SUFISMO
O Sufismo (em Árabe: تصوف; transl.: Tasawwuf;
em Persa: صوفیگری; transl.: Sufi gari) é
conhecida como a Corrente Mística e Contemplativa
do Islão.
Os praticantes do Sufismo, conhecidos como
Sufis,
procuram desenvolver uma relação íntima, direta e contínua com Deus, utilizando-se das práticas
espirituais transmitidas pelo profeta Maomé,
com destaque para o Zikr (a lembrança de Deus), orações e jejuns.
Também incorpora práticas, como Cânticos,
Música e Movimentos, cuja legalidade é objeto de divergência de
opinião entre teólogos e jurisprudentes islâmicos, de diversos países
islâmicos, na interpretação da Sharia,
a lei divina.
O Tasawwuf, palavra árabe que designa o Misticismo e
Esoterismo Islâmicos, é conhecido
no Ocidente como Sufismo.
Há duas correntes principais de entendimento Islâmico:
o Sunismo e
o Xiismo,
sendo que o Sufismo é observado com mais vigor na corrente Sunita.
As Ordens Sufis (Turuq) podem estar associadas ao Islão Sunita ou Xiita,
pois não se trata de uma divisão dentro do Islão, mas sim a uma visão interior
(Esotérica) da Vida e do Ser.
O Pensamento Sufi se
fortaleceu no Médio Oriente no Século VIII e
hoje encontra-se por todo o mundo.
Na Indonésia,
assim como muitos outros países da Ásia, Oriente Médio e África,
o Islamismo foi introduzido
através das Ordens
Sufis.
Segundo
a Filosofia Perene de René Guénon e Frithjof Schuon, toda grande religião possui duas dimensões, a Exotérica
e a Esotérica.
A primeira diz respeito à "Ação" e
a segunda à "Contemplação";
a primeira às Leis
e Ordenamentos Exteriores; a segunda, à Interioridade e à Mística.
O Sufismo é um
ramo do conhecimento no Islão, que trata dos aspectos internos da prática e da
ética religiosa.
Por aspectos
internos, entenda-se o que se refere não somente às intenções, sentimentos e
consciência, mas também aos aspectos mais intensos e profundos da
espiritualidade, e em última instância ao coração.
Etimologia
Uma das teorias para alguns autores é que a palavra Sufi é oriunda de Suf, que significa
"Lã"
em árabe.
Seus primeiros praticantes tinham por
hábito vestir-se com lã, como forma
de demonstrar a sua simplicidade, sendo provavelmente influenciados pelos
ascetas cristãos da Síria e da Palestina.
A Lã possuía
também uma conotação espiritual nos tempos pré-islâmicos.
A Origem deve
ser procurada na palavra árabe Safa,
que significa "Pureza".
Para os grandes estudiosos de
linguística, estas palavras têm origem no Egípcio Antigo, já que o árabe é um idioma substancialmente de influência
egípcia, onde o radical "SF" tem como significado
"pureza".
A palavra SUFI é
de origem substancialmente egípcia, mas isto não quer dizer que o sufismo seja
egípcio, e sim que teve sua base lá, pois o Sufismo é atemporal, embora tenha conexões profundas
com a sabedoria de todas as grandes culturas do passado, tais como: a egípcia,
a celta, a persa e afins.
A forma como se conhece hoje mais divulgada é a da Ortodoxia Muçulmana e foi dada pela
revelação recebida pelo profeta Maomé e
estruturado no século
XI de nossa era.
Sabemos que existem vários santos
sufis muito anteriores a esta
data, entretanto foi a partir do século XI que
as escolas sufis começaram a se organizar como se apresentam nos
modelos atuais.
Sufi:
A Flor do Oriente
Conhecido por muitos como o Misticismo do Islão,
o Sufismo é uma filosofia de autoconhecimento e contato
com o divino através de certas práticas as quais nem sempre seguem um padrão
fixo e frequentemente parecem incompreensíveis a um observador que esteja fora do contexto de
trabalho.
Estas práticas devem
ser aplicadas por um professor.
Os Sufis acreditam que Deus é amoroso e o contato com ele pode ser alcançado
pelos homens através de uma união mística, independente da religião praticada.
Por este conceito de Deus,
foram, muitas vezes, acusados de blasfêmia e perseguidos
pelos próprios muçulmanos esotéricos, pois contrariavam a ideia convencional de
Deus.
Hallaj (século X), um dos grandes representantes do Sufismo,
foi executado, pois ensinou, em estado de êxtase, que Deus e ele eram um; que
havia atingido a identidade suprema.
Husayn ibn Mansur al-Hallaj
Como
o ideal do Sufismo
era
ascético, acreditavam
que Jesus era tão importante quanto Maomé, que o Alcorão era tão essencial
quanto a Bíblia ou a Torá.
