quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

"HISTÓRIA DO AMAZONAS" - I - RIO AMAZONAS I

"AMAZONAS"

Rio Amazonas - 4

Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a maior delas em território, com uma área de 1.559.159,148 km², constituindo-se na nona maior subdivisão mundial, sendo o maior que as áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia somadas.

Seria o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco superior à Mongólia.

É maior que a Região Nordeste, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do estado norte-americano do Texas.

A área média de seus 62 municípios é de 25.335 km², superior à área do estado brasileiro de Sergipe.

O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km².

Pertencente à Região Norte do Brasil, é a segunda unidade federativa mais populosa desta macrorregião, com seus 3,8 milhões de habitantes em 2014, sendo superado apenas pelo Pará.

No entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital e sua maior cidade com dois milhões de habitantes em 2014, que concentra cerca de 60% da população do estado, e Parintins, com pouco mais de 110 mil habitantes.

O estado é, ainda, subdividido em 13 microrregiões e 4 mesorregiões.

Seus limites são com o estado do Pará ao leste; Mato Grosso ao sudeste; Rondônia e Acre ao sul e sudoeste; Roraima ao norte; além da Venezuela, Colômbia e Peru ao norte, noroeste e oeste, respectivamente.

Em 1850, no dia 5 de setembro, foi criada a Província do Amazonas, desmembrada da Província do Grão-Pará.

Os motivos que levaram à criação da Província do Amazonas foram muitos, em especial, a grandíssima área territorial administrada pelo Grão-Pará, com capital em Belém, e as tentativas fracassadas do Peru em ampliar suas fronteiras com o Brasil, com o apoio dos Estados Unidos.

O estado possui um dos mais baixos índices de densidade demográfica no país, superior apenas ao do estado vizinho, Roraima.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a densidade demográfica equivale a 2,23 habitantes por quilômetro quadrado.

Detém 98% de sua cobertura florestal preservada e um dos maiores mananciais de água doce do planeta, proveniente da maior rede hidrográfica do mundo.


Rio Amazonas-2Mapa Rio AMAZONAS- 3


A hidrografia do estado, entretanto, sofre grande influência de vários fatores como precipitação, vegetação e altitude.

Em geral, os rios amazonenses são navegáveis e formam sua maior rede de transporte.

Possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (empatado com o Amapá) e o maior PIB per capita entre todos os estados do Norte do Brasil.

A Região Metropolitana de Manaus, com população superior aos 2,2 milhões de habitantes e sendo a maior em área territorial do mundo, é sua única região metropolitana.

O PICO DA NEBLINA - 1


O Pico da Neblina, ponto culminante do Brasil, também se situa em território amazonense.

Etimologia

O nome Amazonas foi originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em todo o seu comprimento, em 1541.

Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado, e associando-as às amazonas da mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome.

Segundo etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba".

História

A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico do Pará.-1
A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico do Pará.

Primórdios

Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), todo o vale amazônico se encontrava nos domínios da Coroa espanhola.

A foz do rio Amazonas só foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón, um navegador espanhol que a alcançou em fevereiro de 1500, seguido por seu primo Diego de Lepe, em abril do mesmo ano.

Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico.

A viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, as icamiabas, que, das margens do rio Marañón, disparavam-lhes flechas e dardos de zarabatanas.

O mito de mulheres guerreiras às margens do rio difundiu-se nos relatos e livros, sem escopo popular algum, mesmo assim fazendo com que aquelas regiões viessem a receber o nome das guerreiras da mitologia grega, as amazonas, entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como rio das Amazonas.

Ainda no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana.

Pedro de Ursua, vindo do Peru, também navegou o Amazonas, em busca do lendário Eldorado (1559-1561).

Ursua foi assassinado a meio caminho, e a expedição prosseguiu comandada por Lopo de Aguirre, que chegou ao oceano em 1561.

Como resultado dessa jornada os espanhóis decidiram, cientes das dificuldades de conquistar tão vasto espaço, adiar a tarefa de colonizá-lo.


Expedições de Orellana e Pedro Teixeira-1

As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde a foz (à direita) até o Equador (à esquerda).

Quase de imediato os ingleses e os holandeses, que disputavam o domínio da América aos ibéricos, entregaram-se à exploração do Amazonas, lançando aí as primeiras bases de implantações coloniais, através do levantamento de feitorias e pequenos fortes, em 1596, chamadas de "drogas do sertão".

Ainda assim, a região não possuía uma ocupação efetiva.

Até o segundo decênio do século XVII, quando os portugueses começaram a ultrapassar a divisória de Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessingen promoviam um ativo comércio de madeiras e pescado, iniciando mesmo plantios de cana, algodão e tabaco.

Os próprios governos passaram a estimular abertamente a empresa.

Robert Harcourt obteve carta-patente de Jaime I da Inglaterra para explorar o território do Amazonas com seus sócios (1612).

Somente durante a Dinastia Filipina (1580-1640) a Coroa hispano-portuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças de Belém do Grão-Pará (atual Belém em 1616), sendo dignas de registro a expedição do Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com setenta soldados e 1.200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes (1637-1639), e logo em seguida a de Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651.

Presença dos missionários

Busto de Francisco de Orellana, o descobridor europeu do rio Negro.

Busto de Francisco Orellana-1

Na virada do século XVII, balizava-se na Amazônia o domínio português, devido ao posto avançado de Franciscana, a oeste, e por fortificações em Guaporé, ao norte da região.

Os franceses, instalados em Caiena, tinham como objetivo descer o litoral para alcançar o Amazonas, instigando surtidas constantes de sacerdotes, pescadores e predadores de índios.

Assim, as expedições lusas de reconhecimento enfrentavam grandes dificuldades na atual região do Amazonas: no rio Negro, os manaós, tidos como índios valentes e resistentes, coligaram-se com tribos vizinhas, e os torás, na bacia do Madeira, entregavam-se a guerra de morte contra sertanistas e coletores de especiarias.

Na zona do rio Solimões, a penetração portuguesa acabou por se defrontar com missões castelhanas, dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz.

Por ordens vindas de Lisboa, as forças militares invadiram o território das missões espanholas, expulsando os padres e soldados que as amparavam.

Como efeito, entre 1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José Antunes da Fonseca apossaram-se do Solimões, enquanto Francisco de Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto Madeira e Belchior Mendes de Morais invadia a bacia do Napo.

O imenso espaço conquistado tornou-se produtivo.

A coroa portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o trabalho missionário na área.

Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território amazonense.

Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região.

Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos.


Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como escravos.


A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território.

Mapa 1562 - Região Rio Amazonas1
Mapa de 1562 da região do Rio Amazonas.

Foram os carmelitas, juntamente com os inacianos e mercedários, que mais aprofundaram a colonização nos antigos domínios espanhóis, ocupando a área atual do estado do Amazonas.

Espalhava-se as missões jesuíticas pelo vale contíguo do Tapajós e, mais a oeste, pelo Madeira, enquanto os mercedários se estabeleceram próximo à divisa com o Pará, nos cursos do Urubu e do Uatumã.

