"AMAZONAS"
Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil,
sendo a maior delas em território, com uma área de 1.559.159,148 km²,
constituindo-se na nona maior subdivisão mundial, sendo o maior que as
áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia somadas.
Seria
o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco superior à Mongólia.
É
maior que a Região Nordeste, com seus nove estados; e equivale a 2,25
vezes a área do estado norte-americano do Texas.
A
área média de seus 62 municípios é de 25.335 km², superior
à área do estado brasileiro de Sergipe.
O
maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba,
com 2.215 km².
Pertencente
à Região Norte do Brasil, é a segunda unidade federativa mais populosa
desta macrorregião, com seus 3,8 milhões de habitantes em 2014, sendo superado
apenas pelo Pará.
No
entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil
habitantes: Manaus, a capital e sua maior cidade com dois milhões de
habitantes em 2014, que concentra cerca de 60% da população do estado, e Parintins,
com pouco mais de 110 mil habitantes.
O
estado é, ainda, subdividido em 13 microrregiões e 4
mesorregiões.
Seus
limites são com o estado do Pará ao leste; Mato Grosso ao
sudeste; Rondônia e Acre ao sul e sudoeste; Roraima ao
norte; além da Venezuela, Colômbia e Peru ao norte,
noroeste e oeste, respectivamente.
Em 1850,
no dia 5 de setembro, foi criada a Província do Amazonas, desmembrada
da Província do Grão-Pará.
Os
motivos que levaram à criação da Província do Amazonas foram muitos, em
especial, a grandíssima área territorial administrada pelo Grão-Pará, com
capital em Belém, e as tentativas fracassadas do Peru em ampliar suas
fronteiras com o Brasil, com o apoio dos Estados Unidos.
O
estado possui um dos mais baixos índices de densidade demográfica no país,
superior apenas ao do estado vizinho, Roraima.
Conforme
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a densidade
demográfica equivale a 2,23 habitantes por quilômetro quadrado.
Detém
98% de sua cobertura florestal preservada e um dos maiores mananciais de água
doce do planeta, proveniente da maior rede hidrográfica do mundo.
A
hidrografia do estado, entretanto, sofre grande influência de vários fatores
como precipitação, vegetação e altitude.
Em geral, os rios amazonenses são navegáveis e formam sua maior rede de transporte.
Possui
o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (empatado com o Amapá)
e o maior PIB per capita entre todos os estados do Norte do Brasil.
A Região
Metropolitana de Manaus, com população superior aos 2,2 milhões de habitantes e
sendo a maior em área territorial do mundo, é sua única região metropolitana.
O Pico
da Neblina, ponto culminante do Brasil, também se situa em território
amazonense.
Etimologia
O
nome Amazonas foi
originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em todo o seu comprimento, em
1541.
Afirmando
ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado, e
associando-as às amazonas da mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome.
Segundo
etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é de origem indígena,
da palavra amassunu, que
quer dizer "ruído de águas, água que retumba".
História
A conquista do Amazonas, 1907, Museu
Histórico do Pará.
Primórdios
Pelo Tratado
de Tordesilhas (1494), todo o vale amazônico se encontrava nos domínios
da Coroa espanhola.
A
foz do rio Amazonas só foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón,
um navegador espanhol que a alcançou em fevereiro de 1500, seguido por seu
primo Diego de Lepe, em abril do mesmo ano.
Em 1541,
outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana,
partindo de Quito, no atual Equador, atravessaram a cordilheira dos
Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico.
A
viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano
frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os espanhóis lutaram com mulheres
guerreiras, as icamiabas, que, das margens do rio Marañón, disparavam-lhes
flechas e dardos de zarabatanas.
O
mito de mulheres guerreiras às margens do rio difundiu-se nos relatos e livros,
sem escopo popular algum, mesmo assim fazendo com que aquelas regiões
viessem a receber o nome das guerreiras da mitologia grega, as amazonas,
entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido
como rio das Amazonas.
Ainda
no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de
Orellana.
Pedro
de Ursua, vindo do Peru, também navegou o Amazonas, em busca do lendário Eldorado (1559-1561).
Ursua
foi assassinado a meio caminho, e a expedição prosseguiu comandada por Lopo de
Aguirre, que chegou ao oceano em 1561.
Como
resultado dessa jornada os espanhóis decidiram, cientes das dificuldades de
conquistar tão vasto espaço, adiar a tarefa de colonizá-lo.
As
expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo
o rio Amazonas, desde a foz (à direita) até o Equador (à
esquerda).
Quase
de imediato os ingleses e os holandeses, que disputavam o domínio da América
aos ibéricos, entregaram-se à exploração do Amazonas, lançando aí as primeiras
bases de implantações coloniais, através do levantamento de feitorias e
pequenos fortes, em 1596, chamadas de "drogas do sertão".
Ainda
assim, a região não possuía uma ocupação efetiva.
Até
o segundo decênio do século XVII, quando os portugueses começaram a ultrapassar
a divisória de Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessingen promoviam um
ativo comércio de madeiras e pescado, iniciando mesmo plantios de cana, algodão
e tabaco.
Os
próprios governos passaram a estimular abertamente a empresa.
Robert
Harcourt obteve carta-patente de Jaime I da Inglaterra para explorar o
território do Amazonas com seus sócios (1612).
Somente
durante a Dinastia Filipina (1580-1640) a Coroa hispano-portuguesa se
interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças de Belém
do Grão-Pará (atual Belém em 1616), sendo dignas de registro a expedição do
Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu
o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com setenta soldados e 1.200 indígenas,
em quarenta e sete canoas grandes (1637-1639), e logo em seguida a
de Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da capitania de São
Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo rio Amazonas até Belém, percorrendo
um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651.
Presença dos
missionários
Na
virada do século XVII, balizava-se na Amazônia o domínio português, devido ao
posto avançado de Franciscana, a oeste, e por fortificações em Guaporé, ao
norte da região.
Os
franceses, instalados em Caiena, tinham como objetivo descer o litoral
para alcançar o Amazonas, instigando surtidas constantes de sacerdotes,
pescadores e predadores de índios.
Assim,
as expedições lusas de reconhecimento enfrentavam grandes dificuldades na atual
região do Amazonas: no rio Negro, os manaós, tidos como índios valentes e
resistentes, coligaram-se com tribos vizinhas, e os torás, na bacia do Madeira,
entregavam-se a guerra de morte contra sertanistas e coletores de especiarias.
Na
zona do rio Solimões, a penetração portuguesa acabou por se defrontar com
missões castelhanas, dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz.
Por
ordens vindas de Lisboa, as forças militares invadiram o território das missões
espanholas, expulsando os padres e soldados que as amparavam.
Como
efeito, entre 1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e
José Antunes da Fonseca apossaram-se do Solimões, enquanto Francisco de Melo
Palheta garantia o domínio lusitano no alto Madeira e Belchior Mendes de Morais
invadia a bacia do Napo.
O
imenso espaço conquistado tornou-se produtivo.
A
coroa portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o
trabalho missionário na área.
Com
o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis
fundaram várias missões no território amazonense.