Quase um século e meio depois, Ghazali, um dos maiores pensadores do mundo e seguidor Sufi,
disseminava a ideia de que a Verdade Mística não pode ser aprendida, mas sim experimentada por
meio do êxtase.
Al-Ghazzali
Para os Sufis Muçulmanos, a origem histórica da
sua religiosidade pode ser encontrada nas práticas meditativas do profeta Maomé.
Este tinha por hábito refugiar-se nas cavernas das montanhas de Meca onde se dedicava à meditação e ao jejum.
Foi durante um desses retiros que Maomé recebeu a visita do Anjo Gabriel,
que lhe comunicou a primeira revelação de Deus.
Encontramos seguidores desta corrente em todos os segmentos sociais: camponeses, donas de
casa, advogados, comerciantes, professores.
Sua Filosofia Básica é: "Estar
no mundo, mas não ser dele", livre da ambição,
da cobiça, do orgulho intelectual, da cega obediência
ao costume ou
do respeitoso
temor às pessoas de posição mais elevada.
O
Caminho Sufi na
história do homem
Deus como tendo sido escrito no coração do discípulo de acordo
com a Qadri Al-Muntahifim.
O Sufismo Ortodoxo de influência Muçulmana pode ser dividido historicamente nos períodos
antigo, clássico, medieval e moderno.
Um dos fatos marcantes do período
clássico foi à Crucificação de Husayn ibn Mansur al-Hallaj, acusado de heresia,
em 922, após
declarar "Eu
sou a verdade".
Foi na Época Medieval, entretanto, que os Sufis aprenderam a disfarçar em poesias
complexas qualquer afirmação que pudesse ser considerada um desafio à crença do
"Deus Único".
Assim, só
mesmo os esclarecidos podiam decifrá-las.
Durante a Idade Média, Abu Hamid al-Ghazzali (1059-1111) afastou-se da vida mundana para empreender uma
busca por Deus.
Seus Escritos ajudaram a combinar os aspectos heréticos do Sufismo com o Islamismo
Ortodoxo.
Em números, os Sufis atingiram o auge na Era
Moderna, entre 1550 e 1800.
Hoje o Sufismo é, muitas vezes, praticado em segredo nos Países Muçulmanos, enquanto na Índia e em
muitos países do Ocidente ele comanda
um fiel grupo de seguidores.
Ordens
Sufis
As Autênticas Ordens Sufis são reconhecidas por
estarem vinculadas ao Islão, e por terem documentada sua
linhagem, na cadeia de mestres que as conecta com o profeta Maomé.
Palavras Sagradas – Mantras para Meditação
– La ilaha illa Allah (Só existe um Único Deus)
– Bismillahi r-Rahmani r-Rahim - (Em nome de Deus, o Misericordioso e o
Compassivo - uso mais só o Bismillah -
Em nome de Deus).
– Hasbun Allah wa ni‘mal wakil – (3) = Hasbun Allah (Deus
nos é suficiente).
– Ya Latif
– (Venha o Sútil)
– Hay –
(O Eterno)
– Hu – (Ele)
– Haqq – (A Verdade)
– Ahad – (Único)
- SubhanAllah – (Glorificado seja
Deus)
- Alhamdulillah – (Louvado seja
Deus)
- Astaghfirullah – (Perdão Deus)
Islam
Sufi: o que você precisa saber
O
Sufismo é uma forma mística e ascética do Islamismo
praticada
por dezenas de milhões de muçulmanos.
O que é o Sufismo? RESUMO
O
Sufismo é um islático místico e ascético
praticado por dezenas de milhões de muçulmanos.
Conhecido como "Tasawwuf" no mundo muçulmano,
no Ocidente é muitas vezes erroneamente considerado como uma seita separada.
O
Sufismo é mais proeminente entre os Sunitas, mas também há Ordens Sufis Xiitas, ou "Tariqa".
Os
Seguidores do Sufismo acreditam que podem se aproximar de Deus através da purificação interior e da
introspecção.
Eles
fazem isso meditando e recebendo orientação de seus
líderes espirituais, ou "Murshid" (guia).
Os
Adeptos do Sufismo seguem os cinco pilares do Islã,
assim como outros muçulmanos praticantes.
Eles
declaram fé em Deus e Maomé como seu
mensageiro, rezam cinco vezes ao dia, dão à caridade e realizam a peregrinação
do Hajj a Meca.
Timothy
Winter,
estudioso islâmico na Universidade de Cambridge, descreve o Sufismo como
"uma ampla tendência devocional".
"Não há práticas ou crenças características de
todos os Sufis.
É muito diversificado para isso".
A mais
conhecida "Tariqa"
no
mundo ocidental é a Ordem
Mevlevi, fundada pelos seguidores do Poeta Persa do século 13, Rumi místico após
sua morte na cidade turca de Konya.
