PROPRIEDADES OCULTAS
DAS
ERVAS & PLANTAS - II
ERVAS NA RELIGIÃO
Acreditava-se que
os Deuses e Deusas
da Grécia habitavam
o MONTE OLIMPO.
Sua Imortalidade advinha
do fato de se alimentarem de Ambrósia e sua bebida o Néctar.
Embora alguns indivíduos menos
informados possam pensar fosse a Ambrósia uma poderosa droga alucinógena, secretamente
utilizada nos mistérios de Elêusis, estamos convencidos de que não
passava de uma espécie de alimento semelhante ao pão.
Sabemos
ser a Epopteia,
nestes mistérios, algo equivalente ao PÃO
DA EUCARISTIA, dos Cristãos, exceto que, nos primeiros, acreditava-se ser o PÃO, o corpo da DEUSA
DEMÉTER, enquanto que o VINHO seria o sangue
de DIONÍSIO.
O
Político e Orador Romano, Cícero (106-43 a.C.), zombava dos que acreditavam na transformação do Pão em Divindade, pois jamais chegou a entender o Verdadeiro
significado desses mistérios.
No
Egito, a Cevada representava o Deus
Osíris e a Semente germinada era plantada em nome desse Deus.
Costume
semelhante era praticado nos chamados Jardins de Adônis.
Ambos
os Deuses pertencem a uma Classe
de Divindades que morrem como os mortais comuns, e
ressuscitam para a vida eterna.
Este
Dogma é encontrado em todas as Religiões conhecidas.
Uma Planta da Família do Manjericão, planta do gênero Ocimun,
usada como Condimento, era considerada Sagrada na Índia.
O
Povo Teutônico considerava as Maçãs o Alimento dos Deuses e
o Hidromel, sua bebida.
OS
ASTECAS, no México, consideravam Sagrados o Milho e o Sangue.
NÉCTAR
Para
os GREGOS
E ROMANOS, o Vinho
Tinto era o Néctar dos Deuses.
Este
era também usado pelos DRUIDAS,
JUDEUS, EGÍPCIOS, CHINESES E TIBETANOS.
Para
os HINDUS, a Soma era a bebida
dos Deuses, mas, sabia-se perfeitamente
que esta não passava de Suco da Planta Trepadeira Asclepiadácea, pertencente à Família das Pervincas.
OS
ZOROASTRISTAS utilizavam a Haoma, preparada com Suco de Efedra, planta vagamente relacionada com as Gimnospermas.
OS MISTÉRIOS CRISTÃOS
NA
MISSA CATÓLICA, o Vinho é transformado, através do Mistério
da Eucaristia, no Sangue
de Cristo, e
o Pão, sob
a forma de Hóstia, em Seu
Corpo.
NO
EVANGELHO (JOÃO, XV, 1), JESUS descreve-se
como o verdadeiro vinho.
NA
ÚLTIMA CEIA, Ele
disse que o Pão era
Seu Corpo, o Vinho, seu Sangue (Mateus, XXVI, 26 e 27; Marcos, XIV, 22
e 24; Lucas, XXII, 19 e 20; Coríntios XI, 24 e 25).
SUAS
PALAVRAS são repetidas pelo sacerdote durante a Eucaristia.
A
HÓSTIA é
colocada numa pequena bandeja chamada Pátena, e o VINHO, em um Cálice.
Segundo
um VELHO
COSTUME JUDAICO, acrescenta-se Água ao Vinho.
Diz-se
que o
VINHO representa
a Natureza
Divina de Cristo e a ÁGUA Sua
Natureza Humana.
OS
ARMÊNIOS, entretanto, não
misturam água ao vinho, já que não acreditam nas duas naturezas de
Cristo, motivo pelo qual são
conhecidos como Monofisistas.
Em
alguns RITUAIS DE IGREJAS CATÓLICAS
ORIENTAIS o Vinho é apenas um Suco de Ervas não fermentado.
A
Maioria, entretanto, usa Vinho
Fermentado, como em Rituais no Hemisfério Ocidental (Romano).
Entre
os POVOS
DO ORIENTE o Pão é fermentado.
O
PÃO usado
pelos Cristãos constitui-se
de Farinha de Trigo Especial, e era Cozido, como ainda o é
atualmente, em alguns Rituais
Ocidentais, pelos próprios membros do Clero, ou por Moças Virgens.
Durante
o COZIMENTO rezavam-se Preces.
A HÓSTIA, como é chamada, tem forma redonda e
traz impressa algum símbolo sacro, normalmente a cruz ou as iniciais IHS (Transcrição do Monograma Grego
de Cristo Ichthus, que significa Jesus Cristo Filho de
Deus, Salvador).
O
TERMO GREGO ICHTHYS significa "PEIXE", daí a Origem do Símbolo para representar a Figura de Cristo.
PADRÕES COMPLEXOS
OS
PÃES utilizados pelos Católicos
Orientais são maiores que os nossos, e
apresentam complicadas configurações.
Um
Pedaço Quadrado Central, chamado O CORDEIRO SAGRADO (o
Cordeiro é outro Símbolo do Filho de Deus), é recortado.
Apenas esta parte do Pão era Consagrada, sendo a restante utilizada para o
Antidoron,
ou Cerimônia de Distribuição dos Pães após a Eucaristia.
O
PÃO é cortado com
o Lonche, a
pequena Haste de uma lança,
e espetado com a ponta desta para simbolizar a lança que perfurou o Corpo de Cristo, quando este
se achava na cruz.
NAS
CERIMÔNIAS ORIENTAIS quanto
OCIDENTAIS, um pedaço da Hóstia é mergulhado no Vinho,
no momento da consagração.
NO
ORIENTE ela também é conhecida como "Pérola".
OS
CRISTÃOS NESTORIANOS
Um Costume muito curioso é observado pelos Cristãos Nestorianos.
NA
QUINTA-FEIRA SANTA, eles
preparam uma mistura de Farinha, Sal e Migalhas Esfareladas do Pão Sacramental Consagrado, e em toda a Eucaristia, durante o transcorrer do ano, adicionam uma
pequena quantidade desse pão, transformado em pó.
Esta
Mistura, chamada Melka,
é acrescentada pelos sacerdotes quando assam suas hóstias.
Cada
nova Hóstia, quando consagrada, já contém
minúsculas partículas de uma anterior (já consagrada), e aquelas anteriores a
esta, por sua vez, numa seqüência regressiva, também apresentariam vestígios
das precedentes, de maneira que se poderia chegar até àquela usada por JESUS na celebração da ÚLTIMA CEIA.
Desta
maneira, segundo sua Tradição,
suas Hóstias continham Doses
Homeopáticas do
Pão Consagrado pelo próprio Senhor.
A INTINÇÃO NO ORIENTE
Acredita-se nos Países Cristãos, tanto
Orientais como Ocidentais, que Cristo está Verdadeiramente presente não apenas no Pão, mas também
no Vinho.
Em
conseqüência disso, a Comunhão pode ser ministrada numa dessas duas espécies.