Essas
missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do extrativismo e
da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da
região.
Sofreram
posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados
com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos.
Brancos,
acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como escravos.
A
destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território.
Mapa
de 1562 da região do Rio Amazonas.
Foram
os carmelitas, juntamente com os inacianos e mercedários, que mais aprofundaram
a colonização nos antigos domínios espanhóis, ocupando a área atual do estado
do Amazonas.
Espalhava-se
as missões jesuíticas pelo vale contíguo do Tapajós e, mais a oeste, pelo
Madeira, enquanto os mercedários se estabeleceram próximo à divisa com o Pará,
nos cursos do Urubu e do Uatumã.
Os
carmelitas disseminaram seus aldeamentos ao longo do Solimões, do Negro e, ao
norte, do Branco, no atual estado de Roraima.
Objetivando
converter os gentios à fé católica e de ampliar o comércio de especiarias, os
religiosos transferiam suas missões de um ponto a outro com freqüência,
seguindo sempre a margem dos rios.
Da
multiplicidade desses aldeamentos, surgiram dezenas de povoados, a exemplo
de Cametá, no deságue do Tocantins; Airão (hoje Velho Airão,
uma cidade fantasma); Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; Santarém,
na foz do Tapajós; Faro, no rio Nhamundã; Borba, no rio
Madeira; Tefé, São Paulo de Olivença e Coari, no Solimões; e em
continuação, no curso do Amazonas, Itacoatiara e Silves.
A
partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por portugueses e
espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas.
Essa
luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de
grandes latifúndios.
A
região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia
espanhola, por representar via de acesso ao Vice-reino do Peru, quanto
para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos
sertões de Mato Grosso e de Goiás, escoado com rapidez pela
bacia do rio Amazonas.
É
nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade
ao Governador e Capitão General da Capitania do Grão-Pará, João
Pereira Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios
amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da Capitania do
rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias espanholas
do Orinoco (Venezuela), de Quito (Equador), e do Peru, comércio esse que
antes se fazia com a Colônia do Sacramento (Instrução Secretíssima,
c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro).
A
assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a
Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti
possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo
virtualmente abandonadas após o Consulado Pombalino (1750-1777) e
durante o século XIX, legariam à diplomacia da nascente República
brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.
Dentro
do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a Capitania Real de
São José do Rio Negro pela Carta-régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila
de Barcelos em 1790.
No
início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a
povoação da barra do Rio Negro, elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de
março de 1808.
À
época da Independência do Brasil em 1822, os moradores da vila
proclamaram-se independentes, estabelecendo um Governo Provisório.
A
região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como
Comarca do Alto Amazonas em 1824.
Ganhou
a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5 de setembro de 1850,
sendo a Vila da Barra do Rio
Negro elevada a cidade com o nome de Manaus pela Lei
Provincial de 24 de outubro de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851.
A
partir do século XIX, o território começou a receber migrantes nordestinos que
buscavam melhores condições de vida na maior província brasileira.
Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus,Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.
Capitania junto com Grão-Pará
O
que hoje é reconhecido como Amazônia, nos primeiros anos do século XVII era
denominado Estado do Maranhão e a única cidade existente era a
de São Luís, que concentrava todo o poder do Estado.
As
regiões central e oeste foram ocupadas apenas por ordens religiosas que
subdividiram em áreas de missões e aldeamentos de atuação de Jesuítas,
Carmelitas, Dominicanos e Franciscanos, o que variou ao longo do tempo,
particularmente, desde o fim da Companhia de Jesus, em meados do século XVIII.
Ao tempo em que as
Ordens Religiosas dominavam o interior do vale Amazônico, o Governo do Estado
do Maranhão promovia a distribuição de terras para particulares fundarem suas
capitanias.
Nesse
contexto, capitanias de duas naturezas diferentes foram fundadas: As Capitanias
da Coroa ou Reais, e as Capitanias Particulares.
O
Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede
foi transferida de São Luís para Belém do Pará.
O tratado
de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área.
Para
estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754.
Em 1755 foi
criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas,
subordinada ao Grão-Pará.
As
fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas
incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o
Mato Grosso.
O
governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a
emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos.
No
mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e
Maranhão para estimular a economia local.
Em 1757 tomou posse o
primeiro governador da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês
de Pombal a determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados
de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua
portuguesa).
A ocupação
e povoamento do Amazonas deu-se de maneira esparsa, por conta da vegetação
densa.
Casa de Caboclo na beira do rio.
Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado.
Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas.
Os
governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram Manuel
da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas.
Em 1821,
Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará.
No
ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.
Em
meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram
origem às atuais cidades de Borba, Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro.
A
capital foi situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São
José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821).
Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará.
A
rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à
Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a
criação da Comarca do Alto Amazonas.
Com
a Cabanagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel ao governo
imperial e não aderiu à revolta.
Como
espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850,
separando-se definitivamente do Pará.
Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em 1856.
Em 10 de julho de 1884, o Amazonas tornou-se a segunda província no império brasileiro a abolir a escravatura, após a Província do Ceará, e quatro anos antes do país conceder liberdade aos escravos, com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel do Brasil.33 34 35 A lei foi assinada pelo presidente da província, Teodureto Souto.
Na ocasião, cerca de 1,5 mil escravos foram libertados na província.
Ciclo da Borracha
A
partir de 1890, Manaus, que já se ostentava como capital do estado
administrativo, experimentou um grandíssimo avanço populacional e econômico,
resultante principalmente da exportação de matéria prima oriunda e até então,
exclusiva da Amazônia.
Com
as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha natural (Hevea
brasiliensis), a capital amazonense recebeu grandes obras como o Porto de
Manaus, o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Reservatório do
Mocó, a primeira rede de energia elétrica e os serviços de transporte coletivo
em bondes.
Foi
construído com a riqueza proveniente do Ciclo da Borracha.
Tida
como uma referência internacional, Manaus tornou-se símbolo de prosperidade e
civilização, sendo palco de importantes acontecimentos artísticos e culturais.
Floresceu
então, o comércio de produtos luxuosos e supérfluos, com homens e mulheres de
todo o mundo desfilando por suas ruas e avenidas, na sede da compra do
"Ouro Negro", como era chamada a borracha natural, para revenderem
com grandes lucros nas principais capitais da Europa e nos Estados
Unidos.
A
partir de 1910, tempos difíceis iniciam-se para a cidade, devido à forte
concorrência da borracha natural plantada nos seringais da Malásia, que
chega aos mercados europeu e americano com vantagens superiores, o que acaba
por decretar a falência da economia amazonense.
Zona Franca de Manaus
Criação da Zona Franca de Manaus - 1967
A Zona Franca de Manaus (também chamada de Polo Industrial de Manaus ou Polo Industrial da Amazônia Brasileira) foi um projeto de desenvolvimento sócio-econômico implantado através da Lei Nº 3.173 de 6 de junho de 1957, que reformulava, ampliava e estabelecia incentivos fiscais para implantação de um pólo industrial, comercial e agropecuário numa área física de 10 mil km², tendo como sede a cidade de Manaus.