Maulana Jalaluddin Rumi (30 September 1207 – 17 December 1273)
A
Ordem Mevlevi realiza a prática Sufí de "Dhikr" em uma
cerimônia musical e dança, dando-lhes o apelido de "Derviches Giratórios".
DANÇA SUFI -DERVICHES
Ordem Mevlevi.
Os
Derviches Giratórios realizam a Cerimônia Sema em Istambul.
Dhikr é uma prática
central no Sufismo, pelo qual os adeptos recitam versos divinos e
entram no nome de Deus.
Pode ser
executado individualmente ou em grupo, e pode ser silencioso ou
alto.
As
práticas de Dhikr variam consoante os pedidos Sufi.
"O Sufismo proporciona Alegria na Vida"
O
Sheik Esref Efendi, Chefe Espiritual do Centro Sufí com
sede em Alemanha Rabbaniya, que faz parte da Ordem Naqshbandi:
Sheikh Eşref Efendi
"Os Sufis são Muçulmanos
e
vivem o Islã na perfeição com Corpo e Alma.
O
Corpo do Islã é a Sharia, a
Lei e a Alma do Islã é o Sufismo, a espiritualidade.
Para os Sufis, a Sharia
é
indispensável, porque a
Lei fornece Ordem na Vida e o Sufismo fornece para a alegria na vida.
A lembrança diária de Deus no dhikr e as diferentes
formas de meditação na comunidade, fortalecem o sentimento consciente de
proximidade com Deus e a caridade para o outro ".
"Os
Sufis aderem à tradição do profeta de amar todas as criaturas por causa do amor
do Criador.
Assim,
eles negligenciam os erros e defeitos das pessoas que encontram e apenas olham
a luz de Deus nelas.
Ao
reconhecer a luz de Deus, os Sufis praticam o perdão dos erros do homem ".
Origens
O
Sufismo se originou após a
morte de Maomé em
632,
mas não se transformou em ordens até o século 12.
PROFETA MAOMÉ
As
Ordens foram formadas em torno de Fundadores Espirituais,
que ganharam status de santo e santuários construídos em seus nomes.
Há dezenas de ordens e ramos Sufi.
O
Sufismo se espalhou por todo o mundo
muçulmano, tornando-se um componente central da prática religiosa de muitos
povos da Indonésia e do Sul da Ásia para a África e os Balcãs.
As
Ordens Sufis eram às vezes próximas dos poderes
governantes, como o Império Otomano, ajudando a sua disseminação e
influência.
À medida que se espalhava, muitas vezes se
adaptaram e incorporaram crenças e costumes locais que a tornaram popular, mas mais tarde
tornaram-se a ser vistos por grupos extremistas islâmicos como heréticos.
Túmulo do Santo Sufis do século XIII - Shah Rukn-e Alam em Multan, no Paquistão.
Salafismo
e Wahhabism
O
Século XVIII viu o surgimento de uma nova
ideologia e movimento islâmico puritano na península árabe que mais tarde daria
à luz grupos violentos extremistas como a Al-Qaeda e a IS.
O
Wahhabismo procurou purgar o islamismo sunita de
acréscimos e inovações, como a prática sufista generalizada de venerar santos e
visitar túmulos e santuários.
O objetivo era criar um Islã "puro".
O
Movimento Wahhabi aliou-se à Casa de Saud, que finalmente estabeleceu o Reino da Arábia Saudita em 1932.
A partir da década de 1960, a riqueza do
petróleo do Arábico e do Golfo Árabe ajudou a impulsionar a expansão global da
ideologia do Wahhabismo, que muitas vezes
é associada ao Salafismo de linha dura.
Os
Jihadistas Salafistas têm dirigido repetidamente os Sufis, julgando-os
hereges.
Eles também visaram Cristãos, Xiitas e outros que
eles consideram apóstatas.
Os
Militantes da Al-Qaeda ligados em 2012 destruíram os antigos
santuários Sufís em
Timbuktu, Mali, atrapalhando a
condenação internacional.
Mas
isso levou a ideologia violenta Jihadista ainda mais.
Durante séculos, a maioria do
mundo muçulmano aceitou o Sufismo,
uma posição que tem sido apoiada por líderes universitários e centros de
aprendizagem muçulmanos sunitas.
"As disputas atuais no Oriente
Médio não são realmente entre o" Sufismo "e o" Extremismo ", mas entre o Wahhabismo e tudo mais", o Grande Islão Sunita defende a Tolerância e
a Paz.
Como Sheikh Esref Efendi explica, IS apenas vê violações
percebidas dentro do Islã e "não as pessoas e a luz nas pessoas, e,
portanto, chamam os Trafatos
de Sufis do Islã".
"É pensado que
qualquer erro deve ser punido.
Eles
pensam e comprometem mesmo o maior pecado do Islã: declaram-se deuses
que podem decidir sobre a vida e a morte e usar a violência para matar".