NO
ORIENTE, é dada de ambas
as maneiras, geralmente por Intinção ([Liturgia] Ato de lançar no vinho consagrado parte da hóstia
grande consagrada na missa), ou seja, a Hóstia
sagrada é fracionada e esta parte umedecida no Vinho consagrado, é ministrada por meio de uma Labis, ou colher, embora, às vezes, somente o vinho seja
ministrado, e em alguns casos o sacerdote a deposita diretamente na boca das
pessoas que recebem a comunhão, usando só as mãos.
NO
OCIDENTE a Hóstia
Consagrada é guardada num recipiente chamado Cibório, Vaso
Sagrado coberto parecido com um Cálice.
Este
é guardado em um Sacrário coberto ou em uma Arca no altar ou próximo a ele.
O
Objetivo desta prática
é preservá-la para que possa ser ministrada aos
moribundos, quando necessário.
Muitos
dos CATÓLICOS
ORIENTAIS não guardam a hóstia já consagrada, ao invés disso,
a consagram sempre que haja necessidade.
OS
CATÓLICOS DO RITO ROMANO também agem de forma semelhante, usando a hóstia para abençoar as
pessoas.
A
HÓSTIA é colocada em uma Custódia, de onde pode ser vista por todos, sendo, às vezes,
levada em procissão pelas ruas.
O INCENSO
NO
OCIDENTE, usa-se
o Incenso na Missa Solene, na Ação de Graças, nas Vésperas de Cerimônias
importantes e em Funerais,
e, no Oriente, em praticamente Todos os Cultos Religiosos Públicos.
A
VELA PASCAL, que
segundo o uso Romano
era abençoada e acesa à véspera da Páscoa, continha Cinco Grãos de Incenso que representavam as Cinco Chagas de Cristo.
Era
mantida acesa durante os Quarenta
Dias da Páscoa.
O INCENSO é
jogado em carvão em brasa depositado num combustor de incenso chamado Incensório ou Furíbulo, enquanto o padre pronuncia uma bênção especial.
Existem
regras específicas para uso do incensório, o qual é suspenso por
correntes.
ÓLEOS
SAGRADOS
NOS MISTÉRIOS CRISTÃOS todas as Velas devem ser preparadas com Cera de Abelha como também todas as Candeias devem usar Azeite como combustível.
A
OLIVEIRA é uma árvore bastante cultivada na região
mediterrânea.
O
FRUTO comestível da variedade cultivada é prensado a fim
de produzir o Azeite
Doce usado
em saladas.
NA
IGREJA CATÓLICA, tanto
no Ocidente quanto
no Oriente, o Bálsamo e o Azeite de Oliveira são consagrados na Quinta-feira Santa, dia em que se comemora a Última
Ceia.
OS
ÓLEOS CONSAGRADOS são
tratados com profundo respeito, segundo a reverencia prestada ao Corpo
e Sangue de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Há
Três Tipos de Óleos, de acordo com
sua consagração e uso, mas todos eles são de Oliveira, com ou sem Bálsamo.
SÃO
OS SEGUINTES:
1.
ÓLEO DE CATECÚMENO:
É assim denominado pelo uso que dele se faz na
cerimônia do batismo, pois os que se preparavam para serem batizados eram
chamados de catecúmenos. O mesmo óleo é usado para abençoar a pia batismal,
consagração de altares e templos, ordenação de padres, e coroação de reis e
rainhas.
2.
ÓLEO DOS DOENTES:
NO
ORIENTE é chamado ÓLEO DA PRECE; usado no Sacramento da Cura, de forma curiosa, na bênção, ou batismo de sinos de igrejas.
3.
CRISMA:
É
uma mistura de Azeite de Oliveira e
Bálsamos; usado na Bênção da Pia Batismal, no Sacramento ou Mistério da Unção, ou Crisma, na Consagração do Cálice e da Pátena, e muito freqüentemente, na Bênção
dos Sinos.
O
LINHO
O LINHO (Linum), um dos têxteis mais notáveis, desempenha papel
importante nos Mistérios
cristãos.
AS
MÚMIAS EGÍPCIAS eram envoltas em linho.
NOS
SACRAMENTOS CATÓLICOS usam-se roupas de linho, talvez porque JESUS tenha sido sepultado
segundo o costume Egípcio.
Só as Três Toalhas que cobrem o Altar; A Corporal, na qual são depositados o Cálice
e a Pátena; O Pálio,
às vezes colocado sobre o Cálice, ou usado suspenso por varetas para cobrir o
sacerdote em procissões, e A Purificatória,
toalha usada para enxugar a parte interna do Cálice depois que este é lavado
com Vinho e Água.
NO
ORIENTE, a Poteriokalumma,
sobrecéu de linho, serve às vezes de pálio e de purificador.
OS
CRISTÃOS ORTODOXOS também usam uma toalha de linho para cobrir a Pátena
denominada Diskokalluma,
além desta, há uma outra mais fina chamada Aer,
que é colocada sobre a primeira.
A
IGREJA ORTODOXA RUSSA não adota o linho.
Usa um Objeto
Ritual chamado Asterisco para evitar que os véus toquem a hóstia quando
esta se acha na Pátena.
Cada
um desses objetos possui significado simbólico.
O
ASTERISCO, de configuração estrelada,
representa a Estrela
de Belém.
SIMBOLISMO
DAS ERVAS
Um EMBLEMA diferencia-se de um símbolo pelo fato
de ser puramente arbitrário.
É
algo plenamente consciente
ao passo que o SÍMBOLO refere-se ao inconsciente, e pode ser apenas do
conhecimento de iniciados,
ou de outros, através de revelação.
Ambos
podem ser aprendidos.
É
um tanto quanto difícil distinguir Emblemas
de Símbolos.
Algumas PLANTAS podem ter sido atribuídas a certos
lugares só de forma Simbólica,
e seu conhecimento através da Tradição, perdeu-se no tempo.
Outras
têm sido introduzidas de maneira arbitrária.
Entre
os EMBLEMAS
NACIONAIS mais conhecidos temos a Rosa para a Inglaterra, o Alho Porro para o País
de Gales, o Cardo para a Escócia, o Trevo para a Irlanda, o Lírio (flor-de-lis) para
a França, a Romã para a Espanha, a Tília para a Prússia, a Resedá para a Saxônia, a Violeta para a Grécia, o Boldo para o Canadá.
Nos
Estados Unidos cada Estado possui seu próprio Emblema
Floral.
OS SÍMBOLOS DOS DEUSES
AS ERVAS e outras plantas eram geralmente relacionadas com DEUSES,
tendo papel importante nos Mitos,
Sacrifícios, ou alguma Forma de Ritual.
NO
ANTIGO EGITO, a Acácia era consagrada à DEUSA
OSÍRIS, o Absinto à ISIS, o Sicômoro a HATHOR e NUIT, e o Pêssego a HARPÓCRATES.
ENTRE
OS BABILÔNIOS, o Cedro era dedicado a EA, e entre os PERSAS, o Cipreste a Mitra.
NA
ÍNDIA, a Lótus constituía a configuração do Trono de Brahma, o Pipul,
a Figueira-de-Bengala, e todos os membros do gênero do Figo eram consagrados à VISHNU, enquanto algumas plantas do gênero Feronia eram consagradas a SHIVA.
