
unidade composta de subunidades.
Cada unidade é um Broto, ou Caule sem Folhas.
Um número reduzido de Brotos, ou somente um deles, pode
ter Raiz ou Radículas anexas à base.
Em época mais recente, anterior ao advento do Darwinismo, o grande
iniciado em ciências ocultas Goethe (1749-1832), concebeu a doutrina da Planta Primordial ("Urpflanze"), o
padrão ou forma de vida existente como um arquétipo arcano em
todas as espécies vegetais superiores.
Não se trata da Ancestralidade no sentido evolutivo, mas de uma
realidade expressa pelo parentesco intrínseco, o qual implica um relacionamento
genético donde se infere a possível descendência de um ancestral comum.
Em 1790, na
obra
Metamorfose
das Plantas, Goethe demonstrou como o broto
vegetativo ou não reprodutor das plantas superiores é sucedido pela flor ou
broto reprodutor, equivalente ao homólogo ou precedente, princípio este aceito
universalmente na botânica atual.
PEQUENAS RAÍZES.
Era fato conhecido, mesmo
entre Povos Antigos, a não conformidade,
que Algas-Marinhas e Cogumelos apresentam em relação a estes padrões, pois não
possuem caules, folhas, ou raízes, e
muito menos o equivalente a flores.
É bem verdade que as Algas Marinhas dispõem de lóbulos semelhantes a folhas e hastes, porém um exame mais
cuidadoso mostra que sua disposição não é idêntica àquela presente em plantas florescentes onde as folhas
originam-se dos nós, às vezes separados
por distâncias denominadas entrenós.
O corpo do Cogumelo, na
verdade, é um simples entrelaçamento celular fibróide e
sua frutificação não é de forma alguma
equivalente à de uma flor.
TIPOS DE PLANTAS
Deste ponto em diante delinearemos os principais grupos de plantas a fim de que o leitor menos informado
sobre Botânica
possa saber quais os tipos de plantas a que nos referiremos na parte posterior
deste livro.
Antes de mais nada,
deve-se adiantar que há um grande número de espécies vegetais desprovidas dos três principais órgãos
não-reprodutores (raiz, caule e folhas), sem
mencionar as flores.
Ao
invés disso todas elas possuem uma parte não-diferenciada,
chamada Talo.
Nesta
ampla divisão existem três classes principais: Algas, Fungos e Líquens.
ALGAS
Na
Classe das Algas incluem-se
as Plantas Marinhas, os Aguapés de água doce, e
um vasto número de organismos microscópicos que
constituem grande parte da vegetação flutuante marinha (plânctons).
Estes (e grande parte das espécies existentes em águas estagnadas) constituem-se aparentemente, de forma individual,
em uma única célula.
Muitos dos Limos são meros filamentos de células, por vezes
bastante ramificados.
Em
Regiões Litorâneas Oceânicas,
encontramos o lençol de células verdes,
chamado Alface-do-mar, mas a maioria das Algas-Marinhas é de coloração
parda (leófitas), ou vermelhas (rodófitas) e algumas delas
de matiz pardo, são de tamanho gigantesco.
As Algas-Marinhas só vivem em águas relativamente rasas, em locais
próximos às praias, pois necessitam de luz para a fotossíntese.
Certas
Algas
possuem reprodução sexuada, quase sempre através de
esporos que flutuam ou se deslocam na superfície das águas.
Também
se reproduzem assexuadamente por meio de fragmentação.
Seus
órgãos reprodutores são minúsculos.
FUNGOS
Os Fungos, ao contrário das Algas, vivem em terra.
Muitos
são Parasitas de plantas terrestres.
Outros, vivem em matérias em decomposição no solo.
Conseqüentemente, não apresentam pigmentação verde (clorofila) e prescindem da luz.
Os Cogumelos podem ser plantados em porões úmidos.
A
parte não-reprodutora de um Fungo é uma simples massa de filamentos bastante
ramificados (micélio), como, por
exemplo, no caso do Cogumelo, porém, seus órgãos reprodutores são geralmente
grandes.
Aquilo
a que denominamos de Cogumelos são, na verdade, os seus próprios órgãos
reprodutores (florescência), que produzem
milhões de esporos.
LIQUENS
Os Liquens são, na verdade, organismos terrestres duplos
formados pela simbiose de um fungo com uma alga.
Seus
órgãos reprodutores são diminutas cópias daqueles dos Fungos.
De
fato incluem-se entre os Fungos, mas as demais partes deste não são uma massa de
filamentos ramificados e sim um talo achatado ou lobulado semelhante ao de uma
alga marinha.
Isto
ocorre devido ao Líquen associar-se a um certo número de Algas pequenas que o
ajudam a sintetizar sua alimentação com o auxílio da luz.
Deve-se
a isso a configuração semelhante à de uma folha,
apresentada pelos liquens.
Os Musgos são pequenas Plantas Folhosas dotadas
de caules, mas não possuem raízes.
Formam-se
órgãos sexuais nos Musgos e o embrião produzido cresce, não para
transformar-se em outro musgo, e sim numa estrutura produtora de esporos que
permanece ligada à planta do musgo.
Os Esporos reproduzem novas plantas de musgo.
As Hepáticas são análogas aos musgos, porém geralmente rasteiras
e algumas apresentam lóbulos ao invés de folhas separadas.
SAMAMBAIAS
Ao
se analisar as Felicíneas (Samambaias), observa-se o desenvolvimento completo das partes
assexuadas, já que estas possuem raízes, caules e folhas.
Nas Regiões Tropicais, algumas Samambaias chegam a ter a
altura de uma árvore.
A
maioria delas possui Folhas Longas divididas
em Facíolos.
Nelas
são produzidos os Esporos.
Os Esporos não se transformam em novas samambaias ao
crescerem, mas, em um objeto minúsculo e verde, semelhante às folhas, chamado Prótalo.
Este
contém os órgãos sexuais que originarão uma nova
samambaia.
Um
Ciclo de Vida parecido pode ser visto nos Licopódios que se assemelham a musgos superdesenvolvidos, mas
não têm relação alguma com eles, e nas plantas rabo-de-cavalo, que por mais estranho que pareça, apresentam
folhas bem pequenas.
GIMNOSPERMAS
Vejamos agora as Gimnospermas que possuem entre
seus espécimes, algumas das árvores mais altas que se conhece.
O Cone é a parte reprodutora.
Há
dois tipos de cones, o feminino e o masculino.
Na
verdade, os dois produzem esporos sendo que o feminino germina dentro do óvulo produtor
da semente após sua fertilização pelo tubo polínico que é produzida pelo pólen
do cone masculino.
Há
dois tipos de Plantas Gimnospermas, um deles apresentando grandes folhas compostas,
como, por exemplo, a Samambaia.
Este
inclui as Cicadácias.
O
outro tipo apresenta folhas pequenas adaptadas a climas mais
frios.
Neste
tipo pode-se
citar os Lariços, Pinheiros,
e os Teixos, adaptados a regiões
mais frias onde formam Florestas.
As Cicadácias, por exemplo,
vivem em regiões tropicais.
ANGIOSPERMAS
Consideremos agora
as Plantas Angiospermas, ou seja, aquelas que apresentam florescência, cujos órgãos de reprodução são constituídos pelas
folhas.
Sua Flor difere da de uma gimnosperma no tocante aos
óvulos formadores de sementes que serão envolvidos por uma estrutura chamada ovário.
Assim
como nas
gimnospermas, os esporos femininos são
produzidos no óvulo formando uma
espécie de bolsa de embrião que constitui o ovo, enquanto que os esporos masculinos formam o tubo de pólen portador da célula masculina para
a fertilização do ovo.
As Angiospermas são uma classe de plantas bem ampla, com grande
variedade de formas, e crescem nos mais diversos meios ambientes.
Dividem-se
em duas subclasses, as Monocotilédones, distintas tecnicamente por apresentarem apenas
uma folha de semente ou Cotilédone, e as Dicotilédones, que possuem duas.
Se
porventura crescem entre árvores, sua estrutura interna é bem
diferente no tronco.
As Monocotilédones possuem folhas com nervuras dispostas em paralelo e
não apresentam caule.
Com
raras exceções, os elementos florais apresentam-se em configurações duplas ou triplas (Floristrímeras) e não há distinção entre pétalas e sépalas.
As Dicotilédones possuem folhas nervuradas dispostas em
forma de rede, geralmente caules e elementos florais, com tendência a apresentarem configurações em quadras
ou quintetos (Flores Tetrâmeras e Pentâmeras)
e, na maioria das vezes, as sépalas são pequenas e
verdes, contrastando com as cores vivas apresentadas pelas pétalas, em geral.
As Gramíneas são Monocotilédones com flores não
diferenciadas.
Relacionam-se
intimamente com as Ciperáceas.
Os Lírios e plantas aparentadas, tais como o
Croco, o Croco-do-Outuno, a Cebolinha, o Jacinto, a Tulipa, o Inhame, o
Narciso, o Gengibre e as Orquídeas,
geralmente possuem folhas diferenciadas e grandes Bulbos subterrâneos.
As Palmeiras e Aráceas apresentam várias flores pequenas, geralmente
acompanhadas de uma folha enorme chamada Espata.
O Lírio da Família Arum é um bom exemplo.
Todas são Monocotilédones.
As Dicotilédones são ainda mais numerosas.
Dentre
elas incluem-se
o Amento, com folhas não-diferenciadas como nos Salgueiros
e Choupos, o Mirto do Pântano, a Nogueira, a Bétula, o Amieiro, a Aveleira, as
Betuláceas, a Faia, o Castanheiro-Doce, o Carvalho, o Olmo, e certas Ervas como a Urtiga,
o Quenopódio e o Morrião-dos-Passarinhos.
Outra
subdivisão das Dicotilédones inclui flores
com pétalas cuja
separação é perfeitamente visível, como, por exemplo, no Botão-de-Ouro,
nas Papoulas, nas Cruciferas, na Família das Rosas, Ervilhas, Gerânios, e no
Grupo Azevinho, nos Salgueiros, Parreiras, Malvas, Violetas, Mirtos, no Grupo
da Salsa e em muitas
outras plantas.
Para finalizar, um Grupo com flores visíveis, contendo
pétalas unidas, inclui os
Urzais, as Prímulas, os Limônios, as Gencianas, as Oliveiras, os Freixos, as
Lilases, a Família das Urtigas, Batatas, Ervas dedal, Garanças, Cucurbitáceas,
o Girassol e o Grupo das Margaridas,
nas quais muitas flores minúsculas (florículos) formam
uma única Calátide.
ERVAS
COMO ALIMENTO
A
Magia por meio de simpatias repousa na crença de
que algo que acontece a qualquer coisa depende, de alguma forma, do que sucede
a alguma outra coisa com a qual foi estabelecido um elo mágico.
Atualmente,
encaramos o nosso alimento diário apenas como mais um artigo de consumo.
Comida
é simplesmente comida, sem quaisquer conjecturas
metafísicas.
Poucas
pessoas, hoje em dia, têm a humildade de
agradecer a Deus por isso.
Entretanto,
para o homem primitivo cujas forças espirituais eram
freqüentemente personificadas, tanto os animais quanto os vegetais eram
considerados manifestações de uma dádiva divina.
OS SETE CEREAIS
Em
nenhum outro contexto esse fato é tão óbvio quanto nos Sete Principais Cereais que
constituíam a alimentação básica do homem do Período Neolítico, quando se iniciou a prática da agricultura.
Era
hábito, nessa época, utilizar forças ocultas
da magia a fim de assegurar o crescimento das plantações e afastar da
comunidade o fantasma da fome.
Essas
Práticas Mágicas persistiram até épocas posteriores na história da
humanidade e foram incorporadas à religião, como demonstra Sir James Frazer na
Obra
The Golden Bough
("O Ramo de Ouro").
O
Espírito do Milho era personificado de várias maneiras, por um ser
humano ou até mesmo um animal.
Este era sacrificado, ou aparentemente sacrificado, e, ressuscitava,
simbolizando a nova semeadura.
Os
Cereais são membros da Família das gramíneas, que diferem das espécies silvestres por
produzirem grande quantidade de sementes.
O
Trigo é nativo da Inglaterra, região Mediterrânea e Ásia
Ocidental.