Apesar
da aprovação em 1957, tal projeto só foi de fato, implantado, pelo Decreto-Lei
Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967.
O
projeto foi implantado pelo Regime militar brasileiro.
A
princípio, os benefícios desse projeto se estendiam à Amazônia Ocidental,
formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.
Em 20
de agosto de 2008, foi criada a Área de Livre Comércio de Macapá, que
foi incluída no Conselho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa)
e assim, o Amapá recebeu o mesmo benefício destinado aos estados.
A
criação da Zona Franca de Manaus visava promover a ocupação populacional dessa
região e elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade, além
de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e sustentabilidade
da biodiversidade presente.
Em
seus 44 anos de existência, a história do modelo da Zona Franca de Manaus é
dividida em quatro fases: A primeira, de 1967 a 1975, caracterizava a política
industrial de referência no país pelo estímulo à substituição de importações de
bens finais e formação de mercado interno; a segunda, de 1975 a 1990,
caracterizou-se pela adoção de medidas que fomentassem a indústria nacional de
insumos, sobretudo no estado de São Paulo; a terceira, de 1991 e 1996,
entrou em vigor a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior, marcada pela
abertura da economia brasileira, redução do Imposto de Importação para o
restante do país e ênfase na qualidade e produtividade, com a implantação do
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBPQ) e Programa de
Competitividade Industrial; e a quarta e última, de 1996 a 2002, marca sua
adaptação aos cenários de uma economia globalizada e pelos ajustes demandados
pelos efeitos do Plano Real, como o movimento de privatizações e
desregulamentação.
História Recente
Ao
longo da década de 1990, o Amazonas destacou-se por ser um dos estados brasileiros
de maior crescimento populacional e econômico.
Manaus,
capital do estado, figura como uma das cinco capitais brasileiras com maior
crescimento populacional, com 2,51% de crescimento anual.
Em
dez anos, o estado registrou 28,22% de crescimento populacional, passando de
2,8 milhões em 2000 para 3,4 milhões em 2010.
Em
relação à história recente no fator econômico, o estado integra o chamado
"grupo intermediário", que fica entre o "grupo com maior
participação" e o "grupo com menor participação", na economia do
país, respondendo por 1,6% desta.
Nos
anos de 2005 e 2010 o estado foi afetado por uma forte
estiagem, sobretudo na região sudoeste, na divisa com o Acre.
A
estiagem caracterizou-se por possuir o menor índice pluviométrico dos últimos
40 anos, ultrapassando períodos como as secas de 1925-1926, 1968-1969 e
1997-1998, até então consideradas as mais intensas.
Neste
período, o transporte hidroviário foi dificultado, populações ribeirinhas foram
isoladas e houve um surto de cólera, vitimando cerca de 159 pessoas, além de
prejuízos econômicos.
Em
abril de 2008, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
elaborou a nova delimitação da fronteira do Amazonas com o Acre.
Assim,
o território amazonense reduziu-se em 11.583,87 km².
A
área perdida corresponde a mais da metade de todo o território do estado de
Sergipe, cerca de 7,5% do território do Acre e pouco mais de 0,7% da área do
Amazonas.
Com
a mudança, sete municípios amazonenses - Atalaia do Norte, Boca do
Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini - perderam território e
parte da população para municípios do Acre.
Atualmente,
o Amazonas divide-se em 62 municípios.
O
atual governador é José Melo, que exerce o cargo desde 1° de abril de
2013.
Geografia
Pico
da Neblina, o ponto mais elevado do país, localizado em Santa Isabel do Rio
Negro.
O estado do
Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas
do Brasil, com uma superfície atual de 1.559.159,148 km².
Grande
parte dele é ocupado por reserva florística e pela água.
O
acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea.
Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80 %, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.
Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80 %, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.
Faz
parte da Região Norte do Brasil, fazendo fronteira com os estados
de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e Roraima ao norte,
além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e
norte, respectivamente.
O
Amazonas é o único estado do Brasil a ter dois fusos horários.
A
maior parte de seu território está no fuso UTC-4 (com quatro horas a
menos que o horário de Greenwich (GMT), e uma hora a menos em relação
ao horário de Brasília).
Treze
municípios no terço oeste do estado estão no horário UTC-5. São eles: Atalaia
do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna,
Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga.
Relêvo
Tem
ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto
mais alto, com 2 993,78 metros, e o pico 31 de Março, com 2 972,66 metros
de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro.
Há
uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados do Brasil.
O
estado está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de
extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma
estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de
largura média.
Isso
faz do estado o maior em relação às terras baixas no Brasil.
O planalto desce
suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão
interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco
unidades morfológicas do estado.
De
acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são
relativamente pobres.
Entretanto
verifica-se, principalmente no interior do estado, uma região propícia a
exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita.
Ainda
de acordo com o estudo, no estado encontra-se as três grandes reservas minerais
inexploradas do mundo.
O
solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal
minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional.
Outras
riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva
superior à 400 mil toneladas nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará;
a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada
em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira.
O
potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de
metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.
No
Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado
pelo clima equatorial, predominante também na Amazônia.
As
estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e o clima é
caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices
pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do estado com
a Linha do Equador.
Isso
também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma grande
evaporação, transformando-as em chuvas.
A
temperatura média no estado é elevada, atingindo 31,4°C.
Em
alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 °C e
27 °C e em outros pontos da porção leste essa média de 26 °C.
A
menor temperatura já registrada foi de 7,0 °C, em Boca do Acre, em
1975.
A
umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores
registradas no Brasil.
O
regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo
bastante elevados.
Entre
os meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul e parte do centro
do estado.
Quando
estas ocorrem, as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10°C.
Na
região leste amazonense, registra-se uma pequena estação seca, com chuvas acentuadas
e índices superiores a 2.500 mm ao ano.
As
temperaturas nesta região chegam a 26°C.
Na
porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera.
Vegetação
Na vegetação do
estado, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós.
Toda
essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a
Hileia Amazônica, que apresenta uma rica e complexa diversidade na composição
da flora do estado e se faz presente em todo o seu território.
Os solos
de terra firme situam-se em terras altas, geralmente distantes dos grandes
rios.
São
formadas por árvores alongadas e finas, que possuem, geralmente,
grande quantidade de madeira de alto valor econômico.
Há
ainda espécies como a castanha-do-pará, as palmeiras e o cacauareiro, que
também são encontradas em solos de terra firme.
Os
solos de terra firme são vermelhos, por se tratar de uma região úmida e de alta
temperatura, e seus elementos químicos principais são hidróxido de
alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto,
pobres para agricultura.
Até
a década de 1970, acreditava-se que os solos da região eram os mais Lixiviados,
ácidos e pobres do planeta.
A
cor avermelhada ou amarelada encontrada nos solos era um indicativo de óxidos
de ferro, o que passou a ser referência da evidência de que os solos da
Amazônia se tornariam laterita, uma substância vista como pedregosa, com o
desmatamento e alteração da vegetação.
As matas
de várzea são próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos
rios.
Apresentam
maior variedade de espécies.
Seus
solos são os mais férteis da região.