OS
BUDISTAS dizem que BUDA atingiu
a iluminação sob a "ÁRVORE-BODHI", a Figueira da Índia.
ENTRE
OS CHINESES, LAO-TSÉ era
simbolizado pela Ameixeira, CONFÚCIO pelo
Bambu, e BUDA pelo Pinheiro.
Eram
popularmente conhecidos
como "OS
TRÊS AMIGOS".
OS
TRÊS PRINCIPAIS Deuses estão relacionados com o pêssego.
SIMBOLISMO
DAS PLANTAS ENTRE GREGOS E ROMANOS
ENTRE
GREGOS E ROMANOS, são mais
freqüentes as referências ao Simbolismo das Plantas.
O MILHO, por exemplo, era consagrado a BACO, o TRIGO a CERES, casos já mencionados.
A HERA E A FIGUEIRA, também eram dedicados a BACO e PAN.
Supõe-se
que o FIGO também era consagrado a SATURNO, mas, talvez seja mais correto afirmar terem sido
a SARÇA (Rubus) e a SERPENTÁRIA (Dracunculus) aquelas realmente dedicadas a essa figura
mitológica.
JÚPITER, Rei dos deuses, era simbolizado pela PALMEIRA.
O CORNISO, espécie de ABRUNHEIRO, era dedicado a MARTE, o LOUREIRO a APOLO, a MAÇÃ, a VÊNUS, a AMORA, a MERCÚRIO, e o DITAMO (Planta da Família das Urtigas-Mortas) a DIANA.
SÍMBOLOS DE SANTOS
NO
SIMBOLISMO CRISTÃO até mesmo DEUS é representado por alguns SÍMBOLOS
HERBÁCEOS.
O TREVO representa a SANTÍSSIMA
TRINDADE.
PÃO E VINHO, O
SALVADOR.
AS PLANTAS BICO DE POMBA E AQUILÉIA
DE SETE PÉTALAS eram
dedicadas de forma muito especial ao ESPÍRITO
SANTO.
É
bem conhecido o SIMBOLISMO existente entre o ESPÍRITO SANTO e
a POMBA, e as SETE
DÁDIVAS representadas pelas SETE PÉTALAS.
À
VIRGEM MARIA foram consagradas muitas FLORES.
EM
UMA LADAINHA MEDIEVAL, a GRINALDA
de MARIA é feita de ROSAS, VIOLETAS, MARGARIDAS,
MANJERONAS E ALECRINS, cada
uma delas representando uma Virtude específica.
A
PUREZA DA VIRGEM MARIA é geralmente simbolizada pelo LÍRIO
BRANCO, como visto em muitos quadros
da ANUNCIAÇÃO.
A ROSA é dedicada à SANTA
MARIA MADALENA.
Certas
Plantas recebem nomes de acordo com os nomes de SANTOS segundo a tradição popular.
A CARDAMINE PRATENSIS é apenas uma de cerca de DOZE PLANTAS cuja denominação é associada à figura da VIRGEM SANTÍSSIMA.
Várias
espécies da HYPERICUM (dedicadas a SÃO
JOÃO), das CENTÁUREAS (Centaurea Solstitialis) e da ACTAEA
SPICATA, receberam
suas denominações em homenagem a muitos SANTOS.
É
TRADIÇÃO que a bela PLANTA INGLESA (Fritilaria Imperialis) recebeu
essa denominação de SANTO
EDUARDO, O
CONFESSOR, REI DA INGLATERRA (1002-1066).
NAS
ARTES, usam-se numerosos SÍMBOLOS
para distinguir os diferentes SANTOS e, entre estes, encontraremos uma série de plantas
usadas em simbolismo.
SÍMBOLOS DA VIRTUDE
Alguns
exemplos de VIRTUDES,
VÍCIOS E IDÉIAS ABSTRATAS.
ENTRE
OS CRISTÃOS, a ROSA representava a CARIDADE, a OLIVEIRA, a PAZ, o MIRTO, a COMPAIXÃO, a RESEDÁ, a BRANDURA, a MIRRA, a ABSTENÇÃO, a LÓTUS, a CASTIDADE, e a FLOR DE LARANJEIRA, a INOCÊNCIA.
O
VÍCIO, é claro, também era
simbolizado.
A PLANTA chamada MANJERICÃO, cuja denominação parece estar relacionada com a do
Basilisco, um Réptil
Mortífero, era associada à IRA, a GULA, à URTIGA, o HELÉBORO, à MALEDICÊNCIA, a INVEJA seria representada pelo ESPINHEIRO, a PREGUIÇA,
pela PAPOULA,
e o ORGULHO, pelo CEDRO.
A
MORTE era simbolizada pelo TEIXO, muito encontrado em CEMITÉRIOS.
A
RESSURREIÇÃO era representada pela FOLHAGEM DO BUCHO.
A
IMORTALIDADE, por sua vez,
pelo AMARANTO.
Devido
ao seu tamanho pequeno
e à sua enorme proliferação, a SEMENTE DE
MOSTARDA representava a ONIPOTÊNCIA (segundo
Mateus, XIII, 31; Marcos, IV, 31; e Lucas,
XIII, 19).
A
VITÓRIA era representada pela PALMEIRA e freqüentemente suas PALMAS eram relacionadas
à FIGURAS DE MÁRTIRES.
ERVAS E ÁRVORES HERÁLDICAS
OS UNIFORMES MILITARES ostentam
todo tipo de Símbolos que se possa imaginar.
AS PLANTAS, como não poderia deixar de ser, são
muito usadas e possuem simbolismo próprio além de relacionarem-se com
determinados aspectos da vida de uma pessoa ou de uma família, em particular.
ÁRVORES, as preferidas são o CARVALHO, as PALMAS DA PALMEIRA e a
OLIVEIRA.
Outras
também muito usadas são: A
AMENDOEIRA, A MACIEIRA, A PEREIRA, A CEREJEIRA E A NOGUEIRA.
O PINHEIRO é a mais comum das Plantas Coníferas.
AS ERVAS geralmente apresentam FLORES bonitas, tais como a ROSA, o LÍRIO, o JACINTO e o AMARANTO.
O TREVO, é claro, possui grande significação.
A ROMÃ é a fruta favorita.
ALGUMAS ERVAS pequenas são usadas, em casos particulares, como,
por exemplo, a ALCACHOFRA DOSTELHADOS e a CIZÂNIA.
A HERÁLDICA relaciona-se não apenas com as honrarias ostentadas
em uniformes militares, mas também com o fato de conferir COMENDAS.
Uma
muito conhecida é a ROSA DOURADA, conferida pelo PAPA.
Acompanha
esta Comenda um modelo verdadeiro em OURO, originalmente uma simples flor, mais tarde uma série de ramos
de flores, ricamente ornamentados com pedras
preciosas e esmalte vermelho para
simbolizar a PAIXÃO, e perfumado com ÂMBAR-CINZENTO e ALMÍSCAR.