Nas
Cerimônias, era simbolizado pela mãe do trigo,
noiva do trigo, homem do trigo, ou cachorro, lobo, cabra, vaca, ou porca.
O
Centeio é principalmente um cereal nativo
da Alemanha e da Rússia, ambos
famosos por seu pão de centeio.
Era
simbolizado pela Mãe
do Centeio, por uma mulher
idosa, ou por um cachorro, lobo, cabra, ou porca.
A
Aveia é cultivada nas regiões mais setentrionais da Europa, já que o mingau é o prato nacional da Escócia.
Era
simbolizada pela Mãe
do Centeio, noiva do centeio, também por
um garanhão, uma vaca, cabra, porca ou lobo.
0
Milho era cultivado originariamente apenas na América, onde os nativos tinham a sua mãe do milho, ou
deusa do milho.
O
Arroz é um cereal que apresenta boas condições de cultivo
em regiões tropicais úmidas, sendo alimento de primeira necessidade no sul da Ásia, onde havia cerimônias da noiva e do
noivo do trigo, da mãe do trigo e da filha do trigo.
Vários
tipos de Painço são cultivados na Itália, Alemanha, e em muitas regiões secas da Ásia.
Venera-se o
Deus do Painço entre
os Nativos da Tribo Ainu ao norte do Japão.
SUA ORIGEM MISTERIOSA
Como
vimos, todos os Cereais parecem ser membros da Família das Gramíneas, da qual
diferem simplesmente pelo fato de apresentarem sementes grandes e abundantes.
Os
Biólogos sustentam que isso se deve à seleção artificial ao
longo dos séculos.
Os
Cereais não seriam o que hoje são sem a interferência do
homem em sua produção.
Os Teosofistas, que por seu turno estão convencidos do fato de
que cada espécie de planta possui sua alma coletiva, naturalmente interpretam esse relacionamento
planta-homem como um elo oculto especial, semelhante àquele existente entre o
homem e seus animais domésticos.
Há
uma outra Tradição entre
algumas Escolas de Teosofistas.
Acreditam
os seguidores desta corrente que o homem, em certo estágio de sua
evolução, foi auxiliado por alguns iniciados vindos do planeta Vênus.
Eles
têm razões para acreditar nessa teoria, e a
recente idéia de viagens interplanetárias faz-nos parecer bem provável que seres mais adiantados possam ter
estado na Terra em alguma etapa de sua evolução.
Além
do mais, alega-se que tais seres deram à humanidade não apenas uma Orientação Moral ou Social,
mas trouxeram consigo grãos de trigo a fim de prover-nos um vegetal de
qualidade superior.
Também
trouxeram formigas
e abelhas para produzirem mel
e fertilizarem flores.
Sua
opinião é de que o Homem
produziu o Centeio em imitação ao Trigo,
por meio de geração seletiva.
Também
acreditam que a Aveia e a Cevada são Vegetais Híbridos criados
a partir de certas gramíneas terrestres.
Devemos
acrescentar que o Milho é, provavelmente, o cereal mais modificado pela
intervenção humana.
MITO E MAGIA
Do
ponto de vista Materialista, o Pão é o suporte da vida, por permitir que o corpo
realize satisfatoriamente tarefas diárias.
Do
ângulo Espiritual, simboliza a permanência da parte imortal
no homem, ou seja, simbolicamente, o alimento espiritual e celestial de Swedenborg,
o maná dos céus.
ESTA
ERA A CRENÇA GERAL antes do advento do Cristianismo.
Os
Gregos cultuavam Demetér como
sua deusa do milho, a qual era mais conhecida (entre os Romanos) pelo
nome latino de Ceres.
De
acordo com a opinião de alguns historiadores, Demetér representa apenas a Deusa da Cevada.
Em duas ocasiões, Ceres, como a denominaremos, afastou-se do Olimpo, a Morada
dos Deuses.
Seu
gesto fez com que as Plantações de Cereais começassem a
morrer por toda parte.
Numa dessas ocasiões, isso foi causado pela perda de sua filha Prosérpina
(Persífona para os Gregos),
Levada às profundezas da Terra por Plutão, Rei do Império dos Infernos, para torná-la sua esposa.
Levada às profundezas da Terra por Plutão, Rei do Império dos Infernos, para torná-la sua esposa.
Após
isso, Prosérpina obteve permissão para retornar à Terra, por seis
ou (segundo alguns) nove meses.
O
SISTEMA SOLAR, (LONDRES, 1930. - E.
POWELL).
Em
outra ocasião, o
desaparecimento de Ceres dos céus foi culpa de seu irmão Netuno que a fez cair em desgraça e retirar-se para uma
caverna sendo atraída pelos deuses que se entretiam de forma barulhenta à porta
da mesma.
Ceres, tomada de enorme curiosidade, saiu para verificar
o que era e foi persuadida a acompanhá-los.
A
mesma estória é encontrada com várias semelhanças na Mitologia Japonesa, fala da Rainha
do Sol Amaterasu e seu irmão.
OS MISTÉRIOS DE ELÊUSIS
O
Conteúdo Moral de
ambos os mitos é óbvio.
A
propriedade física do milho é a conservação da saúde do
corpo.
Sua
propriedade oculta era a preservação do bem-estar da vida
espiritual do homem.
Mas,
de que maneira esta seria realizada?
O
Mito seria
posto em prática através dos ritos.
O
mais Famoso dos Ritos dessa Deusa era a Eleusinia entre os Cretenses e Gregos, e o Tesmoforia entre os Gregos.
Esses
dois rituais achavam-se intimamente relacionados.
Os
Mistérios de Elêusis são tidos como os de maior significação na Iniciação
Religiosa do Mundo Clássico.
Seus
Cultos eram estritamente Secretos, mas, todos os Homens ilustres da Antigüidade os
freqüentavam, à exceção de Sócrates.
Supunha-se
que foram introduzidos
por Cadmo
(1550 a.C), Eritreu (1399 a.C), ou Eumolpo (1356 a.C.), e só foram abolidos pelo Imperador Romano Teodósio I (389 d.C), após serem difundidos por toda Roma.
Nos
Mistérios de Elêusis, o Culto a Ceres, a Deusa
do Milho, era associado ao de Baco, Deus
do Vinho.
Era
o prenúncio da utilização do Pão e Vinho no Sacramento Cristão, que será analisado mais detidamente no capítulo "Ervas
na Religião".
0 REI E A RAINHA DO FEIJÃO
Chegamos
agora às Leguminosas, tais como o feijão, a ervilha e as lentilhas.
No
Antigo Festival Romano
de Lemúria, feijões pretos eram atirados sobre túmulos e
também queimados.
Achava-se
que, juntamente com outras práticas, como Batidas
de Tambores e emissão de Palavras Mágicas, evitava-se que fantasmas de pessoas
mortas viessem importunar os vivos.
Por
outro lado, parece que os Legumes eram consumidos com certa reverência durante funerais,
fazendo-nos crer que suas propriedades ocultas tinham o objetivo de unir os
vivos aos mortos.
Diz-se que Pitágoras proibia a seus discípulos o consumo de feijão.
Alguns
Historiadores acreditam
que isso estava relacionado com a proibição de ocuparem cargos públicos, já que
tais funções eram conseguidas à custa de votos arrecadados na forma de feijões.
Aristóteles dizia
que o feijão representava a lascívia.
Assim sendo, a proibição do uso de feijão significaria
castidade.
Também
se sugeria, via de regra, que o
comportamento rebelde seria caracterizado por ervilhas e feijões numa analogia
ao crescimento selvagem e incontrolável de seus brotos.
Durante
a véspera do Dia
de Reis, na França medieval e Inglaterra, eram escolhidos jovens para representarem o papel
de um rei e uma rainha.
Escondiam-se
dois feijões num bolo enorme, repartido entre os componentes do
grupo.
Ao
rapaz e à moça que tivessem a sorte de tirar os feijões eram
concedidos determinados privilégios.
De
forma bem parecida, o Senhor
da Desordem era escolhido na
véspera do Dia de
Todos os Santos para servir na Corte do Rei até a Candelária.
Era
uma espécie de bobo da corte,
e, na Escócia,
era chamado de Abade do Absurdo.
Este
costume foi abolido em 1555, mas
vestígios de práticas semelhantes foram preservados nas Universidades.
DOMINGO DO "CARLING"
É
mais conhecido como DOMINGO
DA PAIXÃO.
Também
era chamado de Domingo
da Abstinência.
Neste
dia havia o costume de se comer uma espécie de feijão chamada "Carling".
Este
era colocado de molho, e após frito com
manteiga, jogado fora.
Já
vimos que o Feijão era
associado a funerais e no Domingo
da Paixão celebrava-se, antecipadamente, o funeral de Cristo.
0 Feijão e as Ervilhas representavam a Alma dos Mortos.
Os Feijões, nesse dia, eram levados ao altar e
abençoados pelo Clero Romano.
Este
Ritual também era praticado pela Igreja Grega.
A
Semente após o plantio precisa ser regada.
A não ser que seja enterrada, não crescerá. (João, XII,
24-25).
A
Humildade mais profunda é simbolizada pela cerimônia
fúnebre.
Por
isso (no Oriente) alguns Iogues praticavam originalmente o ritual de serem
enterrados vivos.
O CULTO À MAÇÃ
Dizia-se que
as Maçãs, após as
glandes, constituíam o principal alimento do homem primitivo.
Porém,
à parte seu valor nutritivo, pode-se
perceber, através de numerosas Crendices e Superstições
Antigas, que na Antigüidade
as Maçãs
eram relacionadas com o amor.
Na
véspera de Natal, ou do Dia de Reis, até o começo deste século, ainda estava em voga
na Inglaterra e alguns países
europeus o culto
à maçã.
O
Objetivo era garantir uma boa colheita.
Incluía visitas
ao pomar, passeios entre as árvores, recitações relativas à fertilidade,
batidas nas árvores com pedaços de pau, ou chutes, barulhos intensos, brindes
(bebia-se sidra à saúde das árvores), mergulhavam-se galhos em sidra,
ofereciam-se torradas, queijo e maçãs assadas, despejava-se sidra nas raízes
das macieiras.
Algumas
vezes um garoto subia numa árvore para, com isso,
personificar o espírito da mesma.
Em
outras, o espírito era personificado
por uma espécie de cotovia, corruíra, ou tordo
americano, que, em eras antigas, eram
sacrificados.
Em
alguns lugares tocava-se violino após o que o violinista colocava
sua cabeça nos joelhos de cada donzela presente e dizia o nome de seu futuro
marido.
SORTILÉGIOS COM MAÇÃS
Um
pouco antes do Dia
de São Miguel, as jovens
solteiras colhiam maçãs silvestres e nelas escreviam as letras iniciais de seus
pretendentes, deixando-as secar.
No
Dia de São Miguel, as examinavam e
as iniciais que estivessem mais visíveis eram consideradas como as dos
prováveis maridos.
No
Dia de São Simão ou de São
Judas, descascavam-se maçãs, e as
cascas eram jogadas ao chão com o objetivo de formarem as iniciais do nome do
futuro marido.
Um
outro tipo de adivinhação
realizada habitualmente no Dia de Todos os Santos, era a de se pegar com a boca maçãs penduradas num
barbante ou boiando em um balde.
Se
uma moça que estivesse penteando seus cabelos tendo uma maçã
na boca, se colocasse em frente a um espelho, poderia, acreditava-se, ver a
imagem de seu futuro marido.
Um
Casal, repartindo uma maçã,
provavelmente casaria.
Todas
estas Crendices relacionam-se com a mitologia.
As
Maçãs de Ouro de Hespérides, por exemplo, foram dadas a Juno por Júpiter
no dia de seu
casamento.
No
casamento de Peleus e Tetis, quando todos os Deuses
e Deusas estavam presentes, exceto a Deusa da Discórdia, que não fora convidada, esta, inesperadamente,
surgiu e jogou em meio aos convidados uma maçã de ouro com a inscrição "Tara a mais bela" (Juno, Minerva e Vênus), julgamento este cujo veredito deveria ser dado
por um mortal.
Paris foi escolhido para ser o juiz, tendo premiado Vênus, precipitando dessa forma a Guerra
de Tróia.
Em
outra estória, a bela porém
atlética Princesa Atalanta, para ver-se livre de seus inúmeros pretendentes,
disse que casaria com aquele que conseguisse vencê-la numa corrida.