São
solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e
inorgânico, depositados durante a cheia dos rios.
A
flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos
quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira.
São
inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas
estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.
As matas
de igapós estão situadas em áreas baixas, próximas ao leito dos rios.
Durante
quase o ano todo, permanecem inundadas.
São
compostas principalmente por árvores altas, que possuem, por sua vez, raízes
adaptadas às regiões alagadas.
O fenômeno é conhecido
como Encontro das Águas.
Esta
é a razão por não se misturarem.
O
Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo,
com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão.
O rio
Amazonas, que dá nome ao estado, é o principal de seus rios, com 7.025
quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no
Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico.
A
confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água
barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das
Águas.
O
fenômeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro, sendo
uma das principais atrações turísticas do estado.
O rio
Negro é o principal afluente do rio Amazonas.
Nasce
na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de
1.700 quilômetros.
Entra
em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário
de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões,
sendo chamado de rio Amazonas a partir daí.
Apresenta
um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de
ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação.
Por
conta disso, a água mostra-se numa coloração escura.
Além
do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são: Madeira, Purus,
Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés.
Todos
estes são integrantes da Bacia Amazônica.
O
rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e
banha os estados de Amazonas e Rondônia.
Possui
extensão de 1 450 km e é a principal linha divisória entre
Brasil e Bolívia; O
rio Purus possui 1 175 km e nasce no Peru.
Está situado no sul do estado.
Está situado no sul do estado.
O
rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui 3 350 km de
extensão e banha, além do Amazonas, os estados de Acre e Roraima.
Entretanto,
a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Roraima, não apresenta
condições de navegabilidade; O
rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros.
Nasce
na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas.
É
conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e
por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina; O
rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito.
Nasce
na Colômbia e possui 730 km em território brasileiro.
Outros
rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí.
Ecologia
No
estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de Proteção Integral
(UCPI) e Unidades de Conservação de Uso Sustentável (UCUS) possuíam, juntas,
uma área de 369.788 km², equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul.
Essa
área correspondia a 23,5% do território do Amazonas.
Individualmente,
as Unidades de Uso de Proteção Integral representavam 7,8% da área
territorial amazonense, e as Unidades de Uso Sustentável representavam 15,8%
desse total.
Comparando
a extensão de Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, o estado possui a
segunda maior extensão, superado apenas pelo Pará, com seus
403.155 km².
A
maior parte delas era administrada pelo governo estadual.
A
criação de Unidades de Conservação (UC) nos estados da Amazônia deu-se a partir
da década de 2000.
Até
então, a criação e demarcação de tais locais dava-se apenas em áreas remotas
dos estados.
Grande
parte destes foram criados com o intuito de auxiliar a regularização fundiária
e desincentivar o avanço do desmatamento em áreas de grande concentração
populacional.
Das
Unidades de Conservação criadas a partir de 2003 no estado, 58% delas eram de
uso sustentável, e 33% foram criadas em regiões de grande avanço populacional.
Em
dezembro de 2010, apenas 24% das UCs possuíam plano de manejo aprovados por
seus conselhos gestores, enquanto 50% destas não possuíam tal plano.
Há
ainda de se destacar que o número de conselho gestores nestas unidades é baixo:
48% delas possuíam conselhos gestores, deliberativos ou consultivos, enquanto
outras 45% não possuíam e eram administradas unicamente pelo órgão estadual ou
federal.
A
vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como
as capivaras, aves, répteis e primatas.
O
maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento
para as populações rurais.
Alguns
encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos
governos.
A Reserva
de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a maior unidade de conservação em área
alagada do país, localiza-se no estado.
Foi
criada em 1996 e está situada nos municípios de Fonte Boa, Maraã e Uarini.
Parques Nacionais
Ao
menos três dos principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas.
É
o maior parque nacional do Brasil e o maior de floresta tropical úmida no
mundo.
A
temperatura média local é de 27 °C.
É
administrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA).
A criação do Parque Nacional do Pico da Neblina ocorreu em 1979 pelo decreto-lei nº 83 550.
Sua
área é de 2,2 milhões de hectares e está situado no município
de São Gabriel da Cachoeira.
Abriga
o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina,
com 3 014 metros.
Parques Estaduais
Há
diversos parques estaduais no estado, quase todos administrados pelo Instituto
de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).
Os
principais parques estaduais no Amazonas são o Parque Estadual Nhamundá, o
primeiro parque de caráter estadual no estado, instituído pelo decreto-lei
nº 12 836 em 1990, com uma área de 195,9 mil hectares.
Situa-se no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais, além de florestas de terra firme, com planícies e serras.
Situa-se no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais, além de florestas de terra firme, com planícies e serras.
Seu
acesso é feito por via fluvial; Parque Estadual Serra do Aracá, criado em 1990,
através do decreto-lei nº 12 836, situado em Barcelos e ocupando uma
área de 1. 8187 milhões de hectares - 15%
da área do município; Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado em Novo Airão e com área
de 178 620 hectares.
Demografia
Foi
estabelecido pelo decreto-lei nº 16 497 de 2 de abril de 1995 e
engloba 5% da área do município.
Abriga
as ruínas da cidade fantasma de Velho Airão e sítios
arqueológicos; Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, situado entre Manaus e Novo
Airão e criado através do mesmo decreto-lei do parque anterior.
Ocupa uma área de 257 422 hectares, ocupando cerca de 4% da área do município de Manaus.
Parque Estadual do Rio Negro Setor Norte
Ocupa uma área de 257 422 hectares, ocupando cerca de 4% da área do município de Manaus.
É
usado para o ecoturismo e habitado por comunidades tradicionais, como caboclos e ribeirinhos.
Destacam-se
ainda os parques de Sumaúma, a única unidade de conservação estadual em
área urbana no Amazonas, situada em Manaus, no bairro Cidade Nova e
instituída em 2003; Sucunduri, com 808.312,179 hectares, criada em
2005 em Apuí; Cuieiras, com 55,8 mil hectares; Guariba,
possuindo 72.296,331 hectares e criado em 2005 em Manicoré, no sul
do estado; e Matupiti também no sul do estado.
De
acordo com o Censo brasileiro de 2010, realizado pelo IBGE, o
Amazonas era habitado por 3.483.985 habitantes, sendo que haviam 2.755.490 habitantes
em área urbana (78,4%) e 728.495 habitantes em área rural (17,3%).
Quanto
à questão de gênero, haviam 1.753.179 homens e 1.730.806 Mulheres.
Foram
identificados 902.780 domicílios, sendo que apenas 801.640 deles
eram ocupados, gerando um déficit habitacional de 101.140 domicílios.
A
média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas.
A
capital, Manaus, é a maior cidade da região Norte, com 1,9 milhão de
habitantes.