Os carmelitas disseminaram seus aldeamentos ao longo do Solimões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual estado de Roraima.

Objetivando converter os gentios à fé católica e de ampliar o comércio de especiarias, os religiosos transferiam suas missões de um ponto a outro com freqüência, seguindo sempre a margem dos rios.

Da multiplicidade desses aldeamentos, surgiram dezenas de povoados, a exemplo de Cametá, no deságue do Tocantins; Airão (hoje Velho Airão, uma cidade fantasma); Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; Santarém, na foz do Tapajós; Faro, no rio Nhamundã; Borba, no rio Madeira; Tefé, São Paulo de Olivença e Coari, no Solimões; e em continuação, no curso do Amazonas, Itacoatiara e Silves.

A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas.

Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios.

A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola, por representar via de acesso ao Vice-reino do Peru, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas.

É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da Capitania do Grão-Pará, João Pereira Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias espanholas do Orinoco (Venezuela), de Quito (Equador), e do Peru, comércio esse que antes se fazia com a Colônia do Sacramento (Instrução Secretíssima, c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro).

A assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o Consulado Pombalino (1750-1777) e durante o século XIX, legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.

Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a Capitania Real de São José do Rio Negro pela Carta-régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790.

No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808.

À época da Independência do Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaram-se independentes, estabelecendo um Governo Provisório.

A região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como Comarca do Alto Amazonas em 1824.

Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5 de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851.

A partir do século XIX, o território começou a receber migrantes nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior província brasileira.

Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus,Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.

Capitania junto com Grão-Pará

Províncias imperiais do Brasil em1822.-1
Províncias imperiais do Brasil em 1822.

O que hoje é reconhecido como Amazônia, nos primeiros anos do século XVII era denominado Estado do Maranhão e a única cidade existente era a de São Luís, que concentrava todo o poder do Estado.

As regiões central e oeste foram ocupadas apenas por ordens religiosas que subdividiram em áreas de missões e aldeamentos de atuação de Jesuítas, Carmelitas, Dominicanos e Franciscanos, o que variou ao longo do tempo, particularmente, desde o fim da Companhia de Jesus, em meados do século XVIII.

Ao tempo em que as Ordens Religiosas dominavam o interior do vale Amazônico, o Governo do Estado do Maranhão promovia a distribuição de terras para particulares fundarem suas capitanias.

Nesse contexto, capitanias de duas naturezas diferentes foram fundadas: As Capitanias da Coroa ou Reais, e as Capitanias Particulares.

O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida de São Luís para Belém do Pará.

O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área.

Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754.

Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará.

As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o Mato Grosso.

O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos.

No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia local.

Em 1757 tomou posse o primeiro governador da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa).

A ocupação e povoamento do Amazonas deu-se de maneira esparsa, por conta da vegetação densa.


Casa de Caboclo - 1
Casa de Caboclo na beira do rio.

Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado.

Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas.

Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas.

Em 1821, Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará.
No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.

Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Borba, Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro.


A capital foi situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821).

Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará.

A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas.

Com a Cabanagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta.


Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se definitivamente do Pará.

Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em 1856.

Em 10 de julho de 1884, o Amazonas tornou-se a segunda província no império brasileiro a abolir a escravatura, após a Província do Ceará, e quatro anos antes do país conceder liberdade aos escravos, com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel do Brasil.33 34 35 A lei foi assinada pelo presidente da província, Teodureto Souto.

Na ocasião, cerca de 1,5 mil escravos foram libertados na província.


Ciclo da Borracha

A partir de 1890, Manaus, que já se ostentava como capital do estado administrativo, experimentou um grandíssimo avanço populacional e econômico, resultante principalmente da exportação de matéria prima oriunda e até então, exclusiva da Amazônia.

Com as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha natural (Hevea brasiliensis), a capital amazonense recebeu grandes obras como o Porto de Manaus, o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Reservatório do Mocó, a primeira rede de energia elétrica e os serviços de transporte coletivo em bondes.

Antiga Biblioteca Pública do Estado do AMAZONAS - 1
Prédio da antiga Biblioteca Pública do Estado do Amazonas.

Foi construído com a riqueza proveniente do Ciclo da Borracha.

Tida como uma referência internacional, Manaus tornou-se símbolo de prosperidade e civilização, sendo palco de importantes acontecimentos artísticos e culturais.

Floresceu então, o comércio de produtos luxuosos e supérfluos, com homens e mulheres de todo o mundo desfilando por suas ruas e avenidas, na sede da compra do "Ouro Negro", como era chamada a borracha natural, para revenderem com grandes lucros nas principais capitais da Europa e nos Estados Unidos.
A partir de 1910, tempos difíceis iniciam-se para a cidade, devido à forte concorrência da borracha natural plantada nos seringais da Malásia, que chega aos mercados europeu e americano com vantagens superiores, o que acaba por decretar a falência da economia amazonense.

Zona Franca de Manaus


Criação da Zona Franca de Manaus - 1967
Criação da Zona Franca de Manaus - 1967

Zona Franca de Manaus-1

A Zona Franca de Manaus
 (também chamada de Polo Industrial de Manaus ou Polo Industrial da Amazônia Brasileira) foi um projeto de desenvolvimento sócio-econômico implantado através da Lei Nº 3.173 de 6 de junho de 1957, que reformulava, ampliava e estabelecia incentivos fiscais para implantação de um pólo industrial, comercial e agropecuário numa área física de 10 mil km², tendo como sede a cidade de Manaus.

Apesar da aprovação em 1957, tal projeto só foi de fato, implantado, pelo Decreto-Lei Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967.

O projeto foi implantado pelo Regime militar brasileiro.

A princípio, os benefícios desse projeto se estendiam à Amazônia Ocidental, formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.

Em 20 de agosto de 2008, foi criada a Área de Livre Comércio de Macapá, que foi incluída no Conselho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e assim, o Amapá recebeu o mesmo benefício destinado aos estados.

A criação da Zona Franca de Manaus visava promover a ocupação populacional dessa região e elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade, além de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e sustentabilidade da biodiversidade presente.

Em seus 44 anos de existência, a história do modelo da Zona Franca de Manaus é dividida em quatro fases: A primeira, de 1967 a 1975, caracterizava a política industrial de referência no país pelo estímulo à substituição de importações de bens finais e formação de mercado interno; a segunda, de 1975 a 1990, caracterizou-se pela adoção de medidas que fomentassem a indústria nacional de insumos, sobretudo no estado de São Paulo; a terceira, de 1991 e 1996, entrou em vigor a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior, marcada pela abertura da economia brasileira, redução do Imposto de Importação para o restante do país e ênfase na qualidade e produtividade, com a implantação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBPQ) e Programa de Competitividade Industrial; e a quarta e última, de 1996 a 2002, marca sua adaptação aos cenários de uma economia globalizada e pelos ajustes demandados pelos efeitos do Plano Real, como o movimento de privatizações e desregulamentação.

