"O POVO MUNDURUKU"
Munduruku
Os Mundurucus, também chamados Munduruku, Weidyenye,
Paiquize, Pari, Maytapu e Caras-Pretas, e autodenominados Wuyjuyu ou Wuy
Jugu, são um “Grupo Indígena Brasileiro” que habita
as Áreas Indígenas: Cayabi, Munduruku, Munduruku II, Praia do Índio, Praia do
Mangue e Sai-Cinza,
no sudoeste do
estado do Pará;
as terras indígenas Coatá-Laranjal e São José do Cipó,
no leste do
estado do Amazonas;
e a Reserva
Indígena Apiaká-Kayabi, no oeste do estado do Mato Grosso.
Têm uma
população de 11.630 (Fundação Nacional de Saúde, 2010) ou mais
indivíduos, distribuídos em cerca de trinta aldeias.
Falam
a língua Mundurucu, a qual pertence à Família
Linguística Mundurucu e ao Tronco Linguístico Tupi, Família lingüística Mundurukú, autodenomina-se Wuyjugu .
OS CLÃS
Os Clãs são Exogâmicos, uma pessoa pertencente a uma determinada metade só pode contrair casamento com uma pessoa da metade oposta.
Uma pessoa do Clã Bõrõ, um dos muitos Clãs da Metade Branca, só poderá casar-se com alguém de um Clã pertencente à Metade Vermelha, como Karo.
As possibilidades são variadas, sendo que entre os da Metade Branca estão: Kirixi, Akai, Saw e outros; na Metade Vermelha: Kabá, Tawé, Wako e outros.
Os Nomes dos Clãs correspondem a diferentes elementos da natureza, como Árvores, Pássaros e Mamíferos, que fazem parte da Rica Cosmologia dos Munduruku, estando muitas vezes presentes nas Narrações e Canções Tradicionais que explicam o mundo e as relações dos homens dentro dele.
Uma pessoa do Clã Bõrõ, um dos muitos Clãs da Metade Branca, só poderá casar-se com alguém de um Clã pertencente à Metade Vermelha, como Karo.
As possibilidades são variadas, sendo que entre os da Metade Branca estão: Kirixi, Akai, Saw e outros; na Metade Vermelha: Kabá, Tawé, Wako e outros.
Os Nomes dos Clãs correspondem a diferentes elementos da natureza, como Árvores, Pássaros e Mamíferos, que fazem parte da Rica Cosmologia dos Munduruku, estando muitas vezes presentes nas Narrações e Canções Tradicionais que explicam o mundo e as relações dos homens dentro dele.
Etimologia
O
Nome "Mundurucu" é o nome com que um grupo
rival dos Mundurucus, os Parintintins, os denominam.
Significa
"Formigas Vermelhas" e é uma referência ao ataque em massa que os
mundurucus costumavam realizar sobre seus inimigos.
História
Segundo
seu Mito de Origem, os Mundurucus foram
criados por Karosakaybo
na Aldeia Wakopadi, próximo às
cabeceiras do Rio
Krepori.
Karosakaybu
Na
Segunda Metade do Século XVIII, começaram os primeiros
contatos registrados com os não índios.
Os
Mundurucurus dominavam o Vale do Rio
Tapajós, região que era conhecida como Mundurucânia.
Rio Tapajós
Era
costume dos Mundurucus mumificarem os
crânios de seus inimigos derrotados, aos quais atribuíam propriedades mágicas.
Com
a derrota dos Mundurucus frente às várias Expedições Militares portuguesas, eles foram alojados
em Aldeamentos Missionários e passaram a fornecer as
chamadas drogas do sertão.
A
partir de meados do século XIX, o advento do Ciclo da Borracha marcou o aumento da presença de não índios em
território tradicional Mundurucu.
Os
Mundurucus Lutam para preservar a posse de seu território tradicional DIANTE
DE GARIMPOS ILEGAIS, CONSTRUÇÃO DE HIDRELÉTRICAS E CRIAÇÃO
DE HIDROVIAS.