Nenhum
deles teve sucesso até o dia em que Hipómanes aceitou o desafio.
Não
era melhor corredor que os outros, mas Vênus lhe dera três maçãs de ouro, as quais,
matreiramente, jogou ao chão durante a corrida.
Distraindo-se com
elas, Atalanta deixou que Hipómanes
vencesse, tornando-se assim sua esposa.
OUTROS RITUAIS COM FRUTOS
Na
Antigüidade havia muitas cerimônias relacionadas a frutos,
algumas delas comprobatórias das propriedades ocultas específicas ou genéricas.
Naturalmente, uma relação bastante comum com as frutas era a
fertilidade.
Isto
é logicamente associado às festas dos mortos, pois a morte requer uma nova vida
em seu lugar, ou seja, a fertilidade.
0
Dia de Finados (2 de novembro) é celebrado em
honra a todos os mortos, não apenas pelos Cristãos mas também pelos budistas e Druidas.
Sua
Véspera, dedicada a Todos
os Santos,
pelos Cristãos, era a Festa
da Pomona,
a Deusa das Frutas, entre os Romanos Pagãos.
O
Dia de Todos os Santos
era o equivalente Cristão para essa data e — mais
vulgarmente — a Noite
do Quebra-Nozes devido certas crenças proféticas sobre nozes, principalmente Avelãs.
Era
a Celebração Céltica denominada Samhain, também uma festa entre os Pagãos Francos e
Germânicos.
Entre
os Cultos de maior significação relativos a Árvores,
pode-se citar o da Figueira,
dedicado a Pan;
da Parreira,
dedicado a Baco,
da Oliveira, dedicado a Minerva,
e o da Romãzeira,
dedicado a Juno.
São
muitos os Festivais da Colheita.
Um
dos mais Antigos é a Festa
Judaica dos Tabernáculos.
Nela, levavam-se Quatro
Tipos de Plantas: a Lulac,
ou Ramo de Palmeira, a Esrog, ou Cidreira, a Hadassim,
ou Mirto, e a Arovous,
ou Salgueiro.
As três primeiras representam a Beleza
das graças recebidas de Deus, e a
última significa a Humildade.
A CERIMÔNIA JAPONESA DO CHÁ
O
Chá foi introduzido no Japão através do Continente Asiático, no século VIII,
mas só se tornou popular por volta do século XIII.
Um
pouco mais tarde, o Zen-Budismo difundiu-se mundo afora, e um monge budista trouxe
da China um conjunto completo de utensílios para que este
fosse preparado e servido adequadamente.
Sabemos que o Zen-Budismo procura transmitir ensinamentos sobre uma abordagem direta às habilidades
ocultas.
Daí
supor-se a existência de um método próprio de se servir chá, assim como o há para muitas outras artes.
Além
disso, dizia-se que o chá
ajudava na meditação por manter a percepção.
A
Sala de Chá era decorada com a maior simplicidade e os
movimentos do ritual eram extremamente harmoniosos.
O
Chá era
também amplamente consumido nos Monastérios Tibetanos.
O
Chá foi introduzido na Europa, no século XVI, tornando-se imediatamente popular.
É obtido fervendo-se as folhas
secas dos pés de chá em água.
Tais
infusões são denominadas TISANAS.
Também
podem ser preparadas com sementes (também chamadas grãos) de
café torradas, com sementes de cacau que
originam a Teobromina, que
é a Essência dos frutos do
Cacaueiro, com Chá Mate proveniente de uma espécie de Ilex,
uma planta do gênero Azevinho, muito usada na América do Sul.
ERVAS
QUE CURAM
Com
base em Estudos Históricos e Arqueológicos, hoje dispomos de uma extensa LISTA DE PLANTAS utilizadas pelos antigos na ARTE DA CURA.
Algumas
delas ainda podem ser encontradas na Farmacopéia
Moderna enquanto outras já foram eliminadas.
Apesar
da introdução da Psicologia aplicada na Medicina Moderna, supõe-se a existência de uma ação química das
drogas sobre o funcionamento do organismo.
Presume-se
que, mesmo aquelas que afetam o psiquismo, agem, de
algum modo, através de ações químicas sobre as células do cérebro.
A Romã era usada na Babilônia
e antigo Egito, mas atualmente é
considerada inútil.
Os
Babilônios usavam o Açafrão-da-Índia, considerado apenas um agente corante, em nossos
dias.
O Espicanardo, uma das drogas mais importantes para os Hebreus e Hindus, é hoje considerado como um mero material
adulterante, encontrado em algumas amostras de Valerianas.
A Erva-de-Passarinho, à qual os Druidas
atribuíam poderes quase milagrosos de cura, já não
se inclui em livros atuais de farmacologia.
PROPRIEDADES OCULTAS
Parece
fora de dúvida que os povos da Antigüidade conheciam as propriedades ocultas das
ervas, às quais creditavam efeitos metafísicos sobre aspectos mais sutis do
homem, fato considerado imaginário pela ciência materialista atual.
Somente
poucos Videntes atreveram-se a falar sobre o assunto nos últimos
anos.
Em
1906, um senhor idoso, de nome Charubel, publicou um livro no qual abordava a Cura
de Moléstias através do uso de Magia Simpática, utilizando ervas e pedras, tratamento este ao qual denominou de "plano da alma".
O
Dr. Rudolf Steiner, fundador da Sociedade
Antroposófica, elaborou
medicamentos com base em suas pesquisas sobre a ciência espiritual, e dentre tais
medicamentos, inclui-se a Erva-de-Passarinho.
Steiner
acreditava
que os elementos espirituais atuavam por meio de substâncias físicas, de
maneira que seu método não representava um antagonismo, e sim um sistema
complementar à medicina moderna.
Acreditava-se
que o Exorcismo, bastante
encontrado nas páginas do Novo
Testamento, incluía, segundo Babilônios,
Egípcios e Hindus, uma Clíster ou
Lavagem intestinal.
A
maioria dos métodos de administração de medicamentos, conhecidos hoje em dia pelos Farmacêuticos, tem origens que remontam à Antigüidade.
AYUR-VEDA, O SISTEMA HINDU
As
Quatro Vedas são as obras mais importantes da Literatura
Hindu, e a Ayur-veda é
o suplemento médico a uma delas, o qual, segundo a tradição, foi escrito por Dhanwantari, médico dos deuses.
Trata
do assunto sob um ponto de vista extremamente amplo, pois o Termo
Sânscrito Ayur
quer dizer vida.
Sua
tese é a de que a saúde é o equilíbrio harmonioso das três forças importantes
que atuam sobre o organismo humano, e seus sete tecidos principais.
Há
três tipos principais de doença: a de Natureza Física, Acidental, e Mental, e
todas elas possuem fundo Espiritual.
Existem também três tipos de medicamentos:
OS MANTRAS
(Vibrações
Sonoras Reguladas), Rituais e Oferendas, Plantas, e Pedras Preciosas;
ARTIGOS
usados de forma
correta.
MENTE
isenta de
atos ou pensamentos que possam acarretar prejuízos a outrem.
As Ervas, por conseguinte, constituem apenas parte do
tratamento, embora muitas delas pertencentes à abundante Flora Nativa da India tenham sido incorporadas ao método.
Muitas
delas foram importadas
pela Medicina
Ocidental e por ela adotadas devido seus efeitos sobre a Fisiologia
Humana.
Um
exemplo disso é a Rauwolfia, gênero venenoso da família das Pervincas, há muito usada na índia como um purgante
e antídoto contra picadas de cobras e insetos.
Alguns
anos mais tarde começou a ser empregada na Europa como medicamento Ansiolítico.
No
entanto não é só por seus efeitos fisiológicos que as Drogas
Aiurvédicas são
utilizadas na Índia.
De
acordo com a opinião do Dr.
Raman, as seguintes características
também são levadas em consideração:
(1) A predominância dos
Cinco bhutas (termo
sânscrito) na composição da droga;
(2) O Sabor;
(3) As Qualidades Físicas, por exemplo, se líquida ou sólida, leve ou
pesada;
(4) A Potência ou Energia Ativa;
(5) Os Efeitos Posteriores;
(6) Quaisquer Particularidades Especiais.
Aquele
que aplica o Sistema Aiurvédico também
leva em consideração a estação do ano, o estado do paciente, sua
alimentação e todos os aspectos de seu meio ambiente.
MOXA
Na
China, desde seus primórdios, era
prática usual uma Metodologia
Médica que visava curar moléstias através da introdução de
agulhas em vários pontos do corpo humano.
Este
método é a ACUPUNTURA, bastante difundida atualmente.
Diagramas
e Modelos Especiais indicam o lugar exato onde se deveria aplicar as
agulhas.
Este
método estendeu-se à Europa e, na França, por exemplo, sua aplicação é bem elevada.
Como
a Acupuntura não está relacionada às ervas, deixamos de
apresentar maiores comentários a respeito, visto não ser o objetivo precípuo
desta obra.
Os
Praticantes da Acupuntura
utilizam-se, em certas ocasiões, do que se chama Moxa.
A Moxa consiste no emprego de pequenos
cones ou cilindros feitos de folhas de Artemísia
em pó, uma planta composta
relacionada à Camomila, que é usada como um contra-irritante.
Estes
Cones são colocados em posições definidas em certas
partes do corpo, posições estas indicadas pelos Diagramas-Moxa, perfeitamente distintos dos diagramas de
acupuntura, acesos
com vela ou incenso elevando-se uma pequenina bolha dentro da qual a
cinza pode ser esfregada.
A
Moxa tem
sido eventualmente praticada na Europa.
DOUTRINA DAS CARACTERÍSTICAS
Na
Idade Média, na Europa, uma curiosa
propriedade oculta era atribuída a determinadas plantas e ervas.
Observou-se
que certas partes de uma planta assemelhavam-se,
na forma ou na cor, com algumas partes do corpo humano e acreditava-se que uma
moléstia porventura apresentada por algum órgão, poderia ser curada por meio da
aplicação da planta correspondente.
Este
princípio era denominado Doutrina das Características,
que afirmava ter cada planta um caráter próprio específico, como seu próprio
uso, e bastava apenas contemplá-la detidamente para compreender sua
característica.
Em
algumas plantas era fácil definir este procedimento.
As Hepáticas, por exemplo, eram assim chamadas porque o caule,
freqüentemente, assemelha-se à forma de um fígado. Conseqüentemente eram aplicadas no tratamento de doenças do fígado.
A Pulmonária, planta relacionada à borragem e ao miosótis,
apresenta folhas semelhantes a pulmões e era usada para
o tratamento de doenças
deste órgão.
A Utriculária é uma planta aquática cujas folhas são submersas, e
sobre estas nascem pequeninas bolhas dentro das quais são capturados insetos.
Foi
muito empregada no tratamento de moléstias da
bexiga.
É
vagamente relacionada com a dedaleira.
A Orquídea, uma Monocotilédone, recebe esta denominação devido a seus tubérculos subterrâneos, parecidos
com os testículos do homem.
Por esta razão, acreditava-se ser valiosa no
tratamento de moléstias dos órgãos sexuais masculinos, principalmente.
A Aristolóquia, pertencente a um grupo relativamente isolado de Dicotilédones, possui flores enormes tendo a corola
parecida com o útero feminino,
e, em conseqüência disso, utilizada
nas doenças da mulher, e freqüentemente
para atenuar as dores do
parto.
Devido
à cor, o Sândalo Vermelho era usado para doenças sangüíneas, como também as Pétalas das Rosas Vermelhas.
Pensava-se que
o Amarelo do Açafrão,
do estigma de uma Planta Monocotilédone do
tipo Croco, por ser parecido com a Bile, seria adequado para o Tratamento
de Estados Biliosos.
TRATAMENTOS COM ERVAS
No
início da Idade Média
os Médicos faziam
uso de inúmeras ervas como medicamentos, seguindo os grandes trabalhos
clássicos de Hipócrates
(460-377 a.C.), Galeno
(por volta de 130-200 d.C), porém aproximadamente à época da Reforma
Luterana, Paracelso
(1493-1541) introduziu o uso de muitas drogas minerais.