História Recente

Ao longo da década de 1990, o Amazonas destacou-se por ser um dos estados brasileiros de maior crescimento populacional e econômico.

Manaus, capital do estado, figura como uma das cinco capitais brasileiras com maior crescimento populacional, com 2,51% de crescimento anual.

Em dez anos, o estado registrou 28,22% de crescimento populacional, passando de 2,8 milhões em 2000 para 3,4 milhões em 2010.
Em relação à história recente no fator econômico, o estado integra o chamado "grupo intermediário", que fica entre o "grupo com maior participação" e o "grupo com menor participação", na economia do país, respondendo por 1,6% desta.

Nos anos de 2005 e 2010 o estado foi afetado por uma forte estiagem, sobretudo na região sudoeste, na divisa com o Acre.

A estiagem caracterizou-se por possuir o menor índice pluviométrico dos últimos 40 anos, ultrapassando períodos como as secas de 1925-1926, 1968-1969 e 1997-1998, até então consideradas as mais intensas.

Neste período, o transporte hidroviário foi dificultado, populações ribeirinhas foram isoladas e houve um surto de cólera, vitimando cerca de 159 pessoas, além de prejuízos econômicos.

Em abril de 2008, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou a nova delimitação da fronteira do Amazonas com o Acre.

Assim, o território amazonense reduziu-se em 11.583,87 km².

A área perdida corresponde a mais da metade de todo o território do estado de Sergipe, cerca de 7,5% do território do Acre e pouco mais de 0,7% da área do Amazonas.

Com a mudança, sete municípios amazonenses - Atalaia do Norte, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini - perderam território e parte da população para municípios do Acre.

Atualmente, o Amazonas divide-se em 62 municípios.

O atual governador é José Melo, que exerce o cargo desde 1° de abril de 2013.

Geografia

Pico da Neblina, o ponto mais elevado do país, localizado em Santa Isabel do Rio Negro.

O estado do Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de 1.559.159,148 km².

Grande parte dele é ocupado por reserva florística e pela água.

O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea.

Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80 %, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.


Faz parte da Região Norte do Brasil, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.

O Amazonas é o único estado do Brasil a ter dois fusos horários.

A maior parte de seu território está no fuso UTC-4 (com quatro horas a menos que o horário de Greenwich (GMT), e uma hora a menos em relação ao horário de Brasília).

Treze municípios no terço oeste do estado estão no horário UTC-5. São eles: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga.

Relêvo



Mapa Relêvo do Brasil - 3

Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude.

Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 2 993,78 metros, e o pico 31 de Março, com 2 972,66 metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro.

Há uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados do Brasil.

O estado está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de largura média.

Isso faz do estado o maior em relação às terras baixas no Brasil.

O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.

Geologia


Mapa Geológico da AMAZONIA-1
Mapa Geológico da AMAZÔNIA


Estruturas geológicas Brasil - 1
Estruturas geológicas Brasil 


Mapa de Riquezas da Amazonia - 2
Mapa de Riquezas da Amazônia

Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal estudar as potencialidades do solo do estado.

De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres.

Entretanto verifica-se, principalmente no interior do estado, uma região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita.

Ainda de acordo com o estudo, no estado encontra-se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo.

O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional.

Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva superior à 400 mil toneladas nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira.

O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.

 Clima




Bacia Hidrográfica da Amazônia - 2
Bacia Hidrográfica da Amazônia

Bacia Hidrográfica da Amazônia - 1
Bacia Hidrográfica da Amazônia 

Complexo da Região Hidrográfica do rio Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo.

No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante também na Amazônia.

As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e o clima é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do estado com a Linha do Equador.

Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma grande evaporação, transformando-as em chuvas.

A temperatura média no estado é elevada, atingindo 31,4°C.

Em alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 °C e 27 °C e em outros pontos da porção leste essa média de 26 °C.

A menor temperatura já registrada foi de 7,0 °C, em Boca do Acre, em 1975.

A umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores registradas no Brasil.

O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados.

Entre os meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul e parte do centro do estado.

Quando estas ocorrem, as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10°C.

Na região leste amazonense, registra-se uma pequena estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2.500 mm ao ano.

As temperaturas nesta região chegam a 26°C.

Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera.

Vegetação

Mapa Vegetação Amazônia- 1
Mapa Vegetação Amazônia

Vegetação de terra firme, várzea e igapós, em Careiro da Várzea.

Na vegetação do estado, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós.

Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a Hileia Amazônica, que apresenta uma rica e complexa diversidade na composição da flora do estado e se faz presente em todo o seu território.

Os solos de terra firme situam-se em terras altas, geralmente distantes dos grandes rios.

São formadas por árvores alongadas e finas, que possuem, geralmente, grande quantidade de madeira de alto valor econômico.

Há ainda espécies como a castanha-do-pará, as palmeiras e o cacauareiro, que também são encontradas em solos de terra firme.

Os solos de terra firme são vermelhos, por se tratar de uma região úmida e de alta temperatura, e seus elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura.

Até a década de 1970, acreditava-se que os solos da região eram os mais Lixiviados, ácidos e pobres do planeta.

A cor avermelhada ou amarelada encontrada nos solos era um indicativo de óxidos de ferro, o que passou a ser referência da evidência de que os solos da Amazônia se tornariam laterita, uma substância vista como pedregosa, com o desmatamento e alteração da vegetação.

As matas de várzea são próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios.

Apresentam maior variedade de espécies.

Seus solos são os mais férteis da região.

São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios.

A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira.

São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.

As matas de igapós estão situadas em áreas baixas, próximas ao leito dos rios.

Durante quase o ano todo, permanecem inundadas.

São compostas principalmente por árvores altas, que possuem, por sua vez, raízes adaptadas às regiões alagadas.

Hidrografia 

                                 Bacia Hidrográfica Amazônia - 3
Bacia Hidrográfica Amazônia

Rio Negro e Rio Solimões - 2Encontro das águas - Rio Negro e Solimões - 3

O encontro dos Rios Negro e Solimões, próximo à Manaus.

O fenômeno é conhecido como Encontro das Águas.

Os rios Negro e Solimões possuem diferentes densidades.

Esta é a razão por não se misturarem.

O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão.

O rio Amazonas, que dá nome ao estado, é o principal de seus rios, com 7.025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico.

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas.

O fenômeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro, sendo uma das principais atrações turísticas do estado.

O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas.

Nasce na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700 quilômetros.

Entra em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões, sendo chamado de rio Amazonas a partir daí.

Apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação.

Por conta disso, a água mostra-se numa coloração escura.

Além do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés.

Todos estes são integrantes da Bacia Amazônica.

O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de Amazonas e Rondônia.

Possui extensão de 1 450 km e é a principal linha divisória entre Brasil e Bolívia; O rio Purus possui 1 175 km e nasce no Peru.
Está situado no sul do estado.

O rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui 3 350 km de extensão e banha, além do Amazonas, os estados de Acre e Roraima.

Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Roraima, não apresenta condições de navegabilidade; O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros.