O que é o Sufismo (Resumo)
O Sufismo é uma Vertente Mística existente dentro do Islamismo.
Baseia-se na ideia de que o Espírito Humano é uma emanação do
Espírito Divino.
Para essa vertente, um Sufi deve buscar a Reintegração com
o Divino através do Canto e da Dança.
Os Muçulmanos que seguem essa prática procuram atingir uma experiência pessoal
direta de Deus.
Os Sufis, em
muitos países islâmicos,
são considerados hereges por aqueles que seguem o Alcorão de uma forma mais
rígida, como é o caso da Arábia Saudita.
Por ser uma dimensão do Islamismo, as Ordens Sufis,
chamadas em árabe de Tariqas, estão presentes entre Sunitas, Xiitas e outros Grupos Islâmicos.
Segundo Ibn Khaldun (1332-1406), um Sufi
deve dedicar-se totalmente a Alá.
Ibn Khaldun
Não deve se preocupar com Coisas Mundanas e deve se abster de procurar o prazer, a
riqueza e o prestígio, como faz a maioria dos homens.
Os Sufistas dão
muita importância para
aquilo que aprendem com professores, ou seja, sua visão do Islã não é voltada
exclusivamente para o livro sagrado.
Membros
de Ordens Tariqas se
dizem capazes de rastrear a “Árvore Genealógica” de
seus professores até o profeta Maomé.
Esse Grupo de Místicos é um dos principais responsáveis pela
produção Cultural dentro do Islã.
Escritores como Omar Khayyam (1048-1131), Al-Ghazali (1058-1111) e Rumi (1207-1273) são
importantes dentro e fora do mundo árabe.
Muitos
de seus textos foram
citados por Filósofos Ocidentais, escritores e teólogos.
A Ordem Naqshbandi
A Tariqah Naqshbandi ( do persa : نقشبندی ) ou Naqshbandiyah ( árabe : نقشبندية ) é uma importante Ordem Espiritual Sufi dentre os Muçulmanos Sunitas.
De acordo com algumas estimativas, existem mais de sessenta milhões de
discípulos e centros em quase todos os países do mundo.
Também possui a maior presença ativa de difusão na internet.
Existem discípulos em quase toda a Europa, incluindo o Reino
Unido, a Alemanha e a França, e nos Estados Unidos da América, Oriente Médio,
África, Índia, China, Japão, Austrália, Nova Zelândia, América Latina, etc.
Sendo mais ativos na Indonésia, Malásia, Sri Lanka e Paquistão.
Além
de ser a Ordem Sufi mais prevalente no Ocidente.
O
Príncipe da Malásia, Raja Ashman Shah foi um discípulo desta ordem.
Raja Ashman Shah
Sheykh
Muhammad Nazim al-Haqqani (1922-2014),
fundador da ramificação “Haqqani” da Ordem Naqshbandi,
e seu mais influente e popular difusor em tempos atuais, principalmente no
Ocidente.
Sheykh Muhammad Nazim al-Haqqani (1922-2014)
A
Ordem foi fundada pelo Sheykh
Baha-ud-Din Naqshband al-Bukhari e traça sua linhagem espiritual ao
profeta Muhammad, através de Abu Bakr, companheiro do Profeta e primeiro
califa.
O
Sheykh Baha-ud-Din nasceu em 18 de março de 1318 (14 de
Muharram de 718 no calendário islâmico) na Aldeia de Qasr-i-Hinduvan (mais
tarde renomeada Qasr-i Arifan) perto de Bukhara, no que é agora o Uzbequistão e
foi lá que ele morreu e foi enterrado em 1389 (791).
Baha-ud-Din Naqshband
Bukhari
Mausoléu de Bahauddin Naqshband em Bukhara
Em 1544, (951) Khan
Abd al-Aziz construiu sobre seu túmulo um
mausoléu e os edifícios circundantes.
O Complexo Memorial está localizado a 12 km de Bukhara e é hoje um lugar de
peregrinação.
Baha
-ud-Din entrou em contato precoce com o Khwajagan (lit: os mestres), e foi
adotado como filho espiritual por um deles, Baba Muhammad Sammasi, enquanto ainda era um bebê.
Sammasi foi seu
primeiro guia no Sufismo, e mais importante foi seu relacionamento com o principal sucessor (khalifa) de Sammasi Amir Kulal, o último elo na Silsila , ou cadeia de
professores, antes de Baha-ud-Din.
A
Ordem de Naqshbandi deve muitas de suas práticas a Yusuf
Hamdani e Abdul Khaliq Gajadwani do século 12, sendo este
último é responsável pela prática da invocação puramente silenciosa da ordem.
YUSUF HAMDANI
Abdul Khaliq Gajadwani
Foi mais tarde associado com Baha-ud-Din Naqshband Bukhari no século 14, daí o nome da
ordem.