Na
Inglaterra, o Real Colégio de Cirurgiões obteve Cartas-Patente em
1518 (durante o reinado de Henrique VIII —
1491-1547) que outorgavam poderes
semelhantes aos atualmente conferidos pelas Associações Médicas.
Porém, nessa época,
foi decretado um Ato
Parlamentar segundo o qual qualquer pessoa que
possuísse conhecimentos das propriedades de cura das plantas, podia,
legalmente, fazer uso dos mesmos.
Afirma-se que tal Ato foi
um privilégio concedido aos inúmeros praticantes da medicina popular que não
haviam estudado anatomia, fisiologia e demais matérias pertinentes ao currículo
de uma escola de medicina.
Tais
profissionais tornaram-se conhecidos como Herbanários.
As plantas utilizadas no começo
deste século eram Ervas Silvestres (Dicotiledóneas), sendo que apenas um reduzido número delas era
reconhecido como valioso pelos médicos.
ABAIXO
SEGUE-SE UMA LISTA DISPOSTA
SEGUNDO AS FAMÍLIAS:
Familia da Lorantácea (Lorantáceas): Erva-de-passarinho (Viscum).
Família das Plantas Floríferas (Poligonáceas): Bistorta (Polygonum).
Família da Cariofilácea: Morrião-dos-passarinhos (Stellaria).
Família das Rosáceas: Agrimonia (Agrimonia), Ulmária (Ulmaria),
Framboesa Silvestre (Rubus).
Família do Feijão e da Ervilha (Leguminosas):
Giesta (Sarothamnus).
Família do Linho (Lináceas): Linho (Linum).
Família da Litrácea (Litráceas): Salgueirinha (Lythrum).
Família da Cenoura (Umbelíferas): Azevinho (Eryngium), Cenoura Silvestre (Daucus), Sanícula (Sanícula).
Família da Genciana (Gencianáceas): Fava-do-brejo (Menyanthes), Centáurea-menor (Erythraea).
Família da Borragem (Borragináceas): Consolda (Symphytum).
Família das Urtigas Mortas (Labiadas): Marroio-negro (Ballota), Marroio-branco (Marrubium), Hera
terrestre (Glechoma), Erva-das-feridas (Prunella), Barrete (Scutellaria), Betônia (Betónica), Salva (Teucrium), Salva
Vermelha (Salvia), Hortelã (Mentha), Hissopo (Hyssopus).
Família da Banana de São Tomé (Plantagináceas): Banana-de-São Tomé (Plantago).
Familia da Valeriana (Valerianáceas): Valeriana (Valeriana).
Família do Girassol (Compostas): Bardana-maior (Arctium), Erva-picão (Bidens), Tussilagem (Tussilago), Dente-de-leão (Taraxacum), Artemisia (Artemesia), Tasneirinha (Senecio), Milefólio (Achillea).
As Drogas Vegetais
são
também chamadas de Galênicas em homenagem
a Galeno, Médico Grego
criador
deste sistema.
0 TRATAMENTO COM ERVAS difundiu-se na América por intermédio dos Imigrantes
Ingleses que fundaram a Colônia
de Plymouth, e um conjunto de
plantas bastantes variadas começou a ser usado, entre as quais incluem-se as
seguintes, sendo as duas primeiras Famílias Monocotilédones:
Família das Orquídeas (Orquidáceas): Orquídea Silvestre (Cypripedium).
Família das Taiobas (Aráceas): Arão
(Arum).
Família das Mirtáceas (Mirtáceas): Murta-do-brejo (Myrica).
Familia das Aristolóquias (Aristoloquiáceas): Aristolóquia (Aristolochia), Serpentária Canadense (Asarum).
Família dos Nenúfares (Ninfáceas): Nenúfar (Nymphaea).
Familia dos Ranúnculos (Ranunculáceas): Erva-de-São Cristóvão (Cimicifuga), Hidraste (Hydrastis).
Familia das Uvas-Espim (Berberidáceas): Uva-Espim (Berberís).
Familia das Hamamélis (Hamamelidáceas): Hamamélis
(Hamamelis).
Familia da Azedinha Grande (Oxalidáceas): Azedinha Grande (Oxalis).
Família das Arrudas (Rutáceas): Espinho-de-vitém (Zanthoxylum).
Familia das Piroláceas (Piroláceas): Pirolácea
(Pyrola).
Familia das Batatas (Solanáceas): Pimenta-de-caiena (Capsicum).
Familia das Urtigas-mortas (Labiadas): Poejo
(Mentha), Marroio
aquático (Lycopus).
Familia da Dedaleira (Escrofulariáceas): Quelone
(Chelone).
Família do Girassol (Compostas): Raiz-de-cascalho (Empatorium).
Família das Lobélias (Lobeliáceas): Lobélia (Lobelia).
Muitas
destas Ervas já eram adotadas na Medicina Natural dos Nativos.
A Lobélia e a Pimenta-de-Caiena eram os principais medicamentos dentro do sistema Thomsoniano, assim chamado em homenagem ao seu criador, Samuel Thomson (1769-1843).
O
Uso de Ervas foi causa de muitas controvérsias entre a Classe
Médica que se opunha aos Herboristas.
HOMEOPATIA
O
Sistema Homeopático foi
introduzido por um Médico Alemão
e sua prática é adotada por milhares de médicos legalmente habilitados.
Difere,
porém, da Medicina Comum,
denominada Alopática.
As
diferenças são:
(1)
Toda
e qualquer droga usada em homeopatia deve ser testada
antes numa pessoa saudável;
(2)
A
droga deve produzir, nessa pessoa, sintomas idênticos àqueles
da doença que se quer tratar;
(3)
Deve-se
usar apenas um medicamento de cada vez;
(4)
A
Droga é usada na forma diluída.
de
fato, acha-se que a solução diluída ativa a ação da mesma.
Daí
serem chamados de Potências os Graus de Diluição.
A
Homeopatia foi criada por Samuel Hahnemann (1755-1843).
Enquanto
traduzia a Obra de Cullen - Materia Medica,
verificou a existência de certo número de medicamentos chamados Específicos, os
quais agiam apenas em certas sintomatologias.
Um
destes Medicamentos era a Quina, do gênero da Cinchona, Planta Sul-Americana da Família das Garanças que era muito conhecida à época no Tratamento da Malária.
Hahnemann experimentou a droga em si mesmo e
descobriu haver produzido sintomatologia semelhante à da Malária,
em seus mínimos detalhes.
Sabe-se
que a
Beladona {Atropa Belladonna) produz os sintomas característicos da Escarlatina, a Trepadeira Venenosa (Rhustoxicodendron), os da Erisipela, o Estramonio (Datura stramonium) os da Asma, a Colocíntida (Citrullus colocynthis), os da Cólica, e assim sucessivamente.
0
Medicamento é sempre usado em pequenas quantidades, diluído em
água ou misturado em pó neutro, tal como o açúcar do leite (lactose), por
exemplo.
Alguns
dos primeiros Médicos Homeopatas usavam diluições
tão extremas que, dizia-se, somente poucas moléculas ou mesmo nenhuma delas
permanecia.
Isso
leva a teses, que acreditamos
foram formuladas pelo Dr.
Rudolf Steiner, segundo as quais
estariam envolvidas no sistema certas propriedades ocultas ou metafísicas.
DROGAS E VENENOS
Os
Cereais enquanto fisicamente encarados
como sustentáculos da vida humana, do ponto de vista Esotérico, tais como vistos nas Cerimônias de Demetér, ou Ceres, são considerados como 0 Sustentáculo da Vida Espiritual.
Nos
Mistérios de Elêusis, observamos que
as Deusas eram associadas a Dionísio, Baco
para os Romanos.
Havia
vários Festivais a ele dedicados em Atenas.
Dionísio
era o Deus da Parreira,
e, por conseguinte do Vinho.
Do
ponto de vista do Ocultismo, o Vinho é não só uma bebida alcoólica excitante, mas
também seu uso pode ter finalidades espirituais.
Num
nível Astral mais Baixo
podemos citar, como exemplo, o caso dos Nativos
das Antilhas, os Caraíbas, que após longas rodadas de bebidas, caíam
embriagados pelos túmulos de seus mortos e posteriormente, relatavam mensagens
que, segundo eles, vinham do além.
Já
em um Nível Mais Elevado, a embriaguez pelo vinho simboliza,
para os Místicos, o
êxtase divino.
No
Sufismo, uma das Seitas do Islamismo, apesar de ter seu uso vedado,
muitos Adeptos, Místicos Religiosos,
escreveram poemas de louvor ao vinho, usando este simbolismo.
Atualmente, um certo número de pessoas é adepto do emprego de
novas drogas no desenvolvimento de uma percepção sensorial mais ampla, uma
consciência maior da Cosmognose.
Essa
Corrente, cujo mérito ainda hoje gera
controvérsia, era partilhada pelos antigos no uso do vinho.
Em
Conseqüência do uso Indiscriminado de substâncias
alcoólicas e outras, o culto a Baco, em Roma, degenerou em uma série de orgias.
Foi
suspenso por certo tempo, mas, retomado mais tarde ao
perceberem que o uso correto do vinho nos mistérios, tinha um significado
oculto profundo.
BEBIDAS ALCOÓLICAS FERMENTADAS
Um Fungo microscópico chamado Levedura (Saccharomyces) desenvolve-se na casca das uvas.
Quando estas são prensadas obtém-se o suco denominado Mosto,
que contém as células da levedura em sua composição, e, através do processo
de fermentação, o açúcar converte-se
em álcool etílico (etanol), sendo este o agente
causador da embriaguez.
Também
se pode preparar bebidas alcoólicas usando Ervas que
contenham outros açúcares, ou até mesmo amido.
Neste
caso, o amido precisa ser transformado em açúcar por meio de um reagente ativo e os
microrganismos presentes na mistura encarregam-se disso.
Em
alguns casos, usa-se a Saliva Humana para essa
finalidade a qual interage com a substância vegetal ao ser mascada.
As Bebidas Alcoólicas,
logicamente, são elaboradas a partir da destilação de bebidas fermentadas,
processo este já conhecido na Antigüidade.
O AÇÚCAR NATURAL
À
parte alguns poucos exemplos, como as bebidas não-alcoólicas feitas
com mel, o açúcar existente na natureza é
oriundo do reino vegetal.
Noé,
segundo o Relato Bíblico, foi o primeiro homem a cultivar, da
forma tradicional, a vinha, após sua saída da arca.
O
Vinho é utilizado desde os mais recentes estágios da
História escrita e foi difundido por toda a Europa, em que pese o fato da parreira não se adaptar a
climas frios.
Tais
países geralmente importavam vinho para seu consumo.
Já
nos referimos, por seu turno,
à Sidra, produzida de Maçãs.
O Licor produzido de Pêras tem preparo semelhante.
Na
Inglaterra, as PLANTAS
NATIVAS sempre foram
utilizadas e, por essa razão, os Ingleses conhecem um grande número de bebidas, como, por
exemplo, um tipo de vinho preparado com frutas como o Abrunho, Groselha, Amora Preta, Sabugo, Ruibarbo, e até mesmo com o Nabo.
Nos
Trópicos, usavam-se outras plantas.
A Cana-de-Açúcar, provavelmente nativa das Índias Orientais, também
era usada na África,
produzindo o vinho denominado Massanga.
Um
Vinho preparado com a Banana era
bastante consumido na África
Oriental.
O
Vinho da Palmeira, elaborado com várias Palmas, era muito consumido na África do Norte e Ocidental, índia,
Ceilão, ilhas do Pacífico, e nas Américas do Sul e Central.
O
Vinho da Agave, chamado Pulque,
teve seu consumo muito difundido no México
e América do Sul, e nessas regiões
até mesmo os Cactos eram usados, algumas vezes.
A CERVEJA DE AMIDO
O Amido, presente em muitos Cereais, era freqüentemente usado como fonte de bebidas
alcoólicas.
No
Antigo Egito, fermentava-se
a cerveja que a seguir era distribuída para toda a Europa e as regiões mais frias da Ásia, e daí para o resto
do mundo.
Era
feita de Malte, que
é o grão de cevada fermentado.
O Lúpulo não era usado no Egito, entretanto
foi adicionado mais tarde como aromatizante.
O Painço era usado há muito tempo atrás para a elaboração de
um tipo de cerveja muito
consumida na Índia,
Tibet e África, e ainda é usado
com o nome de Pombé em muitas regiões da África
Ocidental.