UMA
BÊNÇÃO ESPECIAL era dedicada à mesma, no quarto domingo da QUARESMA.
BASIL, EM INGLÊS
A
ROSA é, geralmente, recebida por RAINHAS, somente. O
REI HENRIQUE VIII, entretanto,
recebeu-a antes de se desentender com o PAPA. Dentre as Personalidades agraciadas com essa Honraria, cita-se a RAINHA DE ESPANHA, EM 1861, e a IMPERATRIZ DA FRANÇA, EM 1862.
PLANTAS MÍTICAS
A
CIÊNCIA MATERIALISTA do Século
Passado legou-nos uma imagem do UNIVERSO, na qual objetos à SEMELHANÇA
DE ESFERAS executariam movimentos de Rotação e Translação, no ESPAÇO-TEMPO.
SUA
LINGUAGEM era MATEMÁTICA.
A
CIÊNCIA ESPIRITUAL das ERAS
MEDIEVAIS, cujas verdades são
atualmente corroboradas pelas descobertas da PSICOLOGIA profunda, representava o UNIVERSO, ou melhor, o TODO
ESPIRITUAL, como um TEMPLO, uma ÁRVORE, ou MONTE, ou, mais especificamente, uma combinação
integrada dos três itens.
Esta
idéia era apresentada em linguagem MITOLÓGICA.
A ÁRVORE cresce no MONTE
DOS DEUSES, o OLIMPO DOS GREGOS, seu Lar e Templo.
Estava
situada no “CENTRO
DO PARAÍSO" (Gen,
II, 9), mas em vários rituais
pode-se constatar que seus galhos alcançavam os confins do universo.
OS
EGÍPCIOS, HEBREUS, FENÍCIOS, PERSAS, DRUIDAS, ESCANDINAVOS, HINDUS, CHINESES, JAPONESES, os MAORIS da NOVA
ZELÂNDIA, os ASTECAS do MÉXICO, os MAIAS do YUCATAN e os INCAS do PERU, sem exceção, falam dessa árvore.
A
ÁRVORE CABALÍSTICA DA VIDA
ENTRE
OS HEBREUS, havia um DIAGRAMA FILOSÓFICO CABALISTA que simbolizava a ÁRVORE DA VIDA, da qual pendiam os DEZ SEPHIROTH (sephira).
Cada
um deles era representado
por uma ROMÃ, cujas cores eram diferentes entre si, e
pertinentes aos seus significados.
Existe,
é claro, VASTA LITERATURA sobre a CABALA, e por certo, muitos leitores poderão, se o
desejarem, familiarizar-se com o assunto.
A
ÁRVORE DA VIDA ESCANDINAVA
A
versão ESCANDINAVA desta LENDA é bem conhecida, já que se
acha incorporada ao Folclore e incluída nas EDAS,
Coletâneas de fatos
tradicionais da MITOLOGIA
DOS ANTIGOS POVOS ESCANDINAVOS.
A
ÁRVORE DA VIDA é simbolizada por um freixo gigantesco situado
no centro de uma montanha, na qual os DEUSES
REÚNEM-SE EM CONSELHO.
Seus
Galhos ultrapassam os limites "Celestiais".
TRÊS
RAÍZES destacam-se sobre as demais, amplamente espaçadas entre
si.
Podem ser descritas da
seguinte forma:
(1) Uma delas leva ao NIFLHEIM, uma espécie de Inferno
Frio, Úmido
e Escuro, onde
habita o LOBO
FENRIS, e abaixo desta encontra-se a FONTE
DA PRIMAVERA chamada
de HVERGELMIR, junto à SERPENTE
NIDHUG, que se alimenta continuamente da RAIZ;
(2) Leva à TERRA
DOS GIGANTES CONGELADOS, JOTUNNHEIM, cuja cidade principal chama-se UTGARD; abaixo desta RAIZ
acha-se a FONTE
DA SABEDORIA, guardada pelo GIGANTE MIMIR;
(3) Leva à TERRA
DOS DEUSES abaixo
da qual acha-se a FONTE
SAGRADA
DE URD,
assistida pelas TRÊS
DEUSAS
DO DESTINO ou PARCAS,
segundo a MITOLOGIA
ROMANA.
NOS GALHOS DA ÁRVORE, QUATRO
CERVOS alimentam-se de BROTOS.
Representam
os QUATRO
VENTOS ou QUATRO
ELEMENTOS.
Pousada
no galho mais alto há uma ÁGUIA e, entre seus olhos, um FALCÃO.
UM
ESQUILO sobe
e desce a árvore, levando
mensagens que geram conflitos entre a ÁGUIA
e a COBRA anteriormente
citada.
ESTA
ÁRVORE DA VIDA da TRADIÇÃO
ESCANDINAVA denomina-se YGGDRASIL, e representa O PODER DE YGG ou ODIN,
o REI DOS DEUSES,
o qual, segundo a LENDA, teria permanecido pendurado à mesma
durante nove dias.
A "ÁRVORE-BODHI"
ENTRE
OS BUDISTAS era costume associar um Buda a uma Árvore, da mesma
forma que Gregos e Romanos com relação a Plantas.
NAS
MANIFESTAÇÕES DA ARTE, a mais
conhecida era a PIPALA (FICUS RELIGIOSA), sob
a qual SÁQUIA-MUNI,
ou GAUTAMA, o BUDA
HISTÓRICO, foi ILUMINADO.
ESTA ÁRVORE juntamente com as suas correlatas, a FICUS
INDICA e a BENGHALENSIS, são provavelmente as maiores plantas
que se conhece devido seus galhos crescerem continuamente, muito mais que os
das outras árvores.
SUAS RAÍZES são tão grossas que se parecem com troncos.
Uma só destas Árvores vale, simbolicamente, por uma FLORESTA INTEIRA.
Não
é de surpreender o fato dos BUDISTAS a considerarem a ÁRVORE DA VIDA.
AS TRÊS SEMENTES
De
acordo com a lenda, quando ADÃO E EVA FORAM EXPULSOS DO PARAÍSO, levaram consigo (segundo uma outra
Lenda, enviaram) seu TERCEIRO
FILHO, SETH, aos portões do mesmo a fim de apanhar
Três Sementes da Árvore da Vida.
Dessas
SEMENTES,
cresceram ÁRVORES que forneceram:
(1) A Madeira para o Cajado de Moisés;
(2) O Ramo que foi usado para tornar doces as Águas de Marah;
(3) A Madeira usada na Construção do Templo de Salomão;
(4) A Madeira usada para fazer o Banco no qual sentaram-se
as Sibilas ao profetizarem
a vinda do Messias;
(5) A Madeira para a CRUZ DE CRISTO.
Esta
Lenda acha-se representada
num Quadro acima do Altar de uma Igreja em Leyden, Holanda.
O HOMEM ARQUETÍPICO
É
interessante notar que os CABALISTAS sempre representam o HOMEM
ARQUETÍPICO em sua ÁRVORE
DA VIDA.
Afirmam
ser a CRUZ DE CRISTO chamada de ÁRVORE (Atos, V, 30; Atos, X, 39; Gálatas, III, 13;
Pedro, 11, 24).