A Ordem às vezes é referida como “O Sublime
Caminho Sufi” e “O Caminho da Cadeia Dourada”.
O Nome da Ordem mudou ao longo dos anos.
Referindo-se a Abu
Bakr as-Siddiq, originalmente foi chamado de “as-Siddiqiyya”; Entre o tempo de Bayazid al-Bistami e Abdul Khaliq al-Ghujdawani de “At-Tayfuriyya”; Desde o tempo de ‘Abdul Khaliq al-Ghujdawani para Shah
Naqshband o”Khwajagan” ou “Hodja”; Da época de Shah Naqshband em diante de “An-Naqshbandiyya”.
A medida que a ordem era passada para os ensinamentos de um
mestre, era acionado um nome de ramificação.
De “Ubeydullah Ahrar para Imam Rabbani , o caminho era chamado”
Naqshbandiyya-Ahrariyya “; De Imam Rabbani para Shamsuddin Mazhar “Naqshbandiyya-Mujaddadiyya”; De Shamsuddin
Mazhar a Mawlana
Khalid al-Baghdadi “Naqshbandiyya-Mazhariyya”; De Mawlana
Khalid em frente ” Naqshbandiyya-Khalidiyya ” e assim por diante.
Atualmente a ramificação mais
importante da ordem é a que foi recentemente comandada pelo Sheykh Sultan ul-Awliya Moulana Sheikh Nazim (falecido em 2014) e a mais
ativa de todas as ramificações Naqshbandis com seguidores em quase todos
os cantos do mundo.
Mawlana Shaykh Nazim (Grande Mestre Sufi da Ordem Naqshbandi)
Sheykh Muhammad Nazim al-Haqqani (1922-2014)
É referida como a via ”
Naqshbandi-Haqqani ” ou “Nazimiyyah”.
Cadeia dourada da Ordem Naqshbandi-Haqqani
De acordo com a Ordem
Naqshbandi esta é a ordem de sucessão da Tariqah desde o profeta até o atual
líder, totalizando quarenta e uma pessoas pelas quais foram transmitidos os
seus ensinamentos:
1.O Profeta Muhammad (570/571 – 632 CE)
2. Abu Bakr as-Siddiq,
3. Salman al-Farsi ,
4. Qasim ibn Muhammad ibn Abu Bakr ,
5. Jafar as-Sadiq ,
6. Tayfur Abu Yazid al-Bistami ,
7. Abu’l-Hassan Ali al-Kharaqani ,
8. Abu Ali al-Farmadi,
9. Abu Yaqub Yusuf al-Hamadani ,
10. Abu’l-Abbas, al- Khidr ,
11. Abdul Khaliq al-Gajadwani ,
12. Arif ar-Riwakri,
13. Khwaja Mahmoud al-Anjir al-Faghnawi,
14. Ali ar-Ramitani,
15. Muhammad Baba as-Samasi,
16. Como-Sayyid Amir Kulal ,
17. Imam at-Tariqah Muhammad Baha’uddin Shah Naqshband ,
18. Ala’uddin al-Bukhari al-Attar,
19. Yaqub al-Charkhi,
20. Ubaydullah al-Ahrar,
21. Muhammad az-Zahid,
22. Darwish Muhammad,
23. Muhammad Khwaja al-Amkanaki,
24. Muhammad al-Baqi bi-l-Lah ,
25. Mujaddid Alf ath-Thani Ahmad al-Faruqi
as-Sirhindi ,
26. Muhammad al-Masum,
27. Muhammad Sayfuddin al-Faruqi
al-Mujaddidi,
28. Como-Sayyid Nur Muhammad al-Badawani,
29. Shaheed Mirza Mazhar Jan-e-Janaan ,
Shams-ud-Dīn Habīb Allāh,
30. Shah Abdullah ad-Dahlawi
31. Shaykh Khalid al-Baghdadi ,
32. Shaykh Ismail Muhammad ash-Shirwani,
33. Shaykh Khas Muhammad Shirwani,
34. Shaykh Muhammad Effendi al-Yaraghi,
35. Sayyid Jamaluddin al-Ghumuqi al-Husayni,
36. Shaykh Abu Ahmad as-Sughuri,
37. Shaykh Abu Muhammad al-Madani,
38. Shaykh Sharafuddin Daghestani,
39. Shaykh Abdullah al-Fa’iz ad-Daghestani ,
40. Mawlana Shaykh Nazim Al-Haqqani
41. Mawlana Shaykh Mehmet_Adil
Práticas da Ordem
Os Critérios de um Sheykh:
Para ser Sheykh da Tariqa é necessário cumprir alguns
critérios, dentre eles:
·
Cumprir a Lei Sagrada (Shariah).
·
Ele deve ser Conhecedor.
·
Não pode haver Sufismo sem Conhecimento.