Na
Alemanha usava-se o Trigo no preparo da Cerveja Clara.
0 Arroz era utilizado para uma bebida chamada Tuak em Bornéus, e para o Saque na China e Japão.
O Milho era a planta utilizada para a produção de Chicha nas Américas
do Sul e Central.
A Tapioca e a Iúca eram ingredientes usados na preparação de outras
bebidas nessas mesmas regiões.
Os
três últimos exemplos eram mascados para a preparação
da bebida.
O
grande número de bebidas diferentes que receberam
nomes diversos, dependendo de seus vários sabores, em parte devido às suas
origens, e em parte devido à adição ou mistura de substâncias especiais e ao
método usado na preparação.
O
preparo de bebidas estava, na maioria das vezes, associado a
certos Cultos, e
havia não só regras precisas, mas também Danças, Canções e afins, nesses Rituais.
TABACO
A Planta do Tabaco (Nicotiana tabacum), originária da América, e hoje em dia cultivada em todos os países
tropicais, é composta de folhas que são secas de maneira lenta e suavemente
fermentadas.
Atualmente
é consumida pelo mundo afora (exceto em Sikhs,
Pérsia, e mais alguns poucos países),
de inúmeras formas, como, por exemplo, Mascado, na Forma de Rapé, Fumado em Cachimbos, como Charutos
e como Cigarros.
O Hábito de Fumar este tipo de erva espalhou-se rapidamente no Velho Mundo, apesar da oposição existente, após a viagem de Colombo e de outros exploradores do passado, viagens que
abriram as portas de um novo mundo, a América.
O
Povo Nativo das Américas, como os Astecas e Toltecas do México, e seus Descendentes, os Peles-Vermelhas, eram Tabagistas mas, o usavam em Cultos, Curas,
Rituais, Reuniões Indígenas.
Conforme
demonstrado por Lewin, o TABACO retira os vazios da mente, aborrecimentos e instintos agressivos, e produz
uma leve excitação, de maneira tal que podemos afirmar que a propriedade do
mesmo é proporcionar uma sensação de paz e tranqüilidade.
Por
essa razão, é bem conhecido, entre os Índios da América do Norte, o
costume de presentear pessoas
amigas com o Cachimbo da Paz sendo
este fumado durante suas Assembléias, num clima de harmonia.
Este
Ritual foi até mesmo levado para a Europa.
ÓPIO
O Ópio é o látex solidificado
proveniente de cápsulas grandes de Papoula de Ópio (Papaver somniferum), de coloração amarronzada.
Contém muitos Alcalóides, sendo a Morfina o principal deles.
Apesar
de sua utilidade na Medicina como Anestésico
Temporário, os Alcalóides
do Ópio são causadores de um hábito
que gradualmente leva à dependência físico-psíquica e seu tráfico é difícil de ser abolido.
Os
Viciados utilizam o Ópio:
(1) Ingerindo o látex via oral,
(2) Fumando-o,
(3) Injetando via endovenosa, a morfina ou um de seus sais.
Os
Povos Antigos entretanto sabiam prevenir-se contra os efeitos nocivos das
papoulas e em sua Mitologia havia uma figura Feminina, Nox, a Deusa da Morte, adornada com flores desta planta, ou uma masculina, igualmente adornada, Morfeu, o Deus dos Sonhos, relacionado às visões alucinógenas causadas pela
droga.
Era
considerado filho de Simnus,
o Deus do Sono.
MESCALINA
Esta
droga, também conhecida como
PEIOTE,
constitui-se de partes superiores do Cacto Anhalonium lewinii.
Contém Quatro Alcalóides, sendo a Mescalina o mais importante deles, que parece ser peculiar
nesta espécie.
A Mescalina possui efeitos bem peculiares.
Tais
Efeitos variam muito de acordo com o indivíduo que a utiliza,
mas seus principais efeitos são Alucinações Visuais, às vezes também Auditivas,
causando freqüentemente distúrbios na seqüência aparente do tempo e outras
sensações nas quais o indivíduo acredita estar em outro mundo.
A
Planta é originária do México
e de algumas regiões dos Estados
Unidos.
O
Governo proibiu seu uso
mas os Nativos a transformaram em Culto, no qual a ingeriam, durante Reuniões
ao Redor de Fogueiras, Música, Canto e vários outros rituais ou Cerimônias.
CÂNHAMO INDIANO
As Plantas do Cânhamo são a fonte de uma fibra importante, mas o Cânhamo
Indiano (Cannabis indica) é uma droga
bem conhecida, sendo transformada em uma substancia chamada Haxixe,
enquanto as folhas e os brotos denominam-se Bhang e a resina obtida das plantas através de pancadas,
chamadas Charos,
são fumadas.
As Sementes são fumadas.
Sabe-se
que nos Tempos Antigos e Medievais,
seu uso era amplamente difundido no Oriente
Médio, onde sua repressão não
surtiu efeito.
OUTRAS
DROGAS VEGETAIS:
A Cocaína é obtida a partir do arbusto chamado Coca (Erythroxylum coca), planta nativa da América
do Sul.
Atualmente,
seu cultivo é mais difundido em países como Peru e Bolívia, de onde tem
sido muito traficada, isto sem citar outros países onde também é cultivada em
menor escala.
As Folhas Secas da Coca eram mastigadas pelos Nativos, misturadas com
limão doce ou freixo, e dizia-se que aumentava a resistência do organismo, reduzindo a fadiga, a fome
e a dor.
Esta planta está vagamente relacionada à familia
dos geranios.
Na
América do Sul, entre os Nativos do Equador, prepara-se uma bebida chamada Aya-Huasca a partir do caule da trepadeira Banisteria caafie.
Ela
contém Harmalina, substância relacionada com a Mescalina.
Segundo
Lewin, seus efeitos também se
assemelham aos do Estramônio, e como aquela, era usada pelos Feiticeiros.
Esta
planta também apresenta um ligeiro parentesco com a Família
dos Gerânios.
Na Bacia Amazônica, cresce uma Trepadeira Arbórea do gênero Paullinia, relacionada apenas vagamente com a planta
precedente.
Ela
produz Sementes que são raspadas ou então moídas a fim de se obter, após adicionar água,
uma Pasta (pasta guaraná), com a qual é preparado o Guaraná.
Lewin
classifica-a como excitante.
Também
nessa região, um Rapé chamado Parica é preparado a partir das
sementes da Piptadenia peregrina, um Vegetal do Grupo das Acácias.
A Kava-Kava é uma bebida usada na Nova
Guiné e muitas
outras Ilhas da Polinésia.
É
proveniente do Rizoma da Planta Piper Methysticum, da Família das Pimentas
(Piperáceas).
Como
a sua elaboração requer
que seja mastigada, julgava-se que suas
propriedades fossem oriundas da fermentação alcoólica, mas Lewin provou que seus
efeitos excitantes sobre o organismo devem-se a uma resina.
Entre
os Aborígenes Australianos, o Pituri consistia de folhas em pó, da Duboisia
Hopwoodii,
planta pertencente tanto às Famílias das Batatas quanto
às da Dedaleira.
Podia
ser Mascada ou Fumada.
Em
todas as regiões quentes
da Ásia, principalmente das Ilhas
de Madagascar às Filipinas, era costume mascar a Noz da Requeira (Areca Catechu).
CÂNFORA: UM PERIGOSO EXCITANTE
Na
China, Japão e Formosa, a Cânfora é produzida a partir da Cinnamomum Camphora, uma árvore estreitamente relacionada com a Canela.
De
certas partes da planta
destila-se um Óleo volátil e um sólido
branco cristalino é separado.
Foi
usado em Tinturas e Pílulas, por
centenas de anos, na Europa e
é um perigoso excitante, salvo se tomado em doses realmente mínimas.
Na
Arábia, uma infusão denominada khat,
feita com brotos da Catha Edulis,
uma planta da Família Evônimo da Europa é
muito usada.
No
Iêmen, os brotos são mascados.
Não
podemos esquecer a noz de cola, nativa do Sudão de onde foi difundida a vários países.
0
Hábito de mascar a noz
é muito adotado nos países de clima quente.
É
proveniente da Cola Acuminata, planta pertencente à Família do Cacau
(Esterculiáceas).
Existem
muitos tipos de Nozes similares,
mas, sua ação excitante é pequena se comparada às da Noz
de Cola.
Podemos
incluir uma droga chamada Kanna ou Channa proveniente da polpa do grande gênero Mesembryanthemum (Aizoáceas).
É
largamente utilizada pelos Hotentotes da África
do Sul.
TODAS
AS DROGAS MENCIONADAS PRODUZEM EFEITOS IMPORTANTES
À VIDA SOCIAL DAS VÁRIAS PESSOAS QUE AS USAM.
Embora
seus Efeitos Fisiológicos sejam hoje bastante conhecidos, sua Análise, do ponto
de vista Sociológico e Psicológico, poderia revelar muitos fenômenos curiosos
que, certamente, mereceriam a atenção daqueles que desejam aprofundar-se nos
Mistérios do Oculto.
AFRODISÍACOS
O
termo Afrodisíaco provém
da Deusa Grega Afrodite, ou
Vênus, segundo os Romanos, e especifica medicamentos que estimulam o
instinto sexual.
Um
Afrodisíaco não deve ser confundido com uma poção de amor.
O
Primeiro é puramente Medicinal e
deve produzir uma Fenomenologia
Psicológica.
O
Segundo, é puramente Mágico, e acredita-se que sua ação se exerça através de Forças Ocultas.
O
Primeiro estimula a
Potência Sexual.
O
Segundo visa à obtenção de algo,
de uma outra pessoa.
Os
Afrodisíacos são os medicamentos mais desacreditados.
Poder-se-ia
dizer que tais Medicamentos não fazem parte da Medicina Atual, ou que vários alimentos são Afrodisíacos.
Certamente,
um Regime Alimentar
que mantenha a boa saúde do indivíduo, tende a preservar seu instinto sexual,
como na vida instintiva em geral.
Uma
Droga Venenosa como a Estricnina, usada
em pequenas quantidades, com o objetivo de enrijecer os músculos, pode, possivelmente, auxiliar o desempenho do ato
sexual se, tal como no caso da Corinina, agir sobre a musculatura pélvica.
Aceita-se
atualmente, graças às pesquisas sobre a Psicologia do Subconsciente, que os desejos sexuais, ou sua ausência, são
de tal maneira influenciados pela mente
que a idéia da ação direta da droga é eliminada.
Mesmo
o Indivíduo Materialista, hoje acredita
que o Cérebro age através
ou em Harmonia com as Glândulas Endócrinas.
AFRODISÍACOS MAIS CONHECIDOS
Interessante
citar alguns dos Afrodisíacos mais Populares, ressalvando sua Ação Positiva, dependente em grande parte da Dosagem Correta devendo-se ainda ter em mente os Efeitos Mínimos, no caso de Dosagens
Pequenas, ou Prejudiciais, se em excesso.
Do
Reino Animal usava-se o Almíscar
e o Âmbar
Cinzento, Formigas, e certos Besouros, dos quais é produzido o Pó de Cantáridas, droga
que freqüentemente causa a morte.
Pensava-se que
muitos Alimentos, como, por exemplo:
Alho, Cebola, Alcachofra Brava,
Espargos, Feijão, Lentilhas, Repolho, Cenouras e o Aipo, possuíam Propriedades
Afrodisíacas, especialmente
muitas Frutas e Sementes,
qualquer coisa de sabor ou odor estimulante, e também Temperos: a Noz Moscada, Pimenta, Pimenta Malagueta, Açafrão da Índia, Baunilha,
Alcaparras, a Semente de Aniz, da Alcarávia, o Rábano Picante, etc.
A
Estricnina, perigoso veneno obtido da Noz-Vômica, pequena árvore da Família das Budléias (Loganiáceas), e à Corinina, obtida do córtex do caule da Pausinystalia Yohimba,
árvore da Família das Garanças (Rubiáceas).
Uma
ação idêntica, pode ser obtida
a partir do Córtex
do Quebracho Branco (Aspidosperma Quebracho),
planta da Família das Pervincas (Apocináceas).
Menos
ativa é ação da Damiana e do Açaí, fruta da qual é preparada uma bebida largamente
usada na Região Norte do Brasil.