POLÊMICA
SOBRE O USO DA TERRA
Mundurucus em Aquarela de 1828 de Hércules Florence
No
Início de 2012, a imprensa teve acesso a um contrato que representantes da
tribo teriam firmado com uma empresa estrangeira em que "os índios se
comprometem a não plantar ou extrair madeira das terras nos 30 anos de duração
do acordo".
Em
Troca, a Empresa Irlandesa Celestial Green Ventures, que se apresenta
como líder no mercado mundial de créditos de carbono, pagaria 30 parcelas anuais
de 4.000.000 de dólares estadunidenses de 2012 até 2041.
O
Contrato teria sido Assinado pelo Presidente da Associação Indígena Pusuru, em desacordo com a
vontade da maioria, segundo o vice-prefeito (índio) do município de Jacareacanga.
Além
da Preservação da Vegetação Nativa, o Contrato daria, à empresa, "A Totalidade dos Direitos sobre
Créditos de Carbono e todos os Direitos de Créditos de Certificados ou Benefícios que se venham
a obter por meio da Biodiversidade
dessa área", o que abriria uma brecha para
a biopirataria.
A
Discussão exemplifica Casos em que contratos firmados por indígenas
incluem cláusulas abusivas, e que, de acordo com parecer da Advocacia Geral da União, devem
sofrer intervenção direta da União
- o que também é
sintomático da insegurança jurídica desse tipo de contrato no Brasil.
CONFRONTO COM A POLÍCIA EM
JULHO DE 2012
Em
3 de julho de 2012, Índios da Etnia Mundurucu atacaram uma delegacia no município
de Jacareacanga, no estado do Pará, em protesto pela morte do Índio Lelo Akay
e posterior liberação, pela polícia, dos suspeitos do crime.
LÍNGUA MUNDURUCU
Os
Mundurucus possuem um sistema Numérico Particular.
Pierre
Pica, Stanislas Dehaene e Elizabeth Spelke, desenvolveu um trabalho seminal com os Mundurucus revelando
as Propriedades
Psicofísicas e Linguísticas
do Sistema de Contagem
Mundurucu.
Os
Mundurucus só possuem Palavras para Números até Cinco.
Eles
são capazes de realizar diversas Operações Aritméticas de forma aproximada com acuidade similar à de indivíduos ocidentais que
receberam educação formal em matemática.
CULTURA
Os
Munduruku mantêm algumas práticas culturais relacionadas
à pesca, atividade de maior intensidade no verão, entre as quais estão as
brincadeiras que antecedem a pescaria com timbó, uma raiz que após ser
triturada é usada nos rios para facilitar a captura dos peixes.
Geralmente
no dia anterior à “TINGÜEJADA”, a raiz do timbó é triturada sobre troncos, onde é
batida de forma ritmada com pedaços de paus pelos homens.
As
Mulheres, especialmente as jovens,
apanham Urucu ou a seiva em forma de
goma branca de um arbusto chamado sorva, e passam a perseguir os homens com a
finalidade de passar estes produtos no rosto e nos cabelos dos mesmos; estes
fogem e configura-se um jogo por toda a aldeia.
Para
os Munduruku esta é uma forma de alegrar os peixes e obter fartura na pescaria do dia
seguinte.
Em
algumas Aldeias ainda são tocadas periodicamente as Flautas
Parasuy, instrumentos importantes na Mitologia Munduruku.
Mas
os Tocadores são homens velhos,
o que compromete a continuidade da tradição.
No
entanto, têm surgido por parte dos jovens, especialmente professores e novas lideranças, iniciativas visando a
preservação das canções e músicas tradicionais.
A
Riqueza da Cultura Munduruku é Extraordinária, incluindo um repertório de Canções Tradicionais
de Musicalidade e poesia incomum, que
versa sobre relações do cotidiano, frutos, animais etc.