Diz
a Lenda que ZOROASTRO foi suspenso numa ÁRVORE e chamado de LUZ
GLORIOSA dessa árvore.
ADÔNIS
DA SÍRIA como ATIS DA FRÍGIA, eram associados à VEGETAÇÃO.
OSÍRIS, DEUS DA VEGETAÇÃO do ANTIGO
EGITO, foi morto por sepultamento em uma CAIXA que eventualmente se alojou em um PÉ DE ACÁCIA ou TAMARGA.
KRISHNA,
SUPREMA ENCARNAÇÃO DE VISHNU,
na MITOLOGIA HINDU, foi morto por uma FLECHA que o deixou preso a uma árvore.
Há
Numerosos exemplos de associação de DEUSES ENCARNADOS e
SACRIFICADOS e ÁRVORES, na MITOLOGIA de todos os povos conhecidos.
ELEMENTARES
E ELEMENTAIS (ESPÍRITOS DAS ÁRVORES) A
Maioria dos que são realmente versados em OCULTISMO sabem perfeitamente qual a diferença existente
entre
ELEMENTARES e ELEMENTAIS.
Os
ELEMENTARES designa
ASSOMBRAÇÕES ou APARIÇÕES
FANTASMAGÓRICAS DE ESPÍRITOS que se
encontram num Estágio Atrasado,
no qual permanecem por algum tempo, antes de passarem a Níveis Mais Elevados.
Neste
caso incluem-se
os FANTASMAS ou VISÕES ocorridas e as ENTIDADES que costumam assombrar Casas Velhas
ou abandonadas.
OS ELEMENTAIS, pelo contrário, são ESPÍRITOS DA NATUREZA.
Pertencem a uma Classe Inferior a dos ANJOS
e não são Imortais, podendo vir a sê-lo segundo a TRADIÇÃO, desde que convivam com Seres Humanos.
Há
Seis Classes Principais:
OS
GNOMOS, ou ESPÍRITOS
DA TERRA; AS
ONDINAS ou
NINFAS DAS ÁGUAS; AS
SÍLFIDES ou GRACIOSAS
CRIATURAS DO AR; AS SALAMANDRAS, do FOGO; AS
DRÍADES, ou NINFAS
DOS BOSQUES; OS FAUNOS, ELEMENTAIS
DO REINO ANIMAL.
Trataremos
aqui apenas
das DRÍADES, Elementais
dos Bosques.
NOS
TEMPOS CLÁSSICOS acreditava-se que toda Árvore fosse habitada, ou de
certa forma, estivesse relacionada com um desses Espíritos ou Ninfas, os quais morriam juntamente com a árvore.
ESTAS
NINFAS eram chamadas de HAMADRÍADES.
O
POVO DO CAMPO fazia Oferendas de Leite, Azeite e Mel, e as FEITICEIRAS, vez por outra, sacrificavam Cabras em sua honra.
ALGUNS
GRUPOS DE ERVAS também incluíam suas DRÍADES, distintas daquelas existentes nas árvores,
provavelmente as ORÍADES e as NAPÉIAS que
dominavam as Montanhas,
Colinas e Vales, respectivamente.
METAMORFOSE
NA
MITOLOGIA CLÁSSICA, os Seres Humanos, às vezes, eram transformados em animais ou
plantas.
Isto
sem dúvida, refere-se a uma mudança a
nível psicológico, e o ser vivente em particular, no qual a vítima era
transformada, certamente corresponderia à propriedade oculta envolvida.
METAMORFOSE, OBRA
DE OVÍDIO, há inúmeras citações sobre
esse tipo de transformação.
Com respeito àquelas do
REINO VEGETAL,
podemos citar a NINFA
DAFNE, transformada em Loureiro para escapar aos avanços de FEBO; SIRINGE transformada em Bambu para fugir à Luxúria de PAN.
O
JOVEM NARCISO, que para evitar
o sexo oposto, especialmente a fofoqueira Ninfa das fontes e florestas, ECO, transformou-se na flor de mesmo nome.
CLÍTIA, Ninfa abandonada pelo Deus Sol, foi transformada em GIRASSOL, e daí, provavelmente, sua posição
inclinada na direção do Astro-Rei.
ADÔNIS, Amante de Vênus, ferido por um Javali, foi transformado por ASTARTE num PÉ DE MIRRA, por ter cometido incesto com seu próprio pai.
Acreditava-se
existir ANTÍDOTOS para tais transformações.
NA ODISSÉIA de
HOMERO, o herói usa AMÓLI, uma planta do gênero da Cebola (Allium) para fazer seus
companheiros, transformados em porcos por CIRCE, recuperarem a forma humana.
0
ALHO, outra planta do mesmo
gênero, foi utilizada mais tarde contra Vampiros.
A BERNACA
A
METAMORFOSE, na Mitologia, prenunciou a descoberta do mesmo tipo
de processo existente na natureza, como, por exemplo, a Transformação do Girino em Sapo.
EM
CRENDICES que perduraram até meados do SÉCULO XVII, citam-se casos de Metamorfoses Imaginárias, nas quais,os PINHEIROS próximos às
Regiões Costeiras do
Norte e Oeste da Escócia e Irlanda, geraram um tipo de
Percevejo conhecido como BERNACA, que se transformavam nos gansos selvagens de
mesmo nome.
Há
realmente uma grande semelhança,
embora superficial, entre os membros de um Percevejo
Bernaca e as pernas de um pássaro.
PARA
ESTUDANTES DO OCULTISMO, não há
razão alguma para a não existência dessa afinidade, entre Árvore, Ganso e Bernaca, apesar de não haver nenhuma Metamorfose Física e
os mesmos pertencerem a tipos de estruturas completamente diferentes e,
portanto, a diferentes domínios da natureza.
ALFABETO
DA ÁRVORE DRUÍDICA
NA
MITOLOGIA havia grande número de PLANTAS especialmente dedicadas a DEUSES.
NA
MITOLOGIA CÉLTICA, havia uma LISTA de DEUSES com suas ÁRVORES correspondentes.
A BATALHA DAS ÁRVORES é um desses MITOS.
AS ÁRVORES eram consideradas quase como TOTENS DAS TRIBOS.
O
ALFABETO GÁLICO original também apresentava correspondência
com essa LISTA DE ÁRVORES.
CONSTITUÍDO
DE DEZESSETE LETRAS:
A
LETRA H foi acrescentada
posteriormente (o UATH ou espinho-branco).
SUA
SEQÜÊNCIA É A SEGUINTE:
B L N F S (H) D T C M G P R A O U E I, sendo
cada LETRA representada pelo NOME de uma árvore.
Atualmente, O
ALFABETO apresenta
sequência diferente, algo como (em Galês):
AILM, BEITE, COLL, DUR, EAGH,
FEARN, GATH, HUATH, TOGH, LUIS, MUIN, NUIN, OIR, PEITH, RUIS, SUIE, TEINE, UR.