São
geralmente usados juntos
pelos Herbanários, industrializados na
forma de tabletes ou pílulas.
A DAMIANA consiste de Folhas da Tumera diffusa, Erva da América
Central, parente distante da Família
das Violetas (Violáceas).
O AÇAÍ, Fruto da Palmeira denominada Açaizeiro,
apresenta coloração
semelhante à da Baunilha
e forma parecida à da Noz.
PLANTAS VENENOSAS
A ÁRVORE DA MORTE (Antiaris), nativa de Java e pertencente à Família
das Amoras, é reputada como sendo a planta mais
venenosa que se conhece.
Acreditava-se
que os vapores dessa planta eram mortais para a fauna e flora, numa área aproximada de algumas milhas ao redor.
Esta
Crendice deriva do fato de a árvore crescer em certos vales
baixos onde vapores vulcânicos destruíam a vida sem, no entanto, interferir nos
vapores da mesma.
Dela,
os Nativos
retiravam o Veneno para suas flechas.
Para idêntica finalidade eram
utilizadas três espécies de Euforbiáceas da África, uma espécie do mesmo gênero no Brasil, enquanto
nas Guianas, uma espécie de Strychnos (diferente da que produz a estricnina) e uma outra
em Java.
Um Látex muito venenoso é obtido da Manacá-Açu (Hippomane) pertencente à Família das Euforbiáceas,
na América Central e Índias
Ocidentais.
Os
Zulus usavam em suas flechas um veneno obtido do gênero Acokantheria,
da Família das pervincas.
Muitos
gêneros da Familia das Euforbiáceas são venenosos, por exemplo, o Codiaeum, o Crotón, Toxicodendrum. Alguns membros da Família da Ervilha e do Feijão, bem como a Comigo Ninguém Pode (Crotalaria) e o Physostigma
(feijão da provação de Calabar) também são venenosos.
A Família do Cajueiro (Anacardiáceas) inclui a Trepadeira Venenosa, o Carvalho Venenoso e o
Sumagre Venenoso, todos do gênero Rhus.
A RAINHA - MÃE DOS VENENOS
O Acônito (Aconitum) vem
sendo chamado de Rainha-Mãe dos Venenos.
É
Nativo da Inglaterra e cultivado devido a suas flores.
Um
outro Gênero Venenoso da mesma familia (Ranunculáceas), Helleborus,
inclui o Heléboro
e o Heléboro Negro,
enquanto que o Veratrum, Monocotilédone da Família dos Lilases (Liliáceas), é o Heléboro Branco.
ERVAS NA ALQUIMIA
Acredita-se que
as Origens da Alquimia se
perdem no próprio passado do homem.
Seus
Três Principais Objetivos eram:
(I)
Produzir ouro a
partir de outros metais;
(II)
Descobrir o elixir da vida;
(III)
A arte de dar vida a coisas
inanimadas.
Antes
do Advento dos Laboratórios de Alquimia,
contudo, sabe-se de Manuscritos
Babilônicos preservados
através dos séculos, dos quais o mais antigo, data do Segundo
Milênio a.C.
Trata-se
da Epopéia de Gilgamesh, que após a
morte de seu amigo Enkido, lança-se a uma jornada longa e difícil em busca
da Erva da Imortalidade.
Após
superar enormes dificuldades,
Gilgamesh, chega, por acaso, ao paraíso de Uta-Napishtim, o Noé
Babilônio, a quem, depois do dilúvio,
os deuses concederam a imortalidade.
Foi
dito a Gilgamesh, que é impossível a um homem obter a
imortalidade através de coisas terrestres, mas foi-lhe permitido compartilhar de um grande segredo, segundo o qual, nas profundezas oceânicas, em
determinado lugar, encontrava-se uma planta espinhosa, e qualquer pessoa por mais
idosa que fosse recuperaria sua juventude ao comê-la.
A
custa de muitas dificuldades Gilgamesh obtém a planta e
retoma o caminho de casa.
Durante
o trajeto, pára num riacho a fim de se
banhar, e deposita a planta no chão.
Ao
sair da água, a única coisa
que pode fazer é contemplar pateticamente uma serpente furtiva desaparecer por
entre as folhagens levando consigo a planta que havia lhe custado tanto
sacrifício.
O ELIXIR DA JUVENTUDE
Enquanto
Hindus e Budistas tentavam, a seu modo, deter
o processo degenerativo através de práticas iogues, cuja
ação se faz sentir sobre o sistema neurovegetativo do homem, já os taumaturgos
da Idade Média,
para a mesma finalidade, utilizavam-se de ervas,
sendo estas, porém, usadas de forma complementar e os ingredientes principais
de tais receitas são desconhecidos.
A
idéia sobre a existência de uma única substância capaz de curar todos os males era,
entretanto, predominante na Idade
Média.
Tal
substância era conhecida como "Panacéia".
No
Clássico da Literatura Árabe As Mil e Uma Noites,
há uma clara alusão à Maçã de Samarcanda, considerada capaz de curar todos os distúrbios Psico-Fisiológicos do homem.
Isso
talvez seja fundamentado
na existência de certos frutos com propriedades
medicinais, conhecidos em eras primitivas.
OUTROS FRUTOS
Além
da Maçã, já nossa conhecida, existem
outros frutos semelhantes, com propriedades medicinais.
Algumas
frutas das Anonáceas são comestíveis, como a Graviola
e a Fruta-do-Conde, de sabor adocicado, e Nativas das Regiões Tropicais da América.
O Tomate,
o Jambo-Rosa e o Abiu são comestíveis.
O Fruto da Mandragora tem propriedades tóxicas enquanto o Ananás, ou Abacaxi (Ananas), ajuda na Digestão
de Proteínas.
O Estramônio (Datura) é uma planta da Família das Solanáceas, com propriedades tóxicas e medicinais, mais conhecido como Figueira-Brava, cujo fruto é espinhoso e usado clinicamente em
doses mínimas.
O SANGUE DE PROMETEU
Uma
outra Panacéia considerada também como Elixir da Juventude, era o Ungüento de Prometeu,
preparado com uma erva na qual, diziam os antigos, sangue de Prometeu.
Na
Mitologia, a Bruxa Medéia
fez com que seu amante Jasão bebesse um pouco da mesma a fim de evitar queimaduras e
ferimentos.
Na
obra O Pirata, de Sir Walter Scott,
há uma passagem que menciona a existência de uma certa Alga
comestível de Guiodina, capaz de curar todas as doenças, exceto a peste negra.
Na
China o Ginseng, uma espécie de Aralia,
era reputado como uma panaceia de grande poder medicinal.
O "Pé-de-elefante", da
espécie Hydrocotyle,
da Família das cenouras, é também outra planta considerada como uma panacéia.
Nos
anos trinta, uma reportagem
jornalística citava o caso de um chinês que, fazendo uso desta erva, teria vivido mais de 200
anos.
PALINGENÉSIA
Certos
Escritores de meados do século XVII,
afirmavam conhecer uma substância peculiar, que infelizmente não podemos agora
identificar, a qual, aparentemente, teria a propriedade de ressuscitar uma
planta a partir de suas cinzas.
Queimada
determinada planta, suas cinzas eram
reunidas cuidadosamente e submetidas a um tipo específico de tratamento, com
substância especial.
A
substância resultante, um pó,
apresentava coloração azulada.
Este
era colocado em recipiente
adequado e aquecido suavemente.
Sob
a ação do calor, o pó, segundo tais
escritores, assumia a forma da planta, como se fosse uma aura, ou emanação
fantasmagórica.
Quando
a poção esfriava, as emanações
luminosas desapareciam, mas poderiam ser novamente produzidas, através de novo
aquecimento.
Há,
entretanto, registros de experiências semelhantes feitas
com animais e até mesmo com seres humanos, devido à permanência da estrutura do
ácido nucléico,
mesmo nas cinzas.
GERAÇÃO
ESPONTÂNEA
Os
Antigos acreditavam que plantas e animais, além de nascerem de outras plantas e animais, através de sementes,
ovos e outras formas, podiam também surgir de substâncias não-vivas.
Até
mesmo o grande ARISTÓTELES, tão preciso
em suas observações com respeito às coisas vivas, julgava que vertebrados,
assim como as enguias, sapos e serpentes, podiam nascer da lama.
Não é de se estranhar, portanto, que os Alquimistas achassem possível criar coisas vivas, inclusive seres humanos, de maneira artificial.
ERVAS NA ASTROLOGIA
Entendida de maneira
adequada, a Astrologia é o estudo de alguns dos ritmos biológicos da natureza e do Homem.
Apesar de abranger muito mais do que o conhecimento imaginado pelos materialistas, iremos citar, primeiramente, que na História do planeta Terra, as vidas animal e vegetal apresentavam características bastante diferentes segundo as épocas a que pertenciam.
A partir do estudo dos Fósseis, aprendemos que nas Rochas Antigas (pré-Cambrianas ou Cambrianas) há vestígios da existência de Algas e Bactérias; no período seguinte (Ordoviciano) surgem Vertebrados simples com a aparência de Peixes, mas, há dúvidas sobre a presença de PLANTAS TERRESTRES.
No período seguinte (Siluriano), surgem Plantas Terrestres não muito superiores ao Musgo, alguns Escorpiões e várias espécies de Peixes, tal como hoje o concebemos.
No seguinte (Devoniano), registra-se o aparecimento de muitas outras espécies de Peixes, tais como Licopódios e Cavalinhas-Gigantes; no período Carbonífero, surgem Plantas parecidas com Samambaias, Insetos, Aranhas e Seres marinhos, entre as espécies de Animais; já no período imediato (Permiano), nota-se a presença de Répteis e florescência de Plantas Floríferas.
Estes períodos constituem a Era Paleozóica.
Chegamos agora à longa Era dos Répteis (Mesozóica), e não foi antes do período Cretáceo que as Plantas Floríferas tornaram-se abundantes
Apesar de abranger muito mais do que o conhecimento imaginado pelos materialistas, iremos citar, primeiramente, que na História do planeta Terra, as vidas animal e vegetal apresentavam características bastante diferentes segundo as épocas a que pertenciam.
A partir do estudo dos Fósseis, aprendemos que nas Rochas Antigas (pré-Cambrianas ou Cambrianas) há vestígios da existência de Algas e Bactérias; no período seguinte (Ordoviciano) surgem Vertebrados simples com a aparência de Peixes, mas, há dúvidas sobre a presença de PLANTAS TERRESTRES.
No período seguinte (Siluriano), surgem Plantas Terrestres não muito superiores ao Musgo, alguns Escorpiões e várias espécies de Peixes, tal como hoje o concebemos.
No seguinte (Devoniano), registra-se o aparecimento de muitas outras espécies de Peixes, tais como Licopódios e Cavalinhas-Gigantes; no período Carbonífero, surgem Plantas parecidas com Samambaias, Insetos, Aranhas e Seres marinhos, entre as espécies de Animais; já no período imediato (Permiano), nota-se a presença de Répteis e florescência de Plantas Floríferas.
Estes períodos constituem a Era Paleozóica.
Chegamos agora à longa Era dos Répteis (Mesozóica), e não foi antes do período Cretáceo que as Plantas Floríferas tornaram-se abundantes
Na Era seguinte (Terciária), houve uma grande evolução dessas Famílias de Plantas.
AS ESTAÇÕES
AS ESTAÇÕES
Enquanto
nos Trópicos as mudanças de estação são menos perceptíveis, nas Zonas Temperadas tais mudanças afetam profundamente a Fauna e a Flora.
Há
períodos de tempo, biologicamente
estabelecidos para a Plantação das Sementes, sua Germinação, Surgimento dos
Brotos, Flores, Queda das Folhas, Nascimento dos Frutos e Dispersão das Sementes.
Cada Espécie de Planta tem seu
próprio tempo de Florescência.