·
A Fidelidade espiritual é dada abertamente e
regularmente ao Líder da Ordem.
·
Eles aceitam a Interação com outros
discípulos da ordem.
·
Eles não aceitam a certificação pessoal de
autoridade espiritual vindas de pessoas mortas, através de sonhos, ou de uma experiência
espiritual especial (Rawhani).
·
Há exceções a esta regra de acordo com o
conceito de transmissão de Uwaisi em que alguém que
viveu antes pode treinar e transmitir conhecimento a alguém que veio mais
tarde.
·
Eles apenas aceitam a certificação pessoal escrita
na presença de testemunhas.
11 Ensinamentos
principais:
Conhecidos como os Onze
Princípios Naqshbandi , os oito primeiros foram formulados
por Abdul Khaliq Gajadwani , e os últimos três foram
adicionados por Baha-ud-Din Naqshband Bukhari:
·
Recordação (Yad kard – Persa: یاد کرد): a constante repetição oral e mental do dhikr.
·
Restrição (Baz Gasht – Persa: بازگشت): a repetição no coração da frase al-kalimat
at-tayyiba – “La-ilaha il-allah muhammadur rasul-allah” (“Não há divindade
além de Allah, e Muhammad é seu mensageiro”).
·
Vigilância (Nigah Dasht – Persa: نگاه داشت): Ser consciencioso sobre os
pensamentos errantes ao repetir al-kalimat at-tayyiba.
·
Recolhimento (Yad Dasht – Persa: ياد داشت): Concentração sobre a presença Divina em condição de dhawq,
antecipação ou percepção intuitiva, não usando auxílios externos.
·
Consciência durante a respiração (Hosh dar Dam – Persa: هوش در دم): Controlar a respiração por não exalar ou inalar no esquecimento do Divino.
·
Viagem interna (Safar dar Watan): uma jornada interior que move a
pessoa de culpa a propriedades louváveis.
·
Isso também é referido como a Visão ou Revelação
do Lado Oculto Dashahada (Testemunho de Fé).
·
Atenção aos Passos (Nazar bar Gadam): Não se distraia do propósito da
jornada final.
·
Solidão em uma Multidão (Khalwat dar Anjuman): Embora a viagem seja externa
neste mundo, é interiormente com Deus.
·
Pausa Temporal (Wuquf-I Zamani): manter a conta de como se gasta
seu tempo. Se o tempo for gasto de maneira correta, agradeça e o tempo for
gasto de forma incorreta, peça perdão.
·
Pausa Numérica (Wuquf-I Adadi): Verificar se o dhikr foi repetido
em números ímpares.
·
Pausa Cardíaca (Wuquf-I Galbi): formar uma imagem mental do
coração com o nome de Deus gravado para enfatizar que o coração não tem
consciência ou objetivo além de Deus.
Tipos de Concentração
·
Muraqaba
Muraqaba é conhecida como Comunhão Espiritual.
Nesta prática, tenta-se revelar a realidade
da vida esquecendo-se de si.
Imagina-se seus batimentos cardíacos
chamando o nome do Todo-Poderoso.
Acredita-se muito que seja verdade que
nosso coração clama por Allah com cada batida.
Mas por serem cobertos pelos
nossos pecados, os batimentos cardíacos são ouvidos como ”Tum Tum” e não ”Allah
Allah”.
A Muraqaba é feita sentando-se em um
lugar solitário com os olhos fechados e mantendo uma posição calma.
Imaginando os olhos exteriores fechados
e os olhos interiores abertos, (Zahiri aankhen band krke batini aankhain
kholiye)
E imaginando seu coração clamando por Allah,
tentando ouvir a palavra ‘Allah’ em todos os batimentos cardíacos.
·
Tawajjuh
Tawajjuh é derivado de Wajh (face) e significa Confronto.
É usado em relação ao ato de por-se diante do ponto de
adoração durante a oração ritual.
Conhecer a direção da adoração
incumbe
ao Mestre Sufí que é a porta de entrada para Deus.
Para os
desinformados e ignorantes, o Sheykh é muitas vezes o ponto
de adoração.
O Objetivo
é que o adorador purifique seu coração nublado de modo que seja puro o
suficiente para que Deus se
reflita nele.
Ao redor do mundo a ordem tem sido muito influente, na Índia tornou-se um fator importante na vida indo-muçulmana e por dois séculos
foi à principal ordem espiritual do subcontinente.
Muhammad
Baqi Billah Berang (o mestre de número 24 na sucessão
espiritual) é creditado por trazer a ordem para a Índia no final do século XVI.
Ele nasceu e cresceu em Cabul no Afeganistão, partindo para continuar seus
estudos em Samarcanda, onde entrou em contato com a ordem Naqshbandiyya através de Hazrat Khawaja Amkangi.