As ÁRVORES correspondentes são:
OLMEIRO, BÉTULA, AVELEIRA, CARVALHO, ÁLAMO, AMIEIRO,
HERA, ESPINHEIRO, TEIXO, SORVEIRA-BRAVA, VIDEIRA, FREIXO, EVÔNIMO, PINHEIRO,
SABUGUEIRO, SALGUEIRO, TOJO e URZE.
CASCAS E MADEIRAS
Muitas das CASCAS e MADEIRAS usadas
na MEDICINA denotam suas PROPRIEDADES CURATIVAS através do cheiro característico a cada
uma delas, como é o caso da CANELA ANTILHANA, CANELA-DO-CEILÃO,
CASCARILHA DAS BAHAMAS, CÁSSIA DA INDOCHINA, SASSAFRÁS E OLMO
dos Estados Unidos,
e muitas outras.
TAIS CASCAS E MADEIRAS provêm de diferentes famílias, mas a CANELA-DO-CEILÃO e a CÁSSIA relacionam-se à do LOUREIRO.
INODORAS
Diversas
são as Famílias cujas CASCAS não apresentam aroma.
Neste
caso incluem-se as FAMILIAS
DA ROMÃ, DA CEREJEIRA SILVESTRE, VIBURNO, CASCA SAGRADA, CHINCHONA, E DA
HAMAMÉLIS.
O VIBURNO não está relacionado com o Pilriteiro e sim com a Familia das Caprifoliáceas.
A CHINCHONA, nativa da América
do Sul — na Região
Norte do Brasil, por exemplo, é
abundante, produz o QUININO.
A HAMAMÉLIS, por sua vez, relaciona-se com sua própria Família (Hamamelidáceas), das ROSAS.
Sua
denominação deriva do fato de seus RAMOS serem freqüentemente usados como VARINHAS DE CONDÃO.
É
o formato e não a MADEIRA utilizada que
ajuda o Rabdomante.
O
MATERIAL com
o qual a varinha é feita não tem qualquer relevância, e pode ser mineral,
vegetal, ou animal, pois a
faculdade de detectar coisas depende de movimentos musculares inconscientes do
homem.
A CASCA DO VIDOEIRO, se usada por alguém, a todo momento, protegia
contra ENCANTAMENTOS, ao passo que a do SALGUEIRO evitaria VISÕES.
Diz-se que
a CASCA DO EUCALYPTUS é chamada popularmente de "CASCADURA".
MADEIRAS
VOLTANDO
ÀS CRENDICES POPULARES, ocorre-nos
uma pergunta interessante sobre o tipo de MADEIRA utilizada na CONSTRUÇÃO
DA CRUZ DE CRISTO.
AFIRMA-SE
COMUMENTE que foi usado o ÁLAMO devido, segundo os poetas, às folhas
destas árvores apresentarem um certo movimento vibratório, característica
física do sentimento de temor.
UMA
HIPÓTESE DIFERENTE, aventada
por SIR
JOHN MANDEVILLE, falecido
em 1372, na Coletânea
de Contos escrita durante a viagem realizada um ano antes
de sua morte, alega ser a CRUZ DE CRISTO composta de QUATRO
TIPOS DE MADEIRAS:
(1)A
Peça Perpendicular seria de CIPRESTE;
(2)A Transversal de PALMEIRA;
(3)A Base de CEDRO,
(4) A TABULETA com a
Inscrição, de OLIVEIRA.
Ele
justifica sua tese com base na durabilidade das madeiras empregadas.
OUTRA
LENDA diz terem as MADEIRAS vindo de diversos lugares do mundo.
A
CRUZ simbolizaria a COMPREENSÃO tanto no ESPAÇO como no TEMPO.
OUTROS
ACREDITAM que a ERVA DE PASSARINHO, outrora uma enorme árvore, foi punida e reduzida
ao tamanho de um Arbusto Parasita devido
ter sido usada para construir a Cruz de Cristo.
VÁRIOS
ESCRITORES CLÁSSICOS, inclusive SHAKESPEARE, afirmam que JUDAS
ESCARIOTES enforcou-se num SABUGUEIRO
após ter traído a JESUS.
ESTA PLANTA era comumente cultivada em canteiros de jardins com o objetivo de afastar Feiticeiras e Bruxas, as quais, se
agarradas, seriam
coroadas de espinhos da planta.
AS BETULÁCEAS, AVELEIRA E
SABUGUEIRO eram
preferidas para a Construção
de Baguetes ou Varinhas
Mágicas Bifurcadas com a forma de Y.
Para
essa finalidade, a HAMAMÉLIS
era também muito usada.
MADEIRAS DE GRANDE DURABILIDADE
CERTAS
MADEIRAS apresentam enorme resistência às intempéries, como
é o caso da ERYTHRINA GLAUCA,
pertencente à Família da Ervilha, que por essa propriedade foi cognominada de "MADEIRA
IMORTAL".
Apesar
de sua grande resistência, não apresenta
dureza.
A MADEIRA DO JUNÍPERO é imune aos Vermes e Parasitas, o CEDRO
às Mariposas e Aranhas,
enquanto que o AMIEIRO,
a MURTA e o TEIXO
repelem as Pulgas.
A
MADEIRA, exceto em PLANTAS
HERBÁCEAS e ARBUSTOS recém-plantados, constitui-se do ALBURNO, ou parte viva, e do CERNE, que é a parte morta.
É
lógico que o CERNE é mais resistente e usado na fabricação de
inumeráveis artigos.
Apresenta coloração mais viva que
o ALBURNO.
A MADEIRA das MONOCOTILÉDONES é totalmente
diferente da MADEIRA das DICOTILÉDONES.
A
das GIMNOSPERMAS (CONÍFERAS), pela ausência de veios, é
considerada como mais evoluída biologicamente.
OS BAMBUS são GRAMÍNEAS, sendo exemplos
de CAULES MONOCOTILÉDONES.
São
usados na fabricação de diversos objetos e, assim como a gramínea, contêm sílica.
A
solidificação dessa substância presente na
espécie BAMBUSA ARUNDINACEA, o nosso popular BAMBU, foi muito usada na MEDICINA
POPULAR para a cura de várias enfermidades.
O TABACO era freqüentemente aromatizado e para essa
finalidade usavam-se recipientes de madeira, feitos de Cedro e Junípero.
Dizia-se
que o sabor do TABACO dependia
muito mais da mistura adequada entre os odores da madeira usada para o fabrico
das caixinhas e o tabaco, do que propriamente da qualidade deste último.
MADEIRAS
COM PROPRIEDADES MEDICINAIS
AS MADEIRAS utilizadas em MEDICINA incluem o SASSAFRÁS
AROMÁTICO e o SÂNDALO,
a QUÁSSIA AMARGA, o GUÁIACO,
O CAMPECHE, e outras.
O ALBURNO DA MADEIRA DO GUÁIACO é Amarelo,
enquanto o CERNE Cor Marrom-Esverdeada, é muito encontrado nas, ÍNDIAS OCIDENTAIS.
A
"RED SANDERS", nativa das Filipinas e Sul
da Índia, apresenta ALBURNO
COR-DE-ROSA, enquanto seu CERNE
é AVERMELHADO.