ABAIXO CITAMOS ALGUMAS
ESPÉCIES DA FLORA:
Janeiro:
|
Verônica (Veronica) e Acônito (Eranthis);
|
Fevereiro:
|
Celidônia Inferior (Ficaria),
Rosa Canina (Mercurialis);
|
Março:
|
Calta (Caltha),
Anêmona dos Bosques (Anemone);
|
Abril:
|
Campainha (Scilla),
Cardamina
(Cardamine);
|
Maio:
|
Sanícula-dos-Montes (Sanicula),
Espinheiro
(Crataegus);
|
Junho:
|
Rosa-de-Cão (Rosa),
Tomilho Silvestre (Thymus);
|
Julho:
|
Bons-Dias (Convolvulus), Clematite (Clematis);
|
Agosto:
|
Hera (Hedera);
|
Setembro:
|
Açafrão-do-Prado (Colchicum);
|
Outubro:
|
Açafrão da Família Mediterranean;
|
Novembro:
|
Rosa do Himalaia (Himalayan);
|
Dezembro:
|
Heléboro Negro (Helleborus).
|
AS PLANTAS E A LUA
Acredita-se,
já há bastante tempo, que o
Crescimento da Flora varia
de acordo com as Fases
da Lua.
Em
1929, L. Kolisko publicou resultados de algumas experiências
desenvolvidas durante longos anos.
Estas
demonstraram que, no caso do Trigo, que era o tema dessas experiências, notava-se um
aumento de crescimento à aproximação do Quarto Crescente da Lua, mas também existe um Ciclo Anual, onde se
verifica uma diminuição do crescimento do mesmo, de maneira bem acentuada, nos meses de inverno
seguintes.
No
Mês de Dezembro, o crescimento
que se espera ocorra nos meses que se situam mais perto da Lua Nova, não ocorre, e antes da Lua Cheia, nota-se entretanto uma nítida aceleração do
crescimento.
Durante
as Duas Semanas anteriores à Lua
Cheia, nota-se um crescimento adicional, maior que aquele anteriormente citado, e este
contrabalança os efeitos usuais da Lua
Minguante.
Resultados
análogos foram obtidos logo a seguir com o Milho, e, desde então, outras importantes pesquisas têm
sido levadas a efeito
e trabalhos
publicados relatando resultados obtidos por pesquisadores, sendo a maioria
deles Antroposofistas.
O RELÓGIO FLORAL
O
fato das Flores se fecharem e abrirem em diferentes horas do dia e da noite
levou Linnaeus (1707-1778)
a sugerir a existência de um certo relógio floral
através do qual podia-se saber o tempo, de modo bastante rudimentar,
observando-se quais as flores que estavam abertas ou fechadas.
Mas
havia estes problemas:
(I)
Esse movimento de abrir e fechar das
flores é executado em horas diferentes segundo as várias latitudes.
(II)
As flores mais importantes para a
composição de tal tipo de relógio não florescem igualmente na mesma época do
ano.
Apesar
desses contratempos, têm-se feito
tentativas para o Cultivo de Flores que possibilitam a formação desse tipo de relógio,
em jardins públicos e áreas de lazer.
Linnaeus
quem primeiro relacionou
certo número de flores para Upsala, cidade sueca
situada a 60° de latitude N, enquanto a segunda lista foi
elaborada por Kerner, para a Cidade
de Innsbruck, Capital do Tirol, situada a 47°.
Uma
lista contendo os nomes comumente usados na Inglaterra foi
publicada por Brewer.
ERVAS PLANETÁRIAS
As Flores do Relógio Floral não correspondem ao horário terrestre já que este depende não só do ciclo de 24
horas, mas também do ciclo semanal.
Como
cada dia da semana corresponde
a um planeta, supomos que exista um ciclo de sete dias.
Sugerimos
como resposta a isto o
ciclo lunar de 28 dias, divididos pelos quatro elementos: Fogo, Terra, Ar e Água, que desempenham funções importantes
na Astrologia.
Para
considerarmos agora as regras tradicionais relativas às Ervas,
de acordo com os Sete
Planetas,
devemos lembrar aos leitores que se acham familiarizados com Astrologia, que o Sol
e a Lua, denominados "Astros", também estão incluídos entre os sete planetas.
ERVAS SOLARES
O
Sol rege
o domingo e sua passagem zodiacal
se dá no período de um ano.
As Ervas Solares têm, na sua maioria, ciclo de crescimento anual,
e seu simbolismo é o Sol, em livros antigos que tratam deste assunto.
Por
outro lado, tais Ervas apresentariam uma das características solares:
(1)Coloração dourada ou alaranjada, semelhantes à do Açafrão ou da Laranja;
(2) Formato
orbicular;
(3) Tamanho grande;
(4) Forma
radiante, como o Girassol;
(5) Odor aromático;
(6) Efeitos sobre o coração, como estimulante, por exemplo,
regido pelo Sol, tal como a Canela;
(7) Tendência a se inclinarem na direção do Sol, como o Girassol e o Heliotrópio.
ERVAS LUNARES
A
Lua, rege a segunda-feira e sua passagem
pelo zodíaco leva 28 dias.
Suas Ervas apresentam:
(1) Folhas Macias
e Suculentas;
(2) Vivem em Água Doce;
(3) As
Flores e Frutas são brancas ou amarelo-claras;
(4) Seus
Frutos são grandes;
(5) Contêm
grande Concentração de Água, como o Melão, a Melancia, por exemplo, e muitas não apresentam Sabor, como a Abóbora ou Gerimum, e a Cuia;
(6) Acredita-se
serem elas possuidoras de uma certa periodicidade mensal;
(7) Apresentam
características próprias
da Lua, como, por exemplo, seu formato de Quarto Crescente, visto nas Frutas-da-Honestidade (Lunaria), nas Folhas em forma de Quarto Crescente da
Lunária (Botrychium lunaria) e na Lunulária (Lunularia).
A
REGÊNCIA DE MARTE SOBRE PLANTAS BIENAIS
O Planeta Marte rege a terça-feira.
Sua
passagem através do Zodíaco
dura aproximadamente dois anos.
Seu
símbolo c5 era originalmente usado para plantas bienais, as
quais:
(1) Apresentam
Espinhos, como no caso do Espinheiro, Abrunheiro, a Amoreira Silvestre e Cardo;
(2) Vivem
em Lugares Secos, até mesmo
desérticos, como, por exemplo, as várias espécies de Cactos;
(3) Apresentam
propriedades irritantes, estimulantes, ou alucinógenas, como Pimenta-Malagueta, Framboesa e o Peiote (Lophophora williamsii),
Nativo do México
e Sul
dos Estados Unidos;
(4)Apresentam
coloração avermelhada, como, por exemplo,
a Rosa Vermelha,
com seus espinhos
avermelhados;
(5) Apresentam
Raiz Cônica, denominada Raiz-Mestra, que pode ser vermelha como a Cenoura ou Beterraba.

Suas Ervas:
(1) Apresentam
Folhas ou Caules bastante delicados ou divididos, devido ser este
planeta pertencente ao Ar, como as Gramíneas;
(2) Aroma
penetrante como a Semente de Anis, por exemplo;
(3) Suas
Propriedades Medicinais
se fazem sentir sobre a Língua, Pulmões e Sistema
Nervoso;
(4) São
importantes do ponto de vista Alimentício, como os Cereais.
PLANTAS VIVAZES HERBÁCEAS
O Planeta Júpiter rege a Quinta-Feira e sua passagem pelo Zodíaco realiza-se em cerca de 12 anos.
Seu
Símbolo
indicava as Plantas Vivazes Herbáceas, cujo tempo de vida é de aproximadamente 12 anos.

Suas
Ervas:
(1) Apresentam
formato semelhante ao da cruz, daí a designação latina Crucíferas, pois o Deus Júpiter regia
todas as quatro partes do globo;
(2) São
Grandes e Distintas, como a Figueira,
Oliveira e Videira;
(3) São
Nutritivas e Comestíveis
e caracterizadas pela glande e Fruto
da Faia;
(4) Possuem
Aroma Agradável, como a Amoreira, o Cravo-da-Índia, a Noz-Moscada e a Manjerona.
O
Planeta Vênus rege a Sexta-Feira, e sua passagem Zodiacal dura nove meses.
Suas
Ervas apresentam:
(1) Flores
Bonitas, brancas ou cor-de-rosa, como
em algumas espécies de Rosas;
(2) Aroma
Agradável, como o da Rosa e Lírio-do-Vale;
(3) Folhagem
e Frutos de um verde suave, algumas vezes com leve toque de
rosa ou
vermelho,
como a Maçã.
PLANTAS VIVAZES ARBÓREAS
O
Planeta Saturno rege o Sábado e
perfaz seu trajeto zodiacal em 30 anos.
Seu
Símbolo
foi adotado para representar Plantas
Vivazes Arbóreas, cuja maioria
vive aproximadamente 30 anos, embora algumas espécies vivam muito mais.

As
Plantas de Saturno:
(1) Apresentam
Anéis Anuais, pois Saturno é
o Deus do Tempo;
(2) Apresentam
Folhagem Cinzenta ou Escura ou
ainda de cor similar à das Cascas de Árvores;
(3) São
Arbóreas, mesmo não sendo Arbustos ou Árvores, como a Planta-Cágado (Testudinaria), da Família do Inhame;
(4) Sua
Folhagem é Verde-Escuro;
(5) Possuem
Sabor e Cheiro Desagradáveis,
como a Valeriana;
(6) Geralmente
são Venenosas, como o Heléboro da Família do Botão-de-Ouro, a Cicuta, e muitas outras Plantas da Família das Cenouras, a Beladona e
muitas Plantas da Família das Batatas.
PLANTAS ZODIACAIS
Segundo
a Tradição dos Antigos, uma
classificação também Zodiacal para o Reino Vegetal.
PEIXES, obviamente
por seu relacionamento com a Água, rege as Algas, que abrange as Escumas do gênero Spirogyra, e as Algas-Marinhas.
ÁRIES, o Carneiro, que representa o pioneirismo, rege os Liquens, que, quanto à forma, assemelham-se à Alga-Marinha, mas seu papel pioneiro, em contraste com o desta
última, realiza-se em terra, preparando o caminho para a vegetação
que lhe sucederá.
TOURO, signo essencialmente da Terra, rege os Fungos que, em sua maioria, desenvolvem-se juntos uns aos
outros (Cogumelos), ou abaixo da terra (Trufa).
GÊMEOS, signo do Ar, rege os Musgos, muitos dos quais crescem como epífitos, isto é,
sobre Árvores no Ar.
CÂNCER, o Caranguejo, signo da Água, rege os Fetos, Cavalinhas e Licopódios,
cujo estágio sexual desenvolve-se em Meio
Aquático.
LEÃO, signo do Fogo, rege as Plantas Coníferas, Cicadáceas, Pinheiros e Abetos.
O
CONE é
uma característica do Fogo e do Sol, regentes deste signo.
LIBRA, a Balança, é regida por Vênus, é o signo regente das mais belas Plantas
Floríferas, tais como a Íris,
os Lírios e Orquídeas.
ESCORPIÃO rege as Aráceas e as Palmas.
Estas
Plantas apresentam características Fálicas e regem o sexo.
SAGITÁRIO, o Centauro, rege as Árvores Grandes encontradas em Florestas e relacionadas com o Amentilho, tais como o Carvalho, a Faia e o Olmeiro, já que é um signo regente das Florestas.
CAPRICÓRNIO, a Cabra, signo da Terra, rege as Plantas que possuem Flores com Pétalas
Separadas.
ERVAS NA MAGIA
Nas
Lendas sobre a Criação do Universo,
tanto na Mitologia Hindu quanto nas do Antigo Egito, o primeiro objeto a surgir era um Ovo Dourado, e, algumas vezes, uma Loto ou Nenúfar, boiando sobre as águas do oceano primevo.
Este
Abria-se, revelando o Deus Supremo.
Iamblicus
(cuja morte deu-se no ano 333 d.C), Filósofo Neoplatônico, considerava as Folhas Redondas e
Frutos de Formato
Esférico da Lótus como Símbolos do Intelecto e
o fato de nascerem da Lama,
como a SUPREMACIA DO ESPÍRITO SOBRE A MATÉRIA, e a Divindade pousada na flor, à superfície da água, como a SUPERIORIDADE INTELECTUAL.
Por
todo o Antigo Egito, as Esculturas, e até mesmo em Capitéis de Colunas, pode-se ver representações de Lótus.
ERA
SAGRADA NA ÍNDIA, TIBETE E CHINA.