Nasce na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas.

É conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina; O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito.

Nasce na Colômbia e possui 730 km em território brasileiro.

Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí.

Ecologia

No estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de Proteção Integral (UCPI) e Unidades de Conservação de Uso Sustentável (UCUS) possuíam, juntas, uma área de 369.788 km², equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul.

Essa área correspondia a 23,5% do território do Amazonas.

Individualmente, as Unidades de Uso de Proteção Integral representavam 7,8% da área territorial amazonense, e as Unidades de Uso Sustentável representavam 15,8% desse total.

Comparando a extensão de Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, o estado possui a segunda maior extensão, superado apenas pelo Pará, com seus 403.155 km².

A maior parte delas era administrada pelo governo estadual.

A criação de Unidades de Conservação (UC) nos estados da Amazônia deu-se a partir da década de 2000.

Até então, a criação e demarcação de tais locais dava-se apenas em áreas remotas dos estados.

Grande parte destes foram criados com o intuito de auxiliar a regularização fundiária e desincentivar o avanço do desmatamento em áreas de grande concentração populacional.

Das Unidades de Conservação criadas a partir de 2003 no estado, 58% delas eram de uso sustentável, e 33% foram criadas em regiões de grande avanço populacional.

Em dezembro de 2010, apenas 24% das UCs possuíam plano de manejo aprovados por seus conselhos gestores, enquanto 50% destas não possuíam tal plano.

Há ainda de se destacar que o número de conselho gestores nestas unidades é baixo: 48% delas possuíam conselhos gestores, deliberativos ou consultivos, enquanto outras 45% não possuíam e eram administradas unicamente pelo órgão estadual ou federal.

A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves, répteis e primatas.

O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais.

Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a maior unidade de conservação em área alagada do país, localiza-se no estado.

Foi criada em 1996 e está situada nos municípios de Fonte Boa, Maraã e Uarini.

Parques Nacionais

Parque do Juruena - Cachoeira Salto Augusto - 1
Cachoeira de Salto Augusto, localizada no Parque do Juruena.

Ao menos três dos principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas.

O principal deles é o Parque Nacional do Jaú, criado em 1980, através do decreto-lei nº 85 200.


Parque Nacional do Jaú -2


Parque Nacional do Jaú -1


Parque Nacional do Jaú -3

Possui 2,272 milhões de hectares de área e está situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos.

É o maior parque nacional do Brasil e o maior de floresta tropical úmida no mundo.

A temperatura média local é de 27 °C.

É administrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Também são notáveis os parques da Amazônia e do Pico da Neblina.


Parque Nacional da Amazônia -2


Parque Nacional da Amazônia -1

O Parque Nacional da Amazônia foi criado pelo decreto-lei nº 73 683 em 19 de fevereiro de 1974 e está situado entre o Amazonas e Pará.

Parque Nacional do Pico da Neblina -1
Parque Nacional Pico da Neblina - 2
















A criação do Parque Nacional do Pico da Neblina ocorreu em 1979 pelo decreto-lei nº 83 550.

Sua área é de 2,2 milhões de hectares e está situado no município de São Gabriel da Cachoeira.

Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3 014 metros.

Parques Estaduais

Há diversos parques estaduais no estado, quase todos administrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

Os principais parques estaduais no Amazonas são o Parque Estadual Nhamundá, o primeiro parque de caráter estadual no estado, instituído pelo decreto-lei nº 12 836 em 1990, com uma área de 195,9 mil hectares.


Parque Estadual de Nhamundá - 1
Parque Nacional Nhamundá -2

Município Nhamundá e Parque Estadual -3

Situa-se no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais, além de florestas de terra firme, com planícies e serras.

Seu acesso é feito por via fluvial; Parque Estadual Serra do Aracá, criado em 1990, através do decreto-lei nº 12 836, situado em Barcelos e ocupando uma área de 1. 8187 milhões de hectares - 15% da área do município; Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado em Novo Airão e com área de 178 620 hectares.

Demografia

Foi estabelecido pelo decreto-lei nº 16 497 de 2 de abril de 1995 e engloba 5% da área do município.

Abriga as ruínas da cidade fantasma de Velho Airão e sítios arqueológicos; Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, situado entre Manaus e Novo Airão e criado através do mesmo decreto-lei do parque anterior.


Parque Estadual do Rio Negro Setor Norte - 2
Parque Estadual do Rio Negro Setor Norte

Ocupa uma área de 257 422 hectares, ocupando cerca de 4% da área do município de Manaus.

É usado para o ecoturismo e habitado por comunidades tradicionais, como caboclos e ribeirinhos.

Destacam-se ainda os parques de Sumaúma, a única unidade de conservação estadual em área urbana no Amazonas, situada em Manaus, no bairro Cidade Nova e instituída em 2003; Sucunduri, com 808.312,179 hectares, criada em 2005 em Apuí; Cuieiras, com 55,8 mil hectares; Guariba, possuindo 72.296,331 hectares e criado em 2005 em Manicoré, no sul do estado; e Matupiti também no sul do estado.

De acordo com o Censo brasileiro de 2010, realizado pelo IBGE, o Amazonas era habitado por 3.483.985 habitantes, sendo que haviam 2.755.490 habitantes em área urbana (78,4%) e 728.495 habitantes em área rural (17,3%).

Quanto à questão de gênero, haviam 1.753.179 homens e 1.730.806 Mulheres.

Foram identificados 902.780 domicílios, sendo que apenas 801.640 deles eram ocupados, gerando um déficit habitacional de 101.140 domicílios.

A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas.

A capital, Manaus, é a maior cidade da região Norte, com 1,9 milhão de habitantes.


Posição
Localidade
Mesorregião
Pop.
Posição
Localidade
Mesorregião
Pop.

1
Manaus
Centro
1 982 179
11
Iranduba
Centro
44 503


2
Parintins
Centro
109 225
12
Lábrea
Sul
41 600


3
Itacoatiara
Centro
94 278
13
São Gabriel da Cachoeira
Norte
41 575


4
Manacapuru
Centro
91 795
14
Borba
Sul
38 073


5
Coari
Centro
81 325
15
Benjamin Constant
Sudoeste
37 564


6
Tefé
Centro
62 885
16
Autazes
Centro
35 554


7
Tabatinga
Sudoeste
58 314
17
Careiro
Centro
35 431


8
Maués
Centro
57 663
18
São Paulo de Olivença
Sudoeste
34 963


9
Manicoré
Sul
51 331
19
Nova Olinda do Norte
Centro
33 829


10
Humaitá
Sul
49 137
20
Eirunepé
Sudoeste
33 127



                                                                              MANAUS - 1

MANAUS -2

Ano
Habitantes
1872
57.610
1890
147.915
1900
249.756
1920
363.166
1940
438.008
1950
514.099
1960
708.459
1970
955.235
1980
1.430.089
1991
2.103.243
1996
2.389.279
2000
2.813.085
2006
3.311.026
2007
3.221.940
2008
3.341.096
2009
3.393.369
2010
3.480.937
2011
3.538.359
2012
3.590.985
Fonte:
IBGE
ETNIAS -1                                                       
                                       
Etnias 



Pardos
 
68,98%

Brancos
 
21,21%

Indígenas
 
4,80%

Pretos
 
4,09%

Amarelos
 
0,91%







ETNIAS -2

Em 2013, conforme com estimativas da mesma instituição, a população do estado atingiu 3.873.743 habitantes.