Ao retornar a Índia, tentou difundir seu conhecimento sobre a ordem, mas morreu três
anos depois.
Entre os seus discípulos estavam o Sheykh Ahmad
Sirhindi (1564–1624) e o Sheykh Abdul Haq de Deli.
Após sua morte, seu aluno, o Sheykh Ahmad assumiu a liderança.
Ahmad nasceu em 1564 e seu pai, Makhdum Abdul Ahad, era membro de uma influente ordem
sufi.
Ele completou seus estudos religiosos e seculares aos 17 anos de idade.
Mais tarde, se tornou conhecido como Mujaddad-i-Alf-i-Thani.
Foi através dele que a ordem ganhou popularidade em um curto
período de tempo.
O Sheykh
Ahmad rompeu com as Tradições
Místicas anteriores e propôs sua Teoria da
Unidade do Mundo Fenomenal.
Sheykh Ahmad Sirhindi (1564–1624)
Em particular, falou contra inovações introduzidas por alguns Sufis.
Ele se opôs aos pontos de vista do Imperador Mughal Akbar sobre os casamentos de Hindus com Muçulmanos.
Ele afirmou: “Os Muçulmanos
devem seguir sua religião e os não-Muçulmanos os seus caminhos, como o Alcorão exige: “Para você sua
religião e para mim minha religião “.
Após sua morte, seu trabalho foi continuado por seus filhos e descendentes.
No Século 18, Shah
Wali Allah (1703-1762) desempenhou um papel
importante nas Ciências Religiosas, particularmente com relação
aos Hadith (ditos do profeta) e traduziu o Alcorão para o persa.
Ele também analisou uma nova Interpretação dos Ensinamentos Islâmicos
à luz dos problemas enfrentados pelos Muçulmanos.
A
Ordem Naqshbandiyya foi introduzida na Síria no final do Século 17 por Murad Ali al-Bukhari, que foi iniciado na Índia.
Mais tarde, ele estabeleceu-se em Damasco, mas viajou por toda a Arábia.
Seu ramo ficou conhecido como Muradiyya.
Após sua morte em 1720, seus descendentes formaram a Família Muradi de estudiosos e Sheykhs que continuaram a liderar os Muradiyya.
De 1820 em diante, Khalid
Shahrazuri se tornou o proeminente Líder Naqshbandi no mundo Otomano.
Após a morte de Khalid em 1827, sua ramificação da Ordem Naqshbandi tornou-se conhecida como khalidiyya , que continuou a se
espalhar por pelo menos duas décadas.
Na Síria e no Líbano, os Líderes
de todos os Grupos Ativos da Naqshbandiyya reconheceram sua Linhagem Espiritual
, que manteve o Caminho
Original da Ordem.
Sheykh Abdullah Fa’izi ad-Daghestani(1891-1973)
Na Eurásia, Sheykh Abdullah Fa’izi
ad-Daghestani (1891 – 1973) mesmo tendo sua origem no Daguestão russo através de Muhammad al-Madani, o Sucessor de Abu Ahmad as-Sughuri foi o principal Líder Naqshabandi na Síria sendo sua ramificação ainda
muito ativa.
Durante meados do século 19, o Egito era largamente habitado e
controlado por membros da Ordem
Naqshbandi.
Um importante Centro da Ordem foi construído em 1851 por Abbas I, que fez isso em favor ao Sheykh Ahmad Ashiq.
Ahmad
Ashiq encabeçou a ordem até sua morte em 1883.
Ahmad
Ashiq era praticante do Ramo Diya’iyya da Khalidiyya .
Em 1876, o Xeque
Juda Ibrahim alterou a Diya’iyya
original,
que se tornou conhecida como Al-Judiyya, e ganhou um seguimento na
província de Al-Sharqiyya, no Delta do Nilo
oriental.
Durante as últimas duas décadas do
século XIX, outras duas versões da Naqshbandiyya se
espalharam no Egito.
Uma delas foi introduzida por um sudanês, Al-Sharif Isma’il al-Sinnari.
Al-Sinnari era Iniciado na khalidiyya e Mujaddidiyya
por
vários Xeques durante seu tempo em Meca e Medina.
Inicialmente, ele tentou obter um seguimento no Cairo, mas não conseguiu, portanto
dirigiu-se ao Sudão.
É a partir daí que a Ordem se espalhou para o Alto Egito a partir de 1870 em diante sob
Musa Mu’awwad, que era o sucessor de Al-Sinnari.
Muhaamad al-Laythi, filho de Al-Sinnari, foi o sucessor após a morte de Mu’awwad.
Os Ramos Judiyya e Khalidiyya se espalharam nas últimas
décadas do Século XIX e continuaram a crescer e ainda estão ativos hoje.
A Khalidiyya de Muhammad Amin al-Kurdi passou a ser liderada por seu
filho Najm ad-Din.