Posição
|
Localidade
|
Mesorregião
|
Pop.
|
Posição
|
Localidade
|
Mesorregião
|
Pop.
| |||||
1
|
Manaus
|
Centro
|
1 982 179
|
11
|
Iranduba
|
Centro
|
44 503
| |||||
2
|
Parintins
|
Centro
|
109 225
|
12
|
Lábrea
|
Sul
|
41 600
| |||||
3
|
Itacoatiara
|
Centro
|
94 278
|
13
|
São Gabriel da Cachoeira
|
Norte
|
41 575
| |||||
4
|
Manacapuru
|
Centro
|
91 795
|
14
|
Borba
|
Sul
|
38 073
| |||||
5
|
Coari
|
Centro
|
81 325
|
15
|
Benjamin Constant
|
Sudoeste
|
37 564
| |||||
6
|
Tefé
|
Centro
|
62 885
|
16
|
Autazes
|
Centro
|
35 554
| |||||
7
|
Tabatinga
|
Sudoeste
|
58 314
|
17
|
Careiro
|
Centro
|
35 431
| |||||
8
|
Maués
|
Centro
|
57 663
|
18
|
São Paulo de Olivença
|
Sudoeste
|
34 963
| |||||
9
|
Manicoré
|
Sul
|
51 331
|
19
|
Nova Olinda do Norte
|
Centro
|
33 829
| |||||
10
|
Humaitá
|
Sul
|
49 137
|
20
|
Eirunepé
|
Sudoeste
|
33 127
| |||||
Ano
|
Habitantes
|
1872
|
57.610
|
1890
|
147.915
|
1900
|
249.756
|
1920
|
363.166
|
1940
|
438.008
|
1950
|
514.099
|
1960
|
708.459
|
1970
|
955.235
|
1980
|
1.430.089
|
1991
|
2.103.243
|
1996
|
2.389.279
|
2000
|
2.813.085
|
2006
|
3.311.026
|
2007
|
3.221.940
|
2008
|
3.341.096
|
2009
|
3.393.369
|
2010
|
3.480.937
|
2011
|
3.538.359
|
2012
|
3.590.985
|
Fonte:
|
IBGE
|
Etnias
| |||||
Pardos
|
68,98%
| ||||
Brancos
|
21,21%
| ||||
Indígenas
|
4,80%
| ||||
Pretos
|
4,09%
| ||||
Amarelos
|
0,91%
| ||||
Em
2013, conforme com estimativas da mesma instituição, a população do estado atingiu 3.873.743 habitantes.
A
população deste representa 22% da população da região Norte e 1,8% da população
brasileira.
No
estado, 165.920 habitantes não são naturais da unidade federativa.
A
maior parte dos migrantes que vivem no estado são oriundos de outros estados da
própria Região Norte brasileira.
Além
destes, migrantes vindos do Nordeste somam 87.846 habitantes,
migrantes vindos da Região Sudeste somam 30.431 habitantes e
migrantes vindos da Região Sul somam 12.183 habitantes.
O
estado possui ainda, a maior população estrangeira na Região Norte e a oitava
maior população estrangeira no Brasil.
São 9 777 habitantes
no estado que possuem alguma nacionalidade que não seja a brasileira.
O
Pará responde pela segunda maior população estrangeira no Norte do país (5.291 imigrantes),
seguido de Rondônia, com 4.689 imigrantes.
Na
questão de alfabetização, habitantes do estado com mais de 5 anos de idade
alfabetizados totalizavam 2.670.173 pessoas.
Pelo
menos 791.162 habitantes afirmaram serem portadores de algum tipo de
deficiência permanente, destacando-se a deficiência motora, com 38.509 deficientes
declarados.
Destacando
a questão do estado civil, haviam 1.948.604 pessoas com mais de 10 anos de
idade solteiras, 640.437 pessoas com mais de 10 anos de idade casadas, 74.287
pessoas viúvas, 41.698 divorciadas e 23.116 pessoas
desquitadas ou separadas judicialmente.
Há
de se destacar que 699.439 pessoas declararam viver em união consensual.
Ainda
de acordo com o censo de 2010, 791.162 habitantes declararam possuir
algum tipo de deficiência.
A
deficiência mental ou intelectual apresentou-se em 38.509 habitantes, enquanto
outros 149.796 habitantes declararam possuir alguma deficiência
motora.
124.737 habitantes
declararam possuir algum tipo de deficiência auditiva, enquanto
outros 530.296 habitantes possuem deficiência visual.
Os
habitantes que declararam não possuir nenhum tipo de deficiência
somam-se 2 692 764 habitantes.
O
estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do século
XX, devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo
Industrial de Manaus, na década de 1960.
O
estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional.
Na década
de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto
o Brasil manteve um crescimento de 3,2%.
No
período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu
2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%.
O
censo demográfico de 2010 do IBGE, apontou que o estado cresceu 23,84% em
população entre 2000 e 2010 e que o mesmo mantém um aumento populacional de
2,16% ao ano.
A
composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres
residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os
dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito
anos mais elevada que a dos homens.
Porém,
o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina.
Segundo
o Tribunal Superior Eleitoral, em junho de 2013 o estado
possuía 2.196.182 eleitores.
Durante
cem anos, de 1810 a 1910, um relevante número de migrantes e
imigrantes espalharam-se por diversas cidades e povoados da Amazônia,
principalmente entre Belém e Manaus.
Eram
em grande parte, atraídos pelo ciclo da borracha. Entre os migrantes,
destacou-se principalmente os nordestinos, e entre os imigrantes, destacavam-se
os árabes e japoneses.
Os
japoneses entretanto, chegaram ao Amazonas somente a partir de 1923.
Com
o fim do ciclo da borracha, o Governo do Amazonas cedeu 1,030 milhão de
hectares a serem divididos entre os imigrantes japoneses que desejassem fazer
cultivo do solo da região, como forma de movimentar a economia do estado em
crise.
Os
primeiros imigrantes dirigiram-se a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara,
Presidente Figueiredo e Manaus.
Até
então, Maués era a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles
iniciaram o cultivo do guaraná.
Porém,
em 1941, houve uma epidemia de malária que vitimou várias famílias.
Outras
famílias destinaram-se a Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com
os "koutakusseis", jovens europeus estudantes de agronomia,
provenientes de famílias de classe alta que imigraram para o Amazonas no
intuito de se fixarem para sempre.
Estima-se
que existam no Amazonas 5.000 descendentes de imigrantes japoneses.
Etnias
A
população do Amazonas é composta basicamente por pardos, brancos e indígenas.
A
forte imigração no final do século XIX e início do século XXI trouxe ao estado
pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo.
Dos
mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns
milhares se fixaram no estado do Amazonas, destacando-se os portugueses e japoneses.
Os
portugueses que chegaram ao estado destinaram-se sobretudo à Manaus, e passaram
a dedicar-se ao comércio.
Por
volta de 1929, chegaram os primeiros japoneses, que passaram a viver em
municípios como Maués, onde trabalhavam no cultivo do guaraná para uso
medicinal, e Parintins.
Há
ainda, uma crescente imigração de haitianos.
O
município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do estado, é o
município com maior população indígena no país.
Em
2010, o percentual de população indígena do município foi de 76,31%.
Além
deste, Boa Vista do Ramos registra o maior percentual de população
parda no estado e o terceiro do país, com 92,40% autodeclarados pardos no censo
de 2010.