A CAMPECHE, da qual somente o CERNE é utilizado, apresenta Coloração
Púrpura e é Nativa da AMÉRICA CENTRAL.
A "SAPPAN", originária da Índia e Ilhas Malásias, apresenta ALBURNO BRANCO e CERNE ALARANJADO .
RESINAS E BÁLSAMOS
A
MUCILAGEM é obtida pela evaporação de uma seiva
vegetal sendo insolúvel em álcool ou éter.
São
muito usadas como ADESIVOS já
que formam soluções viscosas em contato com a água.
AS PLANTAS produzem a GOMA para,
especificamente, recompor alguma parte de seu caule.
É
como um de processo de cicatrização apresentado pelas plantas contra danos de
insetos, vento, etc.
TANTO
A MUCILAGEM COMO A GOMA são consideradas RESINAS no
sentido amplo da palavra.
AS
RESINAS são usadas na MEDICINA como Calmantes
Brandos e facilitam a Suspensão
de Drogas menos solúveis em água.
ENTRE
AS RESINAS incluem-se
a GOMA-ARÁBICA,
A ALCATIRA E A GOMA DE ALFARROBA.
Outras
são muito empregadas em TRABALHOS DE MAGIA.
O
LÁTEX DA CEREJA, por exemplo, foi
largamente usado com a denominação secreta de "CÉREBRO" em
muitas FUMIGAÇÕES MÁGICAS.
GOMAS
INCLUÍMOS
CERTAS RESINAS, tais como a MALABAR, nativa das Índias
Orientais, extraída do PTEROCARPUS,
cujas denominações mais populares são GOMA VERMELHA ou GOMA DE EUCALIPTO.
Podemos
citar ainda a GOMA DE BENGALA, extraída da BUTEA,
planta da Família das Ervilhas.
A
ÚNICA RESINA que sabemos ter sido usada em TRABALHOS DE MAGIA,
é a SEIVA DE ALOÉS DESIDRATADA, a qual é obtida a partir das enormes folhas dessa
planta da FAMÍLIA DAS
LILIÁCEAS.
Era
empregada como ingrediente na elaboração de FUMIGAÇÕES MÁGICAS dedicadas
ao SOL, à LUA e aos PLANETAS
BENFAZEJOS, VÊNUS E JÚPITER.
RESINA VEGETAL
ENTRE AS PLANTAS que produzem este tipo de substâncias podemos
enumerar:
O GÁLBANO, OLÍBANO, MIRRA, BDÉLIO,
AMONÍACO, GOMA-GUTA E A ASSA-FÉTIDA.
Todas
são largamente utilizadas para fins MEDICINAIS.
A ASSA-FÉTIDA caracteriza-se por seu odor penetrante e intenso,
do tipo Aliáceo, sendo oriunda de uma espécie de FÉRULA da Família das Cenouras.
ERA
UTILIZADA NA MAGIA e como uma ESPÉCIE DE CONDIMENTO, na antiga PÉRSIA.
MESMO COMO TEMPERO, acreditava-se que possuía notáveis propriedades
ocultas, daí sua denominação popular de "ALIMENTO
DOS DEUSES".
A MIRRA, proveniente do Nordeste
da Ásia, apresenta Odor Aromático característico, tendo sido usada em Embalsamentos, e, em virtude dessa prática, simbolizava a Morte.
NA
MAGIA era usada em Rituais dedicados a SATURNO, planeta do infortúnio.
O BDÉLIO, também nativo de regiões ocidentais,
era usado em Rituais dedicados a MARTE, planeta da sorte.
O HAOMA, já visto, era usado em vários Cultos pelos PERSAS.
Estes
também usavam FOLHAS
DE PALMEIRAS e RAMOS DA ROMÃ,
e a princípio, Feixes de Ramos Resinados de BARSAM, os quais foram substituídos por
Feixes de Fios.
OS
PRÓPRIOS PERSAS não identificaram claramente a planta da qual se
originava os RAMOS DE BARSAM.
Parece-nos
que pertenciam à FAMÍLIA DAS MIRRAS
(BURSERÁCEAS) e podem ter sido do mesmo Gênero da mirra (COMMIPHORA).
DÁDIVAS USADAS EM MAGIA
OS
MAGOS, OU SÁBIOS, que
visitaram o PEQUENO
JESUS, ofereceram-Lhe OURO, OLÍBANO E MIRRA.
DIZ-SE
QUE O OURO representa SUA
DIGNIDADE REAL, O OLÍBANO, SUA
MISSÃO NA TERRA, e A MIRRA, A
MORTE E RESSURREIÇÃO.
NA
ANTIGÜIDADE, OURO e OLÍBANO eram oferecidos em lugares tão diversos quanto CHINA e PERU, por exemplo, a SOBERANOS
SACERDOTAIS.
A MIRRA era usada no ANTIGO
EGITO para
EMBALSAMAR CORPOS
a fim de prepará-los para a RESSURREIÇÃO
FUTURA.
NO
VELHO MUNDO, JUDEUS E CRISTÃOS praticavam
a MUMIFICAÇÃO tal como os
habitantes do NOVO
MUNDO.
O
CORPO DE JESUS, ao
ser retirado da Cruz,
foi untado com Ungüentos,
por SÃO
JOSÉ DE ARIMATÉIA e SÃO
NICODEMOS "SEGUNDO A TRADIÇÃO JUDAICA" (João, XIV, 40).
ESTES
DISCÍPULOS usaram não menos que 45
KG de
MIRRA E ALOÉS.
Este
último, provavelmente não se trata
da seiva desidratada abordada aqui anteriormente e ainda em uso pela medicina,
e sim de uma RESINA VEGETAL extraída da ÁRVORE ÁGUIA INDIANA (AQUILARIA AGALLOCHA), uma
DICOTILÉDONE perfumada cuja afinidade não se sabe ao certo.
RESINAS
RESINAS SÃO PRODUTOS VEGETAIS SOLÚVEIS EM ÁLCOOL, ÉTER E ÓLEOS
ETÉRICOS, mas não em ÁGUA.
A SANDÁRACA, A BENZOÍNA, a resina de coloração avermelhada e o LENTISCO são obtidos simplesmente através de incisão no CAULE DA ÁRVORE.
O BREU E A AGUARRÁS são preparados a partir de líquidos residuais, sendo estes a parte sedimentada.
O LENTISCO era usado em RITUAIS
DE MAGIA relacionados ao planeta MERCÚRIO.
A
RESINA "SANGUE-DE-DRAGÃO", assim chamada devido a sua Cor
Vermelha, também era usada com o
sentido oculto de "SANGUE".
O LENTISCO é proveniente de uma espécie de PISTÁCIA, da Família do Caju, nativa das REGIÕES
MEDITERRÂNEAS.
OS FRUTOS DE UMA PALMEIRA, a DAEMONOROPS, produzem uma Resina de Cor Avermelhada.
UM
OUTRO TIPO DE RESINA semelhante era obtido dos TRONCOS pertencentes ao gênero do DRAGOEIRO (DRACAENA).