A população deste representa 22% da população da região Norte e 1,8% da população brasileira.
No estado, 165.920 habitantes não são naturais da unidade federativa.

A maior parte dos migrantes que vivem no estado são oriundos de outros estados da própria Região Norte brasileira.

Além destes, migrantes vindos do Nordeste somam 87.846 habitantes, migrantes vindos da Região Sudeste somam 30.431 habitantes e migrantes vindos da Região Sul somam 12.183 habitantes.

O estado possui ainda, a maior população estrangeira na Região Norte e a oitava maior população estrangeira no Brasil.

São 9 777 habitantes no estado que possuem alguma nacionalidade que não seja a brasileira.

O Pará responde pela segunda maior população estrangeira no Norte do país (5.291 imigrantes), seguido de Rondônia, com 4.689 imigrantes.

Na questão de alfabetização, habitantes do estado com mais de 5 anos de idade alfabetizados totalizavam 2.670.173 pessoas.

Pelo menos 791.162 habitantes afirmaram serem portadores de algum tipo de deficiência permanente, destacando-se a deficiência motora, com 38.509 deficientes declarados.

Destacando a questão do estado civil, haviam 1.948.604 pessoas com mais de 10 anos de idade solteiras, 640.437 pessoas com mais de 10 anos de idade casadas, 74.287 pessoas viúvas, 41.698 divorciadas e 23.116 pessoas desquitadas ou separadas judicialmente.

Há de se destacar que 699.439 pessoas declararam viver em união consensual.

Ainda de acordo com o censo de 2010, 791.162 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência.

A deficiência mental ou intelectual apresentou-se em 38.509 habitantes, enquanto outros 149.796 habitantes declararam possuir alguma deficiência motora.

124.737 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência auditiva, enquanto outros 530.296 habitantes possuem deficiência visual.

Os habitantes que declararam não possuir nenhum tipo de deficiência somam-se 2 692 764 habitantes.

O estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do século XX, devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo Industrial de Manaus, na década de 1960.

O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional.

Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2%.

No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu 2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%.

O censo demográfico de 2010 do IBGE, apontou que o estado cresceu 23,84% em população entre 2000 e 2010 e que o mesmo mantém um aumento populacional de 2,16% ao ano.

A composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens.

Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, em junho de 2013 o estado possuía 2.196.182 eleitores.

Durante cem anos, de 1810 a 1910, um relevante número de migrantes e imigrantes espalharam-se por diversas cidades e povoados da Amazônia, principalmente entre Belém e Manaus.

Eram em grande parte, atraídos pelo ciclo da borracha. Entre os migrantes, destacou-se principalmente os nordestinos, e entre os imigrantes, destacavam-se os árabes e japoneses.

Os japoneses entretanto, chegaram ao Amazonas somente a partir de 1923.

Com o fim do ciclo da borracha, o Governo do Amazonas cedeu 1,030 milhão de hectares a serem divididos entre os imigrantes japoneses que desejassem fazer cultivo do solo da região, como forma de movimentar a economia do estado em crise.

Os primeiros imigrantes dirigiram-se a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara, Presidente Figueiredo e Manaus.

Até então, Maués era a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles iniciaram o cultivo do guaraná.

Porém, em 1941, houve uma epidemia de malária que vitimou várias famílias.

Outras famílias destinaram-se a Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com os "koutakusseis", jovens europeus estudantes de agronomia, provenientes de famílias de classe alta que imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre.

Estima-se que existam no Amazonas 5.000 descendentes de imigrantes japoneses.

Etnias

A população do Amazonas é composta basicamente por pardos, brancos e indígenas.

A forte imigração no final do século XIX e início do século XXI trouxe ao estado pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo.

Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns milhares se fixaram no estado do Amazonas, destacando-se os portugueses e japoneses.

Os portugueses que chegaram ao estado destinaram-se sobretudo à Manaus, e passaram a dedicar-se ao comércio.

Por volta de 1929, chegaram os primeiros japoneses, que passaram a viver em municípios como Maués, onde trabalhavam no cultivo do guaraná para uso medicinal, e Parintins.

Há ainda, uma crescente imigração de haitianos.

O município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do estado, é o município com maior população indígena no país.

Em 2010, o percentual de população indígena do município foi de 76,31%.

Além deste, Boa Vista do Ramos registra o maior percentual de população parda no estado e o terceiro do país, com 92,40% autodeclarados pardos no censo de 2010. 

Manaquiri também destaca-se por ser o quinto município brasileiro com maior população amarela, 6,26% do total de sua população.

Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do Censo demográfico de 2010, promovido pelo IBGE, a população do estado divide-se da seguinte forma, na questão étnica: Pardos (77,2%), brancos (20,9%), pretos (1,7%) e amarelos ou indígenas (0,2%).

Nenhum outro estado no Brasil tem maior população indígena do que o Amazonas, divididos em 65 etnias.

Além disso, o estado figura com o maior percentual de população parda no Brasil.

Entre os que se autodeclaram pardos, o mais característico é o caboclo.

Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do século XIX, também miscigenou-se com nordestinos.

Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também mestiçados com a população cabocla.

O Dia do Mestiço (27 de junho) e o Dia do Caboclo (24 de junho) são datas oficiais no estado.

Em 29 de dezembro de 2011, o município amazonense de Autazes estabeleceu o dia 27 de junho como feriado municipal, em reconhecimento à identidade mestiça.

Em 28 de agosto de 2012, outro município do estado, Careiro da Várzea, também decretou feriado municipal o dia 27 de junho pelo Dia do Mestiço.

Os dois municípios são os únicos no Brasil a homologar em forma de feriado a ênfase da população parda.

São Gabriel da Cachoeira, na microrregião de Rio Negro, é um dos três únicos municípios brasileiros a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município, desde 2002.

Bandeira do Amazonas


Bandeira do AMAZONAS - 1
A bandeira do Estado do Amazonas remonta ao século XIX, especificamente à década de 1890.

Em 1897, esta representou o Batalhão Militar do Amazonas na Guerra de Canudos e tornou-se seu símbolo oficial.