NO EGITO HAVIA TRÊS TIPOS
DE LÓTUS:
A
Branca, Nymphaea lotus,
com Folhas Denteadas e Botões Redondos;
A
Azul, Nymphaea caerulea;
A
Vermelha ou Rosada, Nelebium speciosum.
Esta
última é citada por Heródoto
(séc. V a.C.). É uma espécie
atualmente extinta às margens do Nilo.
A
Lótus Azul, de aroma agradável,
era certamente a mais Sagrada.
Os
Relevos do Antigo Egito
mostram pessoas vivas e mortas, cheirando-as, certamente realizando algum tipo de
Culto Espiritualista.
OS DRUIDAS E A ERVA-DE-PASSARINHO
Os
Druidas eram Sacerdotes do Povo Celta, Nativo da Gália, Grã Bretanha e Irlanda.
Eram
os Supremos Legisladores desses povos.
Até
mesmo Reis e Chefes estavam subordinados à autoridade dos mesmos.
Atuavam
também como Médicos e Professores de todos os Ramos do Conhecimento.
Discute-se
se usavam
Grandes Templos de Pedra,
como os de Stonehenge, mas é certo que cultuavam o Reino
Vegetal, no qual consideravam o Carvalho Sagrado e
a Erva-de-Passarinho,
que nele florescia, mais sagrada ainda.
A Erva-de-Passarinho é plantada numa Árvore por um Pássaro.
Esta
peculiaridade fez nascer
a SIMBOLOGIA
DO PÁSSARO como sendo o Espírito Santo, a Erva
como o Messias, e o Carvalho como a Árvore de Jessé.
Os
Druidas cortavam galhos da Erva-de-Passarinho com Foices
de Ouro e os distribuíam entre os membros de sua Congregação.
O
fato da Planta Sagrada só
poder ser tocada pelo Ouro, lembra-nos uma das Eucaristias
Cristãs.
Os
Druidas dedicavam uma atenção muito especial a todas as Espécies
de Plantas, e chegaram a Criar um Alfabeto no qual cada Letra
era representada por uma Árvore ou Arbusto.
Os
Trovadores eram supervisionados pelos Sacerdotes.
Não
eram Poetas no sentido atual do termo, e sim Menestréis que recitavam Composições Mágicas.
OS ROSA-CRUZES E A ROSA
OS
ROSA-CRUZES tornaram-se publicamente conhecidos pela
primeira vez, em 1614,
1615 e 1616, quando surgiram
certas publicações anônimas na Alemanha.
Os
Parâmetros de sua Fraternidade
foram estabelecidos por um tal de Christian
Rosenkreutz, que alguns
julgavam haver nascido no século XIV ou XV e vivido 106 anos.
Supunha-se
que sua Tumba fora descoberta pouco antes das publicações.
Posteriormente,
vários escritores alegaram ter descoberto fatos interessantes sobre a Fraternidade Secreta.
Diziam
eles que
os Rosa-Cruzes da
adotavam uma posição de não reconhecimento autoridade papal, defendiam
uma Reformulação Mundial no campo das Ciências, eram conhecedores dos SEGREDOS
DA ALQUIMIA E CURA, e posteriormente, foi aventada sua ligação com a FRANCO-MAÇONARIA.
O ponto intrigante sobre
os Rosa-Cruzes é
a origem de seu Símbolo:
(1) Certamente relaciona-se
com o nome de seu suposto fundador;
(2) Provavelmente está relacionado com o Brasão
de Lutero, Teólogo e Reformador alemão
(1483-1546), e seu pastor mais
importante, Andreas, que supõe-se ter sido o autor
de um dos manifestos;
(3) A Rosa, desde tempos antigos, simbolizava o
Segredo;
(4) A Rosa, tal como a Rainha
das Flores, pode simbolizar a Ativação da Vida Vegetativa
do homem se combinada à Cruz, a exemplo da Flor de Lótus quando
ativada pela energia Kundalini na ioga.
POÇÕES MÁGICAS DO AMOR
Os
Afrodisíacos e Poções Mágicas do amor são
perfeitamente distintos entre si.
Os
Afrodisíacos têm ação Fisiológica enquanto as Poções
Mágicas agem através de forças mais sutis e Propriedades
Ocultas.
Acredita-se
que os Afrodisíacos apenas aumentam a Libido, ao passo que as Poções Mágicas
do Amor são panacéias dirigidas a uma
determinada pessoa.
As
Poções Mágicas eram misturas complexas.
Para
que uma Poção Mágica fosse eficaz, devia ser sempre acompanhada de
certas Cerimônias simples ou
complicadas, na maior parte das vezes envolvendo sangue
ou secreções corporais.
Os
Ingredientes de
uma Poção Mágica eram geralmente de Origem Animal.
Usavam-se
Animais inteiros (por exemplo, aranhas) Cabelos, Penas, Tecidos Animais, ou
parte deles, com ou sem o acréscimo de Ervas.
A
Poção Mágica citada no Romance Tristão
e Isolda era tida como sendo preparada integralmente com uso
de Ervas.
A
única Poção Mágica do Amor
realmente agradável de que se tem notícia é a de Oberon (citada na obra de Shakespeare Sonho de Uma Noite de Verão),
que a oferece a Titânia para que esta se apaixone pela primeira coisa que
veja ao acordar, sua intenção era recuperar uma das páginas de um manuscrito
seu que ela lhe havia tomado.
O AMOR-PERFEITO
Á Planta usada chamava-se Amor Perfeito e era identificada com a Violeta
Tricolor (Viola tricolor).
Outras Plantas freqüentemente usadas em Trabalhos eram o Rizoma
da Samambaia, o Heléboro Negro, a Potentilha,
Sementes de Cuminho, a Terbena,
Tabaco, a Mandrágora,
Valeriana,
e a Briônia Branca, que é perigosa ou nauseante, na
maioria das vezes.
Para
fazer Poções do Amor e Fertilidade,
nenhuma planta era mais apreciada que a Mandrágora,
da Família da Batata.
Isto porque a Raiz desta planta era dita semelhante ao corpo de um homem,
exceto pela cabeça, cujo lugar é tomado pelo Caule Verde, acima da terra.
O
problema era que, quando arrancada,
a Mandrágora emitia
um tipo de Energia
Letal e qualquer pessoa que capturasse essa energia, ia
definhando e, na maioria das vezes, morria.
Para
evitar isso, costumava-se
amarrar um cachorro ao broto da planta, deixando-se comida canina quase ao seu
alcance.
Com
o passar das horas, o cão,
esfomeado, lutava para ver-se livre das amarras e poder comer e em conseqüência
disso, arrancava a raiz, sacrificando a vida nesse esforço.
Por essa razão a mandrágora era muito
cara.
AS ERVAS NA PROFECIA
Sabe-se
da existência de centenas de métodos diferentes de premonição, cujas denominações variam de acordo com os
objetos neles utilizados.
As
Adivinhações feitas com o uso de plantas denomina-se Botanomancia.
É
muito empregada para predizer fatos da Vida
Sentimental, como, por
exemplo, o provável marido ou esposa, suas características e coisas afins.
Um
dos tipos de Botanomancia constitui-se de uma espécie de competição na qual
grupos de moças e rapazes olhavam para uma certa configuração de folhas secas.
Acreditava-se
que o primeiro de cada grupo às configurações
equivalentes, casar-se-iam entre si.
Já
com relação às Nozes, faz-se a adivinhação dando-se a cada noz o nome
de uma pessoa e depois aquecendo-a ao fogo.
Há
vários significados a serem interpretados quando, por
exemplo, a noz queima rapidamente, lentamente, ou salta repentinamente do fogo.
CENTÁURIAS-AZUIS
O
nome Centáurias Azuis designa as plantas de um gênero comum (Lychnis),
da Família dos Cravos,
ou certas vezes, de algumas outras flores.
Eram
assim chamadas porque, dizia-se, os
homens solteiros levavam-na consigo aonde quer que fossem, esperançosos de que
florescessem, fato que representaria muita sorte no amor.
Algumas
vezes, as Cebolas recebiam nomes ou eram marcadas e postas junto da
lareira.
A
primeira delas que germinasse indicaria o futuro
cônjuge.
Uma folha de Hera chamada de Véspera de Ano Novo,
examinada à Véspera
do Dia de Reis, indicava sinais
da pessoa pretendida.
Colocavam-se
Flores em Grinaldas sendo estas usadas em vários tipos de adivinhações.
A
leitura das Folhas de Chá é um hábito largamente difundido.
Para
este tipo de Premonição
preparavam-se várias xícaras de chá assinaladas
internamente em áreas cujas significações recebiam importâncias diversas.
PLANTAS USADAS NA
FEITIÇARIA
As
Feiticeiras forneciam, aos que as procuravam, Poções de Amor e
Venenos e, através daquilo a que atualmente denominamos de
força da sugestão, causavam malefícios incalculáveis a pessoas inocentes,
especialmente às crianças.
Elas
também organizavam reuniões que eram realizadas aos sábados à
meia-noite.
Para
preparar-se adequadamente para as cerimônias do Sabbat, a Feiticeira despia-se
e esfregava todo o corpo com um unguento especial.
Este,
denominado de Unguento
da levitação, era de vários tipos.
Em
sua composição, quase
sempre entravam ingredientes os mais diversos, como, por exemplo,
Gordura do Corpo de
uma criança assassinada antes de receber o batismo, sendo
esta gordura misturada, em muitos casos, com Extrato de Napelo, Folhas de Álamo,
Cicuta D'Água, Cálamo, Oficinalis, Potentilha, Pilrito e Beladona.
Algumas
dessas Plantas são Venenos Perigosos.
Certas
Autoridades Médicas acreditam
que os princípios ativos
dessas plantas atuariam por absorção
através da pele ocasionando um estado de transe no qual o indivíduo poderia
imaginar estar sendo levado
pelos céus, numa espécie de sonho lisérgico, e nessas condições praticava uma série de atos
pervertidos e criminosos.
Atualmente, há um grande número de práticas semelhantes, como o Caso
da Tia Neiva, no Brasil.
ANTÍDOTOS
CONTRA MACUMBAS E COISAS DO GÊNERO
Era
hábito proteger-se
contra Feitiçarias
usando-se a Água Benta,
Sal Consagrado, Velas Abençoadas na Festa de Purificação da Virgem Maria e
Folhas Abençoadas no Domingo de Ramos.
Obtinha-se
também Proteção com Ervas da Potentilha, Pilrito,
Verbena, Erva-de-São João, Oliveira, Palmeira, Orquídea e outras plantas.
A
DEFUMAÇÃO DE INCENSOS de Olíbano e Mirra afastava as Feiticeiras e seus malefícios.
Também
usava-se uma FERRADURA colocada acima da porta como proteção
contra elas.
Outro
Símbolo usado
antigamente era a ESTRELA DE CINCO PONTAS.
ÁRVORES COMO ORÁCULOS
Admitia-se
que, às vezes, certas ÁRVORES atuavam como ORÁCULOS.
MOISÉS, segundo a Bíblia, recebeu
as instruções de Deus através de um ARBUSTO EM CHAMAS.
Há
inúmeras Citações
Bíblicas sobre ÁRVORES, com essa propriedade, no Velho
Testamento.
A
Profetisa Débora fez seu Vaticínio sob
uma PALMEIRA
próxima a Betei.
DAVI deu a ordem
de ataque contra os filisteus, de uma PEREIRA ou AMOREIRA.
O
GRANDE TEMPLO DE APOLO, em
Delfos, foi erigido no local, onde, segundo a
tradição, a NINFA
DAFNE parece ter-se transformado num LOUREIRO.
Muito
conhecido pelo evento, este local era originariamente uma Fenda na Terra,
da qual emanavam gases dedicados
à DEUSA DA TERRA.
A
PITONISA sob efeito desses gases teria pronunciado
seu Vaticínio.
Estes Sons eram então interpretados pelas "POMBAS", nome dado às SACERDOTISAS DO CULTO.
Havia muitos outros TEMPLOS NA GRÉCIA, EM ROMA, E NO ANTIGO EGITO.
O TEMPLO DOS ADEPTOS DE
ZOROASTRO era localizado no VALE DA ÁRVORE SAGRADA EM ARMAVIRA, no Cáucaso, e o dos ÁRABES PRÉ-ISLÂMICOS, era um local chamado PALMEIRA SAGRADA, em NEJRAN no Iêmen.
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