A
Cosmologia apresenta narrativas que inclui conhecimentos dos Astros, Constelações e da Via Láctea,
chamada kabikodepu, em que são
identificadas as Estrelas que a compõe.
Religiosidade
Nas
Práticas Religiosas os Pajés exercem um papel primordial de Cura através
de Manipulação
de Ervas, atos de Defumação e contato com o Mundo dos Espíritos.
A
Religiosidade Tradicional é muito presente entre os Munduruku, mesmo com as mudanças sofridas com a
colonização.
A
Religiosidade está presente em todos os aspectos da vida cotidiana,
regendo as Relações
com a Natureza, as Práticas do Mundo do Trabalho e as Relações Sociais.
MISSÕES
RELIGIOSAS
A
Missão São Francisco,
localizada na Aldeia Missão, no Rio Cururu, instalada em 1911; e a Missão Batista,
que iniciou suas atividades em fins da década de 1960, estando situada na Aldeia Sai Cinza, no Rio Tapajós, com uma
distância de cerca de 40 minutos de lancha da pequena Cidade
de Jacareacanga.
As
Interferências na Vida Cultural e Religiosa dos Munduruku estão presentes devido à atuação das duas
instituições religiosas, porém, os Munduruku em sua maioria, apesar de
participarem dos rituais católicos e protestantes, dificilmente podem ser
considerados como plenamente convertidos.
Não
há mais uma objeção aberta por parte das Missões
às práticas de pajelança.
Os
Munduruku não atribuem grande importância às condenações feitas pelas religiões
cristãs à sua religiosidade tradicional.
A
Presença de Missões de diferentes Religiões não causou entre os Munduruku rivalidades ou disputas deste cunho, fato que pode
significar que eles atribuem soluções e interpretações próprias no que diz
respeito a religião.
Cultura Material
Na
Cultura Material se destacam as Cestarias e
os Trançados, que são atividades
masculinas, cabendo ao homem a confecção do Iço – Cesto com o
qual as mulheres carregam os frutos e produtos da roça –, as Peneiras e demais utensílios de uso doméstico
feitos com talas e
fibras naturais.
Nos
Cestos Munduruku são grafados com Urucu desenhos que identificam o clã do marido.
As
Tipóias para Carregar as Crianças que são confeccionadas pelas mulheres com a fibra
extraída de uma árvore, identificam, com a cor natural vermelha ou branca, a
metade exogâmica à qual a criança pertence.
Alguns
Homens e especialmente as Mulheres são exímias na
Confecção de Colares com
Figuras Zoomorfas (peixes,
tracajás, gato do mato, jacaré etc.) Esculpidos com Sementes de Inajá e Tucumã.
Artesanato Munduruku
A
Cerâmica, atividade feminina por excelência, encontra-se quase desaparecida, tendo algumas mulheres nas Aldeias Kaburuá e
Katõ que ainda dominam as técnicas
tradicionais.
Entre
os Munduruku da Terra
indígena Coatá, no Estado do Amazonas, esta prática está mais
presente.
CULTURA LITERÁRIA INDÍGENA - DANIEL MUNDURUKU
Daniel Munduruku
Coleção de Livros - Daniel Munduruku
Carta dos Munduruku ao Governo
Crônicas Indígenas - Daniel Munduruku |
Daniel Munduruku
Cultura Indígena - Livros - Daniel Munduruku
Livro - KABÁ DAREBU - Daniel Munduruku |
Histórias de Índio - Daniel Munduruku
Daniel Munduruku
Caçadores de Aventuras - Daniel Munduruku
Um Dia na Aldeia - Daniel Munduruku |
O Onca - Daniel Munduruku
Carta dos Munduruku ao Governo
O Munduruku é o Povo mais
numeroso da região do Sul do estado do Pará,
atualmente são 12.000 indivíduos.
Nos tempos passados, nós,
Munduruku, éramos temidos devido
à fama da arte de guerrear em bandos e usávamos estratégias para atacar os
nossos inimigos.