Manaquiri também
destaca-se por ser o quinto município brasileiro com maior população amarela,
6,26% do total de sua população.
Segundo
dados da Síntese de Indicadores Sociais do Censo demográfico de 2010, promovido
pelo IBGE, a população do estado divide-se da seguinte forma, na questão
étnica: Pardos (77,2%), brancos (20,9%), pretos (1,7%)
e amarelos ou indígenas (0,2%).
Nenhum
outro estado no Brasil tem maior população indígena do que o Amazonas,
divididos em 65 etnias.
Além
disso, o estado figura com o maior percentual de população parda no Brasil.
Entre
os que se autodeclaram pardos, o mais característico é o caboclo.
Inicialmente
nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do século XIX,
também miscigenou-se com nordestinos.
Os
imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final
do século XX, têm sido também mestiçados com a população cabocla.
O Dia
do Mestiço (27 de junho) e o Dia do Caboclo (24 de junho) são
datas oficiais no estado.
Em 29
de dezembro de 2011, o município amazonense de Autazes estabeleceu
o dia 27 de junho como feriado municipal, em reconhecimento à identidade
mestiça.
Em 28
de agosto de 2012, outro município do estado, Careiro da Várzea,
também decretou feriado municipal o dia 27 de junho pelo Dia do Mestiço.
Os
dois municípios são os únicos no Brasil a homologar em forma de feriado a
ênfase da população parda.
São
Gabriel da Cachoeira, na microrregião de Rio Negro, é um dos três únicos
municípios brasileiros a possuir mais de um idioma oficial: Além do português,
as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como
idiomas oficiais do município, desde 2002.
Bandeira
do Amazonas
Em
1897, esta representou o Batalhão Militar do Amazonas na Guerra de Canudos e
tornou-se seu símbolo oficial.
Naquele ano, o Batalhão Militar Amazonense integrou-se oficialmente às forças dos demais estados naquela luta.
Naquele ano, o Batalhão Militar Amazonense integrou-se oficialmente às forças dos demais estados naquela luta.
A
bandeira apresenta as cores azul, branca e vermelha, associadas à época de
preparação da bandeira, para que fosse levada aos campos de combate em Canudos;
e possui um retângulo azul no lado esquerdo, onde são aplicadas 25 estrelas em
prata, simbolizando o número de municípios que existiam no estado em 4 de
agosto de 1897.
Há
uma estrela de primeira grandeza situada ao centro do retângulo, simbolizando
Manaus, a capital.108
Borba, Silves,
Barcelos, Maués, Tefé, Parintins, Codajás, Itacoatiara,
Coari, Manicoré, Barreirinha, São Paulo de Olivença, Urucará,
Humaitá, Fonte Boa, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Canutama,
Manacapuru, Urucurituba, Carauari e São Felipe do Juruá (atual Eirunepé) são os
municípios representados na bandeira.
À
época de sua criação, apenas estes municípios eram existentes no estado, e
mesmo com a emancipação dos demais não foram sendo acrescentadas estrelas à
bandeira. Além destes, há uma estrela representando a localidade de Moura (atualmente
um distrito de Barcelos) que perdeu o status de município no século seguinte.
A
capital de Roraima, Boa Vista, também é representada na bandeira
amazonense, tendo em vista que o município ainda era parte do Amazonas no século
XIX.
A
bandeira do estado consolidou-se pela Lei n.º 1.513, de 14 de janeiro de 1982,
tendo sido regulamentada pelo Decreto n.º 6.189, de 10 de março de
1982.
Brasão
Por
ato do Governo Provisório da República, foi constituído o Brasão do
Amazonas, sendo restabelecido com as formas originais tempos depois.
O
brasão é uma indicação à confluência dos rios Negro e Solimões.
O
sol e a águia amazonense, visto no alto, simbolizam a grandeza e força.
Do
lado direito, pode-se ver os emblemas da indústria; e do lado esquerdo, os
emblemas do comércio e agricultura, como parte da economia do estado.
As
datas de 22 de junho de 1832 e 21 de novembro de 1889 fazem
lembrar a independência do Amazonas pelas armas e a adesão do estado à República
do Brasil, ambas ocorridas no século XIX.
A
junção dos rios Negro e Solimões, mostrada no brasão, é um símbolo da lealdade
do Amazonas à República.
O
brasão de armas do Estado do Amazonas foi instituído em 21 de novembro de 1897,
pelo Decreto nº 204, sendo firmado pelo governador do Estado, José Cardoso
Ramalho Júnior, e regulamentado em 16 de setembro de 1987, pelo Decreto nº
10.534.
Mapa
do Amazonas com Mesorregiões Oficiais
Essa
subdivisão foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos, não
constituindo, portanto, uma entidade política ou administrativa.
Oficialmente,
as quatro mesorregiões do estado são:Centro Amazonense, Sul, Sudoeste e Norte
Amazonense.
Já
uma microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um
agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade é integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum, definidas por lei complementar estadual.
O
Amazonas é dividido oficialmente em treze microrregiões: Alto Solimões, Boca
do Acre, Coari Itacoatiara, Japurá, Juruá, Madeira, Manaus, Parintins, Purus, Rio
Negro, Rio Preto da Eva e Tefé.
É
formado pela união de sessenta e dois municípios, desde a última alteração
feita em 1988, criando o município de Alvarães.
O
Governo do Amazonas divide o estado em seis regiões: Região Metropolitana de
Manaus, Baixo Amazonas, Alto Solimões, Alto Rio Negro, Calha do Juruá e
Purus.
Economia
O Produto
Interno Bruto (PIB) do Amazonas é o 14º maior do país, destacando-se
na área industrial.
Quanto a sua pauta de exportação, é representada principalmente por
motocicletas (20,60%), outros preparos comestíveis (20,28%), telefones
(13,81%), navalhas e lâminas de barbear (12,46%) e compostos de materiais
preciosos (3,83%).
Na lavoura temporária
são produzidos abacaxi, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão,
fumo, juta, malva, mandioca, melancia, milho, soja, tomate e trigo.
Já na lavoura permanente
produzem-se abacate, banana, borracha natural (látex), cacau, café, coco,
dendê, goiaba, guaraná, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, palmito,pimenta-do-reino,
tangerina e urucum.
Em relação à indústria madeireira, produzem-se carvão vegetal, lenha e madeira em tora.
Na silvicultura, o estado produz produtos alimentícios como o açaí, castanha-do-pará (também chamada
castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia) e umbu, além de látex
coagulado e produtos oleaginosos.
Há também produção de fibras, como o buriti e piaçava.
O estado caracteriza-se com a segunda maior produção de açaí, sendo
superado apenas pelo Pará.
É
o setor que apresenta maior importância no papel econômico do estado,
respondendo por 69,9 % das riquezas produzidas, de acordo com dados de
2004.
A
capital, Manaus, novamente se destaca, primeiramente por sediar a maior
parte das indústrias e fábricas da unidade federativa, em razão da mesma sediar
o Polo Industrial de Manaus o segundo maior centro de indústria do
Brasil, atrás apenas do ABC paulista e em segundo pela grandíssima
concentração de riquezas provenientes do setor nos municípios da Região
metropolitana de Manaus e seus arredores, sendo que outros municípios, de certa
forma os mais distantes da capital, têm uma participação quase nula do setor
secundário na composição de suas economias municipais.