Naquele ano, o Batalhão Militar Amazonense integrou-se oficialmente às forças dos demais estados naquela luta.
A bandeira apresenta as cores azul, branca e vermelha, associadas à época de preparação da bandeira, para que fosse levada aos campos de combate em Canudos; e possui um retângulo azul no lado esquerdo, onde são aplicadas 25 estrelas em prata, simbolizando o número de municípios que existiam no estado em 4 de agosto de 1897.
O retângulo ao lado esquerdo também indica o momento histórico do embarque das tropas para Canudos, tendo sido depois lançado no artigo 7.º, inciso VI da lei.
Há uma estrela de primeira grandeza situada ao centro do retângulo, simbolizando Manaus, a capital.108
Borba, Silves, Barcelos, Maués, Tefé, Parintins, Codajás, Itacoatiara, Coari, Manicoré, Barreirinha, São Paulo de Olivença, Urucará, Humaitá, Fonte Boa, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Canutama, Manacapuru, Urucurituba, Carauari e São Felipe do Juruá (atual Eirunepé) são os municípios representados na bandeira.
À época de sua criação, apenas estes municípios eram existentes no estado, e mesmo com a emancipação dos demais não foram sendo acrescentadas estrelas à bandeira. Além destes, há uma estrela representando a localidade de Moura (atualmente um distrito de Barcelos) que perdeu o status de município no século seguinte.
A capital de Roraima, Boa Vista, também é representada na bandeira amazonense, tendo em vista que o município ainda era parte do Amazonas no século XIX.
A bandeira do estado consolidou-se pela Lei n.º 1.513, de 14 de janeiro de 1982, tendo sido regulamentada pelo Decreto n.º 6.189, de 10 de março de 1982.

Brasão

Brasão do Estado do Amazonas - 1
O brasão do estado.

Por ato do Governo Provisório da República, foi constituído o Brasão do Amazonas, sendo restabelecido com as formas originais tempos depois.

O brasão é uma indicação à confluência dos rios Negro e Solimões.

O campo azul representa o céu brasileiro; a estrela no canto esquerdo é uma indicadora da paz e progresso; o campo verde representa as florestas do estado; e as duas setas e duas penas entrelaçadas e cruzadas são uma referência à civilização moderna.

O sol e a águia amazonense, visto no alto, simbolizam a grandeza e força.

Do lado direito, pode-se ver os emblemas da indústria; e do lado esquerdo, os emblemas do comércio e agricultura, como parte da economia do estado.

As datas de 22 de junho de 1832 e 21 de novembro de 1889 fazem lembrar a independência do Amazonas pelas armas e a adesão do estado à República do Brasil, ambas ocorridas no século XIX.

A junção dos rios Negro e Solimões, mostrada no brasão, é um símbolo da lealdade do Amazonas à República.

O brasão de armas do Estado do Amazonas foi instituído em 21 de novembro de 1897, pelo Decreto nº 204, sendo firmado pelo governador do Estado, José Cardoso Ramalho Júnior, e regulamentado em 16 de setembro de 1987, pelo Decreto nº 10.534.

Mapa do Amazonas com Mesorregiões Oficiais



Mapa do Amazonas com Mesorregiões Oficiais - 1


Mesorregião constitui-se numa subdivisão dos estados brasileiros, congregada por diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais.

Essa subdivisão foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos, não constituindo, portanto, uma entidade política ou administrativa.

Oficialmente, as quatro mesorregiões do estado são:Centro Amazonense, Sul, Sudoeste e Norte Amazonense.

Já uma microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual.

O Amazonas é dividido oficialmente em treze microrregiões: Alto Solimões, Boca do Acre, Coari Itacoatiara, Japurá, Juruá, Madeira, Manaus, Parintins, Purus, Rio Negro, Rio Preto da Eva e Tefé.

É formado pela união de sessenta e dois municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.

O Governo do Amazonas divide o estado em seis regiões: Região Metropolitana de Manaus, Baixo Amazonas, Alto Solimões, Alto Rio Negro, Calha do Juruá e Purus.

Economia

Porto - Município de Manaus - 1
Porto no município de Manaus.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas é o 14º maior do país, destacando-se na área industrial.

Extração de látex no município de Eirunepé - 1
Extração de látex no município de Eirunepé.

Alertas Deter Nov-2013 e Jan-2014 - 1
Degradação da Floresta Amazônica ( KM2) -1
Degradação da Floresta Amazônica- 2007 á 2013 ( KM2)

Taxas de Desmatamento da Amazônia 2004 a 2013 - 2
Taxas de Desmatamento da Amazônia 2004 á 2013.


Exportações do Amazonas - (2012)

Quanto a sua pauta de exportação, é representada principalmente por motocicletas (20,60%), outros preparos comestíveis (20,28%), telefones (13,81%), navalhas e lâminas de barbear (12,46%) e compostos de materiais preciosos (3,83%).

Na lavoura temporária são produzidos abacaxi, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, juta, malva, mandioca, melancia, milho, soja, tomate e trigo.

Já na lavoura permanente produzem-se abacate, banana, borracha natural (látex), cacau, café, coco, dendê, goiaba, guaraná, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, palmito,pimenta-do-reino, tangerina e urucum.

Em relação à indústria madeireira, produzem-se carvão vegetal, lenha e madeira em tora.

Na silvicultura, o estado produz produtos alimentícios como o açaí, castanha-do-pará (também chamada castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia) e umbu, além de látex coagulado e produtos oleaginosos.

Há também produção de fibras, como o buriti e piaçava.

O estado caracteriza-se com a segunda maior produção de açaí, sendo superado apenas pelo Pará.

É o setor que apresenta maior importância no papel econômico do estado, respondendo por 69,9 % das riquezas produzidas, de acordo com dados de 2004.

A capital, Manaus, novamente se destaca, primeiramente por sediar a maior parte das indústrias e fábricas da unidade federativa, em razão da mesma sediar o Polo Industrial de Manaus o segundo maior centro de indústria do Brasil, atrás apenas do ABC paulista e em segundo pela grandíssima concentração de riquezas provenientes do setor nos municípios da Região metropolitana de Manaus e seus arredores, sendo que outros municípios, de certa forma os mais distantes da capital, têm uma participação quase nula do setor secundário na composição de suas economias municipais.

Municípios com notáveis indústrias no estado, excluindo-se Manaus, são Itacoatiara, Coari, Manacapuru e Tabatinga, onde originam-se unidades madeireiras.

A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de Manaus, é o principal centro industrial da Região Norte brasileira e o segundo do Brasil.

Foi implantado pelo regime militar brasileiro com o objetivo de viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promovendo melhor integração produtiva e social dessa região ao país e garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras.

É considerado um dos mais movimentados da América Latina e tem como abrangência os estados da Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima) além de dois municípios do estado do Amapá (Macapá e Santana).

O modelo econômico arrecadou em 2011 um valor de R$ 34.200.000 bilhões e suas indústrias são voltadas, em geral, para a produção de produtos eletroeletrônicos, madeireiro e pólo de duas rodas.

Transportes

EMBARCAÇÕES - Meio de Transporte - 1
Embarcação no rio Amazonas.

O transporte hidroviário é o de maior predominância.

O transporte hidroviário é o mais comum, sendo também o de maior relevância.

O estado possui cinco terminais hidroviários: Terminal de Boca do Acre, Terminal de Itacoatiara, Porto de Manaus, Porto de Parintins e Terminal de Humaitá.

Todos são administrados pelo Ministério dos Transportes, com exceção do Porto de Manaus.