Não desistíamos tão
facilmente de perseguir os nossos
inimigos e os nossos troféus eram a cabeça humana, que simbolizava o poder.
Dificilmente, nós,
Munduruku, em uma expedição de guerra perdíamos um guerreiro
sequer na batalha.
Atacávamos os inimigos de
surpresa, assim vencíamos os nossos rivais e
não deixávamos ninguém com vida, somente as crianças que quiséssemos levar para
a aldeia, que adotávamos e incluíamos em nosso clã para mantermos a relação de
parentesco.
Uksa era considerada uma casa
sagrada (o quartel dos homens), não era permitida a
permanência de mulheres nesse ambiente, mas o dever delas era preparar os seus
alimentos e servi-los para agradarem, por respeito a eles.
Porque ali se faziam
presentes líderes muito importantes: Contadores
de Histórias, Puxadores, Cantores, Tocadores de Tabocas e Flautas, Líderes
Espirituais Pajés, Caçadores, Artesãos, Conhecedores de Plantas Medicinais,
Interpretadores de Sonhos (Premonitórios), Mensageiros, Guerreiros
(divididos em Cinco Pelotões).
Cada pessoa tinha uma
utilidade muito essencial para
a sociedade.
As Tarefas das Mulheres era cuidar dos afazeres de casa, fazer
alimentos, lavar roupas, capinar roças, fazer farinhas, cuidar das crianças,
ensinar os filhos a se preparar e poder viver no mundo, na fase etária de 12
anos poder já ter responsabilidade e ter a sua própria família, e do mesmo modo
as meninas saber cuidar de si e cuidar do seu companheiro para não ficar
dependente quando chegar à idade adulta.
No Grau Parentesco,
quando a criança nasce, seja menino ou a menina, ao nascer já
está comprometida.
Portanto, quando chega à
idade de 10 anos já pode casar sem
problema.
Isso pode acontecer logo
na primeira menstruação, depois de passar por um ritual.
Somente a Mãe tem o Direito
de comprometer os (as) filhos (as)
por que é ela que sofre desde a primeira fase da gestação.
Fazer todos os
tratamentos com as ervas medicinais é a
obrigação da mãe.
Cabe ao Pai o Direito de caçar para alimentar os filhos e tudo que
eles precisarem para sua subsistência e quanto à sua segurança.
Até a Fase Adulta nós,
Munduruku, não abandonamos os nossos filhos, eles continuam
morando na mesma casa.
Quando os Pais querem que
o filho vá à casa dos homens, decidem o destino do filho
para ingressar para seguir as regras (Normas), o Ritual dos Munduruku.
Mesmo que o Jovem não
tenha capacidade ou habilidade em nenhuma arte, os Pajés ensinam
o conhecimento existente há milhões de anos.
Ali tornam-se Sábios e
Inteligentes Conhecedores de todas as Medicinas, Cosmologia, Histórias, Ciências, Pajelanças, todas as Ciências do Conhecimento, além de nossa
capacidade...!
Os Pajés cuidam dos funcionamentos do Ecossistema da Vida do Planeta para que nada possam
acontecer, eles mantêm o Equilíbrio
do Perfeito Funcionamento da Natureza.
Sabemos como Funciona a Lei da Natureza através dos Ensinamentos dos Anciãos e como devemos respeitá-la.
E os Animais contribuem
conosco porque eles nos ensinam as
coisas que não sabemos, e podemos interpretar as mensagens que nos transmitem,
isso é muito importante.
Por isso nós respeitamos e
eles também nos respeitam, é assim que vivemos em
harmonia com a natureza.
Os Animais nos Ensinam, nos avisam dos perigos
que vão acontecer, seja ela coisa boa ou má.
Os Nãos índios diriam que isso é mau agouro, para nós isso é
real.
As pessoas que Desrespeitam a
Natureza, elas vão ter que sofrer as suas consequências devidas às suas ações.
Não se deve brincar com a
natureza e isso para nós é muito
perigoso, e por isso nós a respeitamos.