Municípios
com notáveis indústrias no estado, excluindo-se Manaus, são Itacoatiara, Coari, Manacapuru e Tabatinga,
onde originam-se unidades madeireiras.
A Zona
Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de
Manaus, é o principal centro industrial da Região Norte brasileira e o segundo
do Brasil.
Foi
implantado pelo regime militar brasileiro com o objetivo de
viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promovendo melhor
integração produtiva e social dessa região ao país e garantindo a soberania
nacional sobre suas fronteiras.
É
considerado um dos mais movimentados da América Latina e tem como
abrangência os estados da Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e
Roraima) além de dois municípios do estado do Amapá (Macapá e Santana).
O
modelo econômico arrecadou em 2011 um valor de R$ 34.200.000 bilhões e suas
indústrias são voltadas, em geral, para a produção de produtos
eletroeletrônicos, madeireiro e pólo de duas rodas.
Transportes
Embarcação
no rio Amazonas.
O
transporte hidroviário é o de maior predominância.
O transporte
hidroviário é o mais comum, sendo também o de maior relevância.
O
estado possui cinco terminais hidroviários: Terminal de Boca do Acre, Terminal
de Itacoatiara, Porto de Manaus, Porto de Parintins e Terminal de Humaitá.
Todos
são administrados pelo Ministério dos Transportes, com exceção do Porto de
Manaus.
Todos
os municípios possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a maioria é
servida por aeroportos, havendo em Manaus e Tabatinga os
únicos aeroportos internacionais no Amazonas.
Existem
também aeroportos regionais, porém em poucos municípios, sendo o Aeroporto
Regional de Parintins e o Aeroporto Regional de Coari os mais
importantes, além dos aeroportos de Eirunepé, Lábrea e Tefé.
Poucas
rodovias são encontradas no estado, e em sua maioria estão situadas nos
arredores da capital.
A
principal destas é a BR-174, principal acesso de Manaus à Boa Vista,
capital de Roraima, e também principal via de ligação do Brasil à Venezuela e
aos países do Caribe.
NA BR 174 EM RORAIMA A PARTIR DAS 18 HORAS BRASILEIROS NÃO PASSAM, MAS O ACESSO É LIVRE AOS AMERICANOS, EUROPEUS E JAPONESES.
NA BR 174 EM RORAIMA A PARTIR DAS 18 HORAS BRASILEIROS NÃO PASSAM, MAS O ACESSO É LIVRE AOS AMERICANOS, EUROPEUS E JAPONESES.
NOTÍCIA DA BR - 174
NA
BR 174 EM RORAIMA A PARTIR DAS 18 HORAS BRASILEIROS NÃO PASSAM, MAS O ACESSO É
LIVRE AOS AMERICANOS, EUROPEUS E JAPONESES.
Você não
passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e
japoneses.
Desses 70%
de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande
burocracia e autorização da FUNAI.
Americanos
entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem
dos americanos então você pode entrar.
A maioria
dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria
não sabe falar português.
Na única
rodovia que existe em direção ao Brasil (BR - 174 - liga Boa Vista a Manaus,
cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km Reserva Indígena Waimiri Atroari) por onde você só
passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é
fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os
mesmos não sejam incomodados.
Dizem que é
comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras
americanas ou inglesas.
É comum se
encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que
veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas,
se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como
cupuaçu, açaí camu-camu etc., medicinais, ou componentes naturais para
fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas
japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da
Amazônia...
Pergunta que não quer calar - Os americanos vão
acabar tomando a Amazônia? e ouvi a mesma resposta em palavras
diferentes.
O pior é que
segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas
demarcadas têm o nome de nação indígena.
O que pode
levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas.
Fiquei
sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na
Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo
colombiano com o pseudo objetivos de combater o narcotráfico.
Por falar em
narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém
suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela.
Nenhuma
bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu
ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático).
Dizem que
tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito
fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Porque os americanos querem tanto proteger os índios.
A resposta é
absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animais e
vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro (encontram-se
pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas,
minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.
Outras
rodovias de destaque são a BR-319, que se inicia em Manaus e destina-se
à Porto Velho, encontrando-se quase que intransitável em muitos de seus
trechos devido a impasses e riscos ambientais; BR-230 (Rodovia
Transamazônica), iniciando em Cabedelo, no estado da Paraíba, e
finalizando em Lábrea; AM-010, de Manaus à Rio Preto da Eva e Itacoatiara;
e AM-258, de Manaus à Novo Airão.
Há
ainda a BR-317, no sul do estado, principal acesso ao Acre e ao Oceano
Pacífico, AM-070, AM-174 e AM-254.
Grande
parte das rodovias situadas no território estadual estão em condições
inadequadas de uso.
COMUNICAÇÃO
A
primeira publicação jornalística no estado do Amazonas surgiu em 1850, ano de
sua emancipação política, e chamava-se A Província do Amazonas.
O
jornal teve pouco tempo de duração, encerrando suas atividades em 1852.
Apesar
deste ter sido o primeiro periódico a circular na então província, a primeira
publicação a ser impressa no estado foi o jornal Cinco de Setembro, que
iniciou suas atividades em maio de 1851 e dedicava-se a publicar atos
governamentais, tais como anúncios sobre escravos fugitivos e as realizações
do Império brasileiro.
Além
destes dois, destacaram-se ainda os jornais O Argos, publicação lançada em 1870 e defensora dos interesses
republicanos, O Abolicionista do Amazonas, cujo surgimento deu-se em 1884
através de um grupo de mulheres que defendia o fim da escravidão na província
amazonense, e O Humaythaense, o primeiro jornal registrado no interior
do estado, lançado em 1891 em Humaitá, dedicado principalmente à economia
da borracha.
Também em Humaitá foi notável o jornal O Madeirense.
Também em Humaitá foi notável o jornal O Madeirense.
É
ainda, o jornal mais antigo em atividade na Amazônia e um dos mais antigos do
Brasil.
A
exemplo do Jornal do Commercio, outros jornais impressos de destaque, no
estado, são: A Crítica, lançado em 1949 por Umberto Calderaro Filho; Diário
do Amazonas, surgido em 1986; Amazonas Em Tempo, fundado em 1988; O
Estado do Amazonas, lançado em 2002; e Amazônia Oportunidades & Negócios,
também lançada em 2002.
Cultura
A
cultura amazonense tem seu referencial em três raízes étnicas bem distintas
entre si, sendo essencialmente de base ameríndia e européia.
A Secretaria de Estado da Cultura é
o órgão vinculado ao Governo do Estado do Amazonas responsável por
atuar no setor de cultura do estado.
O
estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia
Amazonense de Letras, fundada em 1918 e a Academia de Ciências e Artes do
Amazonas.
O Festival
Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo
uma grandiosa referência nacional.
Espaços Teatrais
É
um exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borracha.