É COLHIDA ATRAVÉS DE PEQUENAS GOTAS, à semelhança do LÁTEX DA SERINGUEIRA.
SÃO PLANTAS TROPICAIS.
O INCENSO EM CULTOS
0 BENJOIM é obtido a partir de incisões feitas no Caule da Estoraque, sendo a Resina o resultado desses cortes.
SÃO PLANTAS NATIVAS, e cultivadas em SUMATRA e
SIÃO.
Têm
grande afinidade com o ÉBANO.
O BENJOIM E OLÍBANO são os principais ingredientes usados na preparação
dos INCENSOS utilizados em CULTOS.
EM
PRATICAMENTE TODOS OS CULTOS RELIGIOSOS, exceto alguns PROTESTANTES
e MUÇULMANOS, o
INCENSO era um componente fundamental do RITUAL.
ENTRE
OS HEBREUS essa prática era prescrita por DEUS (Êxodo, XXX, 1, 5), e havia um ALTAR
especialmente destinado à QUEIMA
DIÁRIA DO INCENSO.
EMBORA
OS PRIMEIROS CRISTÃOS se negassem a oferecer incenso às
divindades da ROMA
pagã, usavam-no
às escondidas, em seus cultos.
HÁ REFERÊNCIAS SOBRE ESSA PRÁTICA NO APOCALIPSE DE SÃO
JOÃO E NAS OBRAS
DE ORÍGENES.
ESCRITORES MATERIALISTAS, tais como MAIMONIDES, afirmavam ser o INCENSO uma substância neutralizante dos odores do corpo, mas, embora possa ter
esse efeito, tal não é sua finalidade esotérica, a qual, segundo LEADBEATER, é:
(1) O SIMBOLISMO DA ASCENSÃO DE QUEM REZA;
(2) A DIFUSÃO DA INFLUÊNCIA DIVINA;
(3)
DEMONSTRAÇÃO
DE RESPEITO; E
(4) O EFEITO DE PURIFICAÇÃO.
LEADBEATER prossegue afirmando que a presença
das Fumigações do Incenso
devido àquilo que denomina de "Taxa de Ondulação" é
favorável às Vibrações
Espirituais evitando, entretanto, quase todas as Vibrações Negativas.
MENCIONA AINDA A PROPRIEDADE
MAGNETIZANTE, desempenhada pelo SACERDOTE no sentido
de gerar um estado
catártico de conexão com forças de planos mais elevados.
O INCENSÓRIO
O
INCENSO era
utilizado pelos ANTIGOS EGÍPCIOS, HINDUS, BUDISTAS, GREGOS E ROMANOS.
NO
LAMAÍSMO, o
TURÍBULO ou INCENSÓRIO, recipiente no qual queimava-se o
incenso, é parecido com aquele utilizado pela Igreja Católica Ocidental.
HÁ
UMA INFINITA VARIEDADE DE TURÍBULOS,
freqüentemente feitos de metal precioso.
O
FORMATO PREFERIDO era o de algum pássaro.
ESSA
FORMA SIMBOLIZARIA O AR, como o incenso
em si mesmo, sendo a idéia mestra a inclusão necessária de todos os QUATRO ELEMENTOS, durante a cerimônia:
A ÁGUA BENTA que
inclui SAL E ÁGUA,
o primeiro representando A TERRA, AS CHAMAS DA VELA e do CARVÃO
simbolizariam O
FOGO, enquanto o vapor do incenso, O
AR.
NO ÊXODO, XXX, 34, MOISÉS descreve a FÓRMULA para a preparação de
um bom INCENSO.
ENTRAM
INGREDIENTES TAIS COMO GÁLBANO E OLÍBANO, e diversas outras substâncias difíceis de serem
identificadas.
ÓLEOS DE RESINAS
OS
ÓLEOS DE RESINAS são substâncias intermediárias entre as RESINAS
E ÓLEOS, propriamente ditos.
SÃO BÁLSAMOS no sentido lato do termo e obtidos através de cortes,
e em alguns casos, como no BÁLSAMO do
PERU, e do estoraque, mediante incisões feitas no caule
da planta.
O
LÍQUIDO ESPESSO após as incisões passa gradualmente ao estado
sólido.
OS BÁLSAMOS usados nos PAÍSES
DO OCIDENTE, para a CERIMÔNIA
DA CRISMA, são geralmente de seis
tipos diferentes, e no ORIENTE, de aproximadamente trinta e seis.
DEVEM
CONTER PELO MENOS UM ELEMENTO CONSTITUINTE, tecnicamente um BÁLSAMO no sentido amplo do termo, que inclui RESINAS VEGETAIS, RESINAS E ÓLEOS DE RESINAS.
SÃO ÓLEOS DE RESINAS:
O BÁLSAMO do Peru, de Tolu e
do Canadá, Nativos
do Novo Mundo, portanto,
desconhecidos dos primeiros Cristãos.
O ESTORAQUE, planta do gênero LIQUIDAMBAR,
da FAMÍLIA DAS
HAMAMELIDÁCEAS, e provavelmente
de ORIGEM TURCA, também era usado em CERIMÔNIAS
MÁGICAS dedicadas à LUA.
ÓLEOS
OS ÓLEOS FIXOS,
denominados de gorduras, se no estado sólido sob determinadas
temperaturas, e as substâncias quimicamente diferentes, os ÓLEOS ESSENCIAIS que
contêm elementos voláteis e são responsáveis pelos odores perfumados de
inúmeras flores.
A CÂNFORA é obtida pela destilação
de óleo proveniente do CAULE DA PLANTA DO GÊNERO DA CANELA (CINNAMOMUM), pertencente à Família do Loureiro.
ERA
USADA NAS CERIMÔNIAS DE MAGIA dedicadas à LUA.
0 ÓLEO DO CRAVO é obtido a partir dos Botões de Flores de
uma planta (Eugenia),
pertencente à Família da Murta.
ERA
UTILIZADA EM RITUAIS DE MAGIA dedicados ao PLANETA
MERCÚRIO.
0 AZEITE DE OLIVEIRA também foi bastante empregado.
NO
VELHO TESTAMENTO (Êxodo, XXX, 23-24), O ÓLEO DA CONSAGRAÇÃO continha em sua composição segundo relatos MIRRA, CANELA, CÁLAMO, CÁSSIA E
OLIVEIRA.
NO
TRECHO DO NOVO TESTAMENTO em que MARIA MADALENA aproxima-se de
JESUS e UNTA-LHE
OS PÉS e são feitas inúmeras críticas ao seu gesto este explica aos presentes que ela o consagrara para seu Sepultamento.
A
CONSAGRAÇÃO consistia de um precioso ÓLEO DE NARDO guardado em RECIPIENTES
DE ALABASTRO.
SE
A TRANSCRIÇÃO DO ARAMAICO estiver correta, O ESPICANARDO, planta
usada no Preparo do Óleo que untou os pés de CRISTO, é uma planta da Família da Valeriana,
gênero Nardostachys, e suas duas espécies são nativas do HIMALAIA.
SEU PRINCÍPIO ATIVO origina-se das RAÍZES AROMÁTICAS (parte subterrânea do Caule).
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