Todos os municípios possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a maioria é servida por aeroportos, havendo em Manaus e Tabatinga os únicos aeroportos internacionais no Amazonas.


Existem também aeroportos regionais, porém em poucos municípios, sendo o Aeroporto Regional de Parintins e o Aeroporto Regional de Coari os mais importantes, além dos aeroportos de Eirunepé, Lábrea e Tefé.

Manaus conta com o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nos moldes dos construídos na década de 1980.


Aeroporto Internacional Eduardo Gomes - Manaus - Antigo - 3


Aeroporto Internacional Eduardo Gomes - Manaus -2

É o maior aeroporto da região Norte e o terceiro em movimentação de cargas do Brasil (atrás apenas de Guarulhos e Viracopos).

Poucas rodovias são encontradas no estado, e em sua maioria estão situadas nos arredores da capital.

A principal destas é a BR-174, principal acesso de Manaus à Boa Vista, capital de Roraima, e também principal via de ligação do Brasil à Venezuela e aos países do Caribe.



NA BR 174 EM RORAIMA A PARTIR DAS 18 HORAS BRASILEIROS NÃO PASSAM, MAS O ACESSO É LIVRE AOS AMERICANOS, EUROPEUS E JAPONESES.

NOTÍCIA DA BR - 174


NA BR 174 EM RORAIMA A PARTIR DAS 18 HORAS BRASILEIROS NÃO PASSAM, MAS O ACESSO É LIVRE AOS AMERICANOS, EUROPEUS E JAPONESES.
Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses.

Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar.

A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (BR - 174 - liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km Reserva Indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.

Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas.

É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc., medicinais, ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Pergunta que não quer calar - Os americanos vão acabar tomando a Amazônia? e ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.

O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena.

O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas.

Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivos de combater o narcotráfico.

Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela.

Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático).

Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Porque os americanos querem tanto proteger os índios.


A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Outras rodovias de destaque são a BR-319, que se inicia em Manaus e destina-se à Porto Velho, encontrando-se quase que intransitável em muitos de seus trechos devido a impasses e riscos ambientais; BR-230 (Rodovia Transamazônica), iniciando em Cabedelo, no estado da Paraíba, e finalizando em Lábrea; AM-010, de Manaus à Rio Preto da Eva e Itacoatiara; e AM-258, de Manaus à Novo Airão.

Há ainda a BR-317, no sul do estado, principal acesso ao Acre e ao Oceano Pacífico, AM-070, AM-174 e AM-254.

Grande parte das rodovias situadas no território estadual estão em condições inadequadas de uso.

COMUNICAÇÃO

A primeira publicação jornalística no estado do Amazonas surgiu em 1850, ano de sua emancipação política, e chamava-se A Província do Amazonas.

O jornal teve pouco tempo de duração, encerrando suas atividades em 1852.

Apesar deste ter sido o primeiro periódico a circular na então província, a primeira publicação a ser impressa no estado foi o jornal Cinco de Setembro, que iniciou suas atividades em maio de 1851 e dedicava-se a publicar atos governamentais, tais como anúncios sobre escravos fugitivos e as realizações do Império brasileiro.

Em 1854, o jornal renomeou-se para Estrella do Amazonas.

Jornal Estrella o Amazonas 1860 - 1

Grande parte dos periódicos que surgiram no Amazonas, no século XIX, exibiam suas publicações em português, por isso viam suas atividades serem ameaçadas, pelo fato de a maioria da população do Amazonas falar o nhengatu naquela época.

Além destes dois, destacaram-se ainda os jornais O Argos, publicação lançada em 1870 e defensora dos interesses republicanos, O Abolicionista do Amazonas, cujo surgimento deu-se em 1884 através de um grupo de mulheres que defendia o fim da escravidão na província amazonense, e O Humaythaense, o primeiro jornal registrado no interior do estado, lançado em 1891 em Humaitá, dedicado principalmente à economia da borracha.

Jornal Humaythaense - 1891 - 2

Também em Humaitá foi notável o jornal O Madeirense.

O jornal mais antigo em circulação no Amazonas é o Jornal do Commercio, fundado em 2 de janeiro de 1904, por J. Rocha dos Santos.

Jornal do Commercio - 3

É ainda, o jornal mais antigo em atividade na Amazônia e um dos mais antigos do Brasil.

A exemplo do Jornal do Commercio, outros jornais impressos de destaque, no estado, são: A Crítica, lançado em 1949 por Umberto Calderaro Filho; Diário do Amazonas, surgido em 1986; Amazonas Em Tempo, fundado em 1988; O Estado do Amazonas, lançado em 2002; e Amazônia Oportunidades & Negócios, também lançada em 2002.

Cultura

A cultura amazonense tem seu referencial em três raízes étnicas bem distintas entre si, sendo essencialmente de base ameríndia e européia.

A Secretaria de Estado da Cultura é o órgão vinculado ao Governo do Estado do Amazonas responsável por atuar no setor de cultura do estado.

O estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia Amazonense de Letras, fundada em 1918 e a Academia de Ciências e Artes do Amazonas.

Manaus e Parintins possuem traços da imigração japonesa em sua cultura.

O Festival Folclórico de Parintins - 1

O Festival Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.

Espaços Teatrais

O estado conta com vários teatros.

Na capital, destacam-se vários teatros, como o Teatro Amazonas, principal espaço de teatro e patrimônio cultural arquitetônico da região.

Teatro Amazonas em Manaus- 1
Sua construção deu-se em 1882, sendo mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, e foi inaugurado em 1896.

É um exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borracha.

O Teatro Amazonas foi tombado como Patrimônio histórico em 28 de novembro de 1966 e sedia eventos artísticos como o Festival Breves Cenas de Teatro, Festival Amazonas de Ópera, Festival Amazonas de Jazz, Festival de Teatro da Amazônia e Amazonas Film Festival.

Há também, outros espaços de teatro na capital, Manaus, como o Teatro da Instalação, um edifício oriundo da Belle-Époque e que chegou a sediar a Ópera dos Três Vinténs.

Outros espaços teatrais são o Teatro Américo Alvarez, Teatro Gerbes Medeiros, Teatro Jorge Bonates e Teatro Luiz Cabral.

Festivais

O Festival Folclórico de Parintins é um exemplo de turismo cultural.

Festival de Parintins - 2

É um dos principais atrativos turísticos da região norte brasileira.

Há registros de diversos festivais nos municípios do estado.

Muitos dos festivais mostram a influência do folclore da região.

O de maior destaque é o Festival Folclórico de Parintins, que se realiza no município de mesmo nome no fim do mês de junho e tem como atração principal a modalidade competitiva entre o Boi Caprichoso, boi preto com a estrela azul na testa, cujas cores são o preto e o azul, e o Boi Garantido, boi branco com o coração vermelho na testa, cujas cores emblemáticas são o vermelho e o branco.

Festival de Parintins - Bois Garantido e Caprichoso
                            BOI GARANTIDO E BOI CAPRICHOSO

O Festival Folclórico de Parintins é tido como o segundo maior evento folclórico e popular do Brasil, perdendo somente para o Carnaval.