O
Teatro Amazonas foi tombado como Patrimônio histórico em 28 de
novembro de 1966 e sedia eventos artísticos como o Festival
Breves Cenas de Teatro, Festival Amazonas de Ópera, Festival Amazonas de
Jazz, Festival de Teatro da Amazônia e Amazonas Film Festival.
Há
também, outros espaços de teatro na capital, Manaus, como o Teatro da
Instalação, um edifício oriundo da Belle-Époque e que chegou a sediar a Ópera
dos Três Vinténs.
Outros
espaços teatrais são o Teatro Américo Alvarez, Teatro Gerbes Medeiros, Teatro
Jorge Bonates e Teatro Luiz Cabral.
Festivais
O Festival
Folclórico de Parintins é um exemplo de turismo cultural.
Há
registros de diversos festivais nos municípios do estado.
Muitos
dos festivais mostram a influência do folclore da região.
O
de maior destaque é o Festival Folclórico de Parintins, que se realiza no
município de mesmo nome no fim do mês de junho e tem como atração
principal a modalidade competitiva entre o Boi Caprichoso, boi preto com a
estrela azul na testa, cujas cores são o preto e o azul, e o Boi Garantido,
boi branco com o coração vermelho na testa, cujas cores emblemáticas são o
vermelho e o branco.
O
festival organizado realiza-se desde a década de 1960, embora a criação
dos bois é oriunda do início do século XX.
Caracteriza-se
pela exposição dos ritos, costumes e histórias dos nativos, apresentados pelas
duas agremiações folclóricas.
Diversos
personagens podem ser vistos no festival, entre estes um apresentador oficial,
chamado de levantador de toadas; o amo do Boi; a sinhazinha da fazenda; os
elementos típicos da região e as lendas da Amazônia; a porta estandarte, a
rainha da festa e a Cunhãporanga, um mito feminino folclórico.
O
Boi Garantido foi criado por Lindolfo Monteverde, descendente de açorianos,
em 1913, e o Boi Caprichoso provavelmente foi criado no mesmo ano, por
Roque e Antônio Cid, migrantes do Ceará, e Furtado Belém.
As
duas figuras folclóricas, ao tempo de suas fundações, costumavam brincar em
terreiros e saíam nas ruas onde confrontavam-se com desafios e inevitáveis
brigas, dando origem à rivalidade existente até os dias atuais.
Há
registros de outras agremiações folclóricas em Parintins também chamadas de
bois, como o Boi Bumbá Campineiro, entretanto, apenas os bois Garantido e
Caprichoso permaneceram.
A
data de realização do evento popular, historicamente realizado nos dias 28, 29
e 30 de junho, foi modificada em 2005 por uma lei municipal,
transferindo-o para o último fim de semana do mês.
Além
de Parintins, há outros festivais nas cidades do estado: O Festival de
Ciranda de Manacapuru, uma manifestação folclórica surgida em 1985, que
consiste na disputa de cirandas, representadas pelas agremiações Flor
Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura.
O Festival
da Canção de Itacoatiara, um festival de música realizado desde 1985 em Itacoatiara;
Festa
do Guaraná, uma manifestação folclórica que apresenta lendas e mitos indígenas
do Amazonas, em Maués.
O Festival
do Mestiço, realizado nas cidades de Autazes, Careiro da Várzea e Manaus
e a Festa da Melancia, realizada em Manicoré.
Turismo e Artesanato
O
Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina,
prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante
a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009.
Em 2010,
em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como
satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas
estrangeiros.
Manaus,
capital estadual, é tida como o 7º melhor destino turístico no Brasil, conforme
pesquisa do TripAdvisor,
anunciada durante a 5ª edição do Travelers
Choice Destinations em 21 de maio de 2013.
De
acordo com a pesquisa, os maiores atrativos são os hotéis de selva, museus e
atrativos naturais, como reservas florestais.
O
artesanato do estado é originalmente de cultura indígena e possui traços da
biodiversidade da Amazônia.
Usa-se objetos e utensílios pessoais e domésticos, oriundos da floresta, como sementes de frutos, folhas, penas de aves, raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza.
A produção do artesanato dar-se-á em aldeias indígenas das tribos Tukano, Dessana e Baniwa, no Alto Rio Negro, e da tribo Tikuna e Kokama, no Alto Solimões.
Usa-se objetos e utensílios pessoais e domésticos, oriundos da floresta, como sementes de frutos, folhas, penas de aves, raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza.
A produção do artesanato dar-se-á em aldeias indígenas das tribos Tukano, Dessana e Baniwa, no Alto Rio Negro, e da tribo Tikuna e Kokama, no Alto Solimões.
Além
do artesanato feito com utensílios modelados da floresta, também é possível
encontrar produtos e cosméticos naturais produzidos a partir destas
ferramentas, em formato artesanal.
Culinária e Frutos
Considerada
a mais exótica do país a culinária amazonense é a que mais preservou
as origens ameríndias, tendo sofrido pouca influência européia e africana.
Os
principais ingredientes usados na composição dos pratos típicos do Amazonas são
os peixes de água doce, a farinha de mandioca (também chamada de farinha do
Uarini), jambu, chicória e frutas regionais.
Entre
os pratos tradicionais do estado, estão o Pirão, Tacacá, Caldeirada, Tucupi, Caboquinho, Chibé, Pirarucu à casaca, Leite de castanha, Paxicá e
Tucunaré de Forno , Vatapá sem Amendoim.
O
Amazonas, assim como a Amazônia, apresenta mais de uma centena de espécies
comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um
exótico sabor para as suas sobremesas.
O açaí,
fruto oriundo de uma palmeira amazônica, é o mais conhecido no mundo, em grande
parte devido ao suco feito com a polpa do fruto, conhecido como "vinho de
açaí" e comercializado em lojas no Brasil e exterior.
O Araçá-boi é
outro fruto nativo do Amazonas e da Amazônia Legal que tornou-se bastante
apreciado pelo mercado internacional.
O Cupuaçu,
fruto amazônico também muito conhecido, pertence à família das esterculiáceas e
acredita-se ser parente do cacau.
Outros
frutos de origem amazônica são o guaraná, o bacuri e o buriti.
O
guaraná é um arbusto cultivado principalmente em Maués, pertencente à
família Sapindaceae.
O
fruto possui grande quantidade de cafeína e estimulantes, sendo usado na
fabricação de xaropes, pós e refrigerantes.
O
bacuri é um fruto com polpa agridoce e ainda em ascensão.
O
buriti, além de comestível, é usado principalmente na fabricação de cosméticos
e remédios.
Há
outros frutos, tais como o Tucumã, Pupunha, Graviola, Bacaba, Patauá, Marimari e Camu-Camu.
Esportes
Acredita-se
que 1906 foi o primeiro ano em que partidas de futebol foram
registradas no Amazonas.
Essas
partidas ocorreram no Campo do Parque Amazonense, onde atualmente encontra-se
o Parque dos Bilhares, e foram iniciativas de marinheiros, empresários e
despachantes britânicos que imigravam para o Amazonas.
A
Copa Indígena consiste na disputa de clubes de futebol formado apenas por
etnias indígenas que disputam entre si.
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