Os Judiyya dividiram-se em três ramos
principais: um liderado pelo filho do fundador Isa, outro liderado por Iliwa
Atiyya no Cairo e outro liderado por Judah Muhammad Abu’l-Yazid al-Hahdi em Tanta.
Ma
Laichi (1681 – 1766) trouxe a Ordem
Naqshbandi para a China, criando Menhuan (ramificação) khufiyya (خفيه) 虎 夫耶
Quase no mesmo período, a Ordem também foi trazida por Ma
Mingxin (1719-1781), criando a ramificação Jahriyya (جهرية) 哲赫林耶.
Estas duas ramificações tornaram-se Rivais e lutaram umas contra as
outras, o que levou à Rebelião
Jahriyya de 1781 e a Revolta Dungan (de 1895).
Alguns Generais Muçulmanos Chineses pertenciam a Ordem Sufi Naqshbandi, incluindo Ma Zhan’ao e Ma Anliang da ramificação khufiyya.
Ma
Shaowu e Ma
Yuanzhang foram outros Líderes proeminentes da
ramificação Jahriyya.
Desde o ano de 2014 a Tariqah (Ordem) Naqshbandiyyah é comandada por Mawlana Sheykh Mehmet Adil filho e sucessor de Mawlana Shyekh Nazim Al Haqqani falecido em 2014.
Tendo seus discípulos orientados nos EUA pelo Sheykh Hisham Kabbani.
SUFISMO NO BRASIL
SUFISMO NO BRASIL
Nós sabemos hoje em dia que o Islam está dividido em
várias escolas, seitas, etc., porem também sabemos que várias destas somente
existem hoje em dia no Oriente Médio, mas também sabemos que algumas delas
chegaram ao Brasil, devido a imigração e hoje uma das que mais cresce em
território tupiniquim é o Sufismo.
O Sufismo é identificado como
“a Corrente Mística e Contemplativa do Islam”.
Seus praticantes são conhecidos por
seus rituais que envolvem danças em roda, cânticos e músicas regadas aos sons de
tambores.
A
palavra “Sufismo” vem do árabe “Suf” que significa “Lã Rústica”, e hoje a idéia de Sufismo é atribuída a qualquer
muçulmano, podendo sunitas ou xiitas serem Sufistas.
Porem como o Sufismo cresceu
muito no Brasil, há muitos Sufis que se dizem serem Sufis mas não são muçulmanos, o
que para os Sufis do Oriente Médio é considerado como blasfêmia, já que os dois estão intimamente ligados
de acordo com sua Fé.
Hoje
em dia existem mais de 300 Ordens Sufis, muitas delas presentes no Brasil.
O
Sufismo no Brasil foi disseminado principalmente pelos Turcos que emigraram para o Brasil, e hoje estão presentes em
várias cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e Curitiba.
Alguns Templos Sufis já foram construídos em
território nacional e as ordens continuam a crescer.
Hoje em dia é dito que existem mais
de 300 mil Sufis em todo o Brasil e o número só tende a aumentar.
A
Ordem Sufi Naqshbandi-Haqqani - BRASIL
Zikr
Esta Tradicional
Prática Sufi, cujo nome significa “Lembrança” em árabe, é uma forma de Meditação que envolve Mantras, Respiração e Cantos Devocionais.
Tem o Poder de Conduzir o Buscador desde o Estado Anestesiado de Consciência Cotidiana até o contato com sua Essência Atemporal, abrindo-lhe as portas para as Realidades
Superiores.
Quando os Dervixes se reúnem para recitar os Mais Belos
Nomes, o Altíssimo lhes direciona sua Mirada.
A DANÇA DA ALMA
Em Seu Olhar vislumbram a Paz tanto almejada.
Em Sua Luz, o Alimento do Coração.
Sufi Naqshbandi Haqqani
Curitiba
https://naqshbandicwb.wixsite.com/curitiba
@NaqshbandiCuritiba
Sufi Naqshbandi Haqqani Curitiba
Sufi Naqshbandi Haqqani Curitiba
Sufismo: o Esoterismo Islâmico
A Sabedoria
dos Sufis: Os Místicos do Islã - Sheikh
Ahmad Shakir
A Mística
Sufi de Gurdjieff
Pensamentos do Sufi
História - Cultura - Obras Literárias
Sufi Naqshbandi Haqqani Curitiba
GRUPO ESTUDOS E MEDITAÇÃO SUFI - ( ZIKER ) - CURITIBA - PR.
MEDITAÇÃO SUFI ( ZIKER ) -CURITIBA - PR.
Ziker
É a "Meditação Sufi".
Nela você poderá ser transportado(a) à sua essência, chegando a sentir de maneira intensa um contato com a Divina Presença!
Shaykh Ahmad Shakir
ABDUL QADR
Sufi Naqshbandi Haqqani Curitiba