O festival organizado realiza-se desde a década de 1960, embora a criação dos bois é oriunda do início do século XX.

Caracteriza-se pela exposição dos ritos, costumes e histórias dos nativos, apresentados pelas duas agremiações folclóricas.

Diversos personagens podem ser vistos no festival, entre estes um apresentador oficial, chamado de levantador de toadas; o amo do Boi; a sinhazinha da fazenda; os elementos típicos da região e as lendas da Amazônia; a porta estandarte, a rainha da festa e a Cunhãporanga, um mito feminino folclórico.

O Boi Garantido foi criado por Lindolfo Monteverde, descendente de açorianos, em 1913, e o Boi Caprichoso provavelmente foi criado no mesmo ano, por Roque e Antônio Cid, migrantes do Ceará, e Furtado Belém.

As duas figuras folclóricas, ao tempo de suas fundações, costumavam brincar em terreiros e saíam nas ruas onde confrontavam-se com desafios e inevitáveis brigas, dando origem à rivalidade existente até os dias atuais.

Há registros de outras agremiações folclóricas em Parintins também chamadas de bois, como o Boi Bumbá Campineiro, entretanto, apenas os bois Garantido e Caprichoso permaneceram.

A data de realização do evento popular, historicamente realizado nos dias 28, 29 e 30 de junho, foi modificada em 2005 por uma lei municipal, transferindo-o para o último fim de semana do mês.

Além de Parintins, há outros festivais nas cidades do estado: O Festival de Ciranda de Manacapuru, uma manifestação folclórica surgida em 1985, que consiste na disputa de cirandas, representadas pelas agremiações Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura.

O Festival da Canção de Itacoatiara, um festival de música realizado desde 1985 em Itacoatiara;

Festa do Guaraná, uma manifestação folclórica que apresenta lendas e mitos indígenas do Amazonas, em Maués.

O Festival do Mestiço, realizado nas cidades de Autazes, Careiro da Várzea e Manaus e a Festa da Melancia, realizada em Manicoré.

Turismo e Artesanato

O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009.

Em 2010, em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.

Manaus, capital estadual, é tida como o 7º melhor destino turístico no Brasil, conforme pesquisa do TripAdvisor, anunciada durante a 5ª edição do Travelers Choice Destinations em 21 de maio de 2013.

De acordo com a pesquisa, os maiores atrativos são os hotéis de selva, museus e atrativos naturais, como reservas florestais.

O artesanato do estado é originalmente de cultura indígena e possui traços da biodiversidade da Amazônia.

ARTESANTO INDÍGENA - MANAUS - 1
Usa-se objetos e utensílios pessoais e domésticos, oriundos da floresta, como sementes de frutos, folhas, penas de aves, raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza.

Artesanato Indígena - Amazonas - 3
A produção do artesanato dar-se-á em aldeias indígenas das tribos Tukano, Dessana e Baniwa, no Alto Rio Negro, e da tribo Tikuna e Kokama, no Alto Solimões.

ARTESANATO INDÍGENA -RIO SOLIMÕES - 2
ARTESANATO INDÍGENA -RIO SOLIMÕES

Também há incentivo ao artesanato produzido por famílias ribeirinhas e caboclas, que geralmente vivem afastadas dos centros urbanos do estado.

Além do artesanato feito com utensílios modelados da floresta, também é possível encontrar produtos e cosméticos naturais produzidos a partir destas ferramentas, em formato artesanal.

Culinária e Frutos

Considerada a mais exótica do país a culinária amazonense é a que mais preservou as origens ameríndias, tendo sofrido pouca influência européia e africana.

Os principais ingredientes usados na composição dos pratos típicos do Amazonas são os peixes de água doce, a farinha de mandioca (também chamada de farinha do Uarini), jambu, chicória e frutas regionais.

Culinária Amazonense - 2

Culinária Amazonense - 1

 Por estar situado na maior bacia hidrográfica do planeta, o Amazonas possui mais de duas mil espécies de peixes.

O pescado é usado na maior parte da culinária típica da região, hábito este influenciado pelos costumes ameríndios e europeus.

Além do pescado, a mandioca também é muito usada nos pratos típicos amazonenses, sendo uma influência indígena com técnicas de plantio e cultivo.

Entre os pratos tradicionais do estado, estão o Pirão, Tacacá, Caldeirada, Tucupi, Caboquinho, Chibé, Pirarucu à casaca, Leite de castanha, Paxicá e Tucunaré de Forno , Vatapá sem Amendoim.

Culinária Amazonense - VATAPÁ - sem Amendoim -4Culinária Amazonense -Vatapá -1









O Amazonas, assim como a Amazônia, apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas.

Frutas Regionais Amazonense - 3
Concentra a maior diversidade de frutas do mundo.

O açaí, fruto oriundo de uma palmeira amazônica, é o mais conhecido no mundo, em grande parte devido ao suco feito com a polpa do fruto, conhecido como "vinho de açaí" e comercializado em lojas no Brasil e exterior.

O Araçá-boi é outro fruto nativo do Amazonas e da Amazônia Legal que tornou-se bastante apreciado pelo mercado internacional.

O Cupuaçu, fruto amazônico também muito conhecido, pertence à família das esterculiáceas e acredita-se ser parente do cacau.

O fruto é comumente usado para a fabricação de balas, bolos e tortas, além de refrescos, sorvetes e cremes.

Outros frutos de origem amazônica são o guaraná, o bacuri e o buriti.

O guaraná é um arbusto cultivado principalmente em Maués, pertencente à família Sapindaceae.

O fruto possui grande quantidade de cafeína e estimulantes, sendo usado na fabricação de xaropes, pós e refrigerantes.

O bacuri é um fruto com polpa agridoce e ainda em ascensão.

O buriti, além de comestível, é usado principalmente na fabricação de cosméticos e remédios.

Há outros frutos, tais como o Tucumã, Pupunha, Graviola, Bacaba, Patauá, Marimari e Camu-Camu.

Esportes

Interior da Arena Amazônia, em Manaus - 1
Interior da Arena Amazônia, em Manaus, uma das sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014.

Acredita-se que 1906 foi o primeiro ano em que partidas de futebol foram registradas no Amazonas.

Essas partidas ocorreram no Campo do Parque Amazonense, onde atualmente encontra-se o Parque dos Bilhares, e foram iniciativas de marinheiros, empresários e despachantes britânicos que imigravam para o Amazonas.

O estado é o único no Brasil a realizar a Copa Indígena, evento esportivo que tem como alvo os Povos Indígenas do Amazonas.

Seleção Indígena - Campeã da Copa Indígena do Alto Solimões  - 2014
Seleção Indígena - Campeã da Copa Indígena do Alto Solimões  - 2014

O evento foi iniciado a partir de 2009.

A Copa Indígena consiste na disputa de clubes de futebol formado apenas por etnias indígenas que disputam entre si.

www,aalquimiadacura.blogspot.com

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