Todos os Animais têm quem
cuide deles, portanto, eles têm mães, sejam peixes, sejam animais, aves,
plantas, fogo, terra, ventos, águas, até seres espirituais, todos têm vidas.
Elas precisam de respeito
e são sagradas.
Temos Locais Sagrados ao longo de nosso Rio Tapajós que nós, Munduruku, não mexemos esses lugares.
A Cidade de Belém (Kabia’ip):
para nós, Munduruku, é a “Meteorologia”,
é um fenômeno do controle da estação do verão.
É um bastão que fica no
fundo do mar, quando uma pessoa consegue arrastar alguns
centímetros causa efeito, uma mudança de clima.
Nunca se deve arrastar
além do limite, poderá acontecer grave problema em uma
estação.
Notamos esse fenômeno
quando há verão muito intenso.
A Cidade Macapá (Mukapap): para
nós significa “Passagem”,
onde nossos antepassados tiveram que passar para outra margem do rio onde os
porcos que foram transformados quando eram gentes, o Karosakaybu,
os transformou por causa da negligência.
Baía de Guanabara (Murekodoybu): a
Cobra Grande, o Antigo Guerreiro que ensinou a “Arte da Guerra” ao Karodaybi.
A sua agitação é
percebida com o fenômeno de maresia, quando as ondas ficam
agitadas e quem pode ouvir a voz dela é o líder espiritual, o Pajé.
Não é qualquer hora que a
embarcação pode atravessar a baía, qualquer
descuido pode ser fatal, levando a naufrágio a embarcação e perigo também para
o avião quando passa por lá.
Altar do Chão (Co’anũnũ’a): é uma montanha onde os Munduruku ficavam observando a presença dos
portugueses quando estes surgiam do Baixo Tapajós, e do cume da montanha se
percebiam e anunciavam, através de um instrumento do tipo buzina de sopro,
emitiam sons para avisar que as Tropas Portuguesas estavam indo na direção
dos Munduruku.
Nos primeiros contatos
com os brancos, os Munduruku enfrentaram as tropas portuguesas no
Rio das Tropas, e nas primeiras lutas os portugueses haviam perdido a batalha,
mas, no segundo momento, chegaram mais tropas para enfrentar os Munduruku, e desta vez os Munduruku
não conseguiram derrotar as tropas e chegaram a fazer o acordo de paz e o local
de confronto foi no rio em que hoje se chama Rio das
Tropas, no meado do século XVIII.
Estreito (Dajekapap): é a “Passagem dos Porcos”,
é um lugar sagrado.
Esse lugar existe abaixo da antiga Missão
Bacabal dos Capuchinos, chamada montanha.
Nesse local, no verão, se
pode ver o rastro esculpido na rocha, que é o rastro das Marcas do Pé do Karosakaybu, quando chegou ali
logo que seu filho fora levado à outra margem do Tapajós pelos porcos e ele
havia desistido de procurar o seu filho.
Do lado direito da margem
do Tapajós se pode ver a rocha partida
em forma de vala, é a passagem dos “porcos”, é
o caminho por onde eles desceram.
O Karosakaybu,
por desgosto, ficou muito sentido pela perda do seu filho resolveu deixar uma
cobra para que ninguém pudesse se fazer de deus.
Deixou uma Cobra Surucucu para morder qualquer que passasse por aquele
lugar.
E nesse mesmo lugar tem
uma imagem de santo, e esse foi descoberto por um explorador na
época, só que ele não sabia que aquele lugar era sagrado e foi mordido por
aquela cobra e morreu, e até o dia de hoje pode ser muito perigoso para quem
passar por ali.
Outro local em terra seco
chamado (Cintura Fina) que é o mesmo fenômeno, que fica entre km 180 e de pequena Vila de Garimpo
chamado Vila Rabello, na rodovia BR-230 da transamazônica.
Naquele lugar, por essa
razão, aconteceu vários acidentes
porque os não índios violavam aquele local sagrado.
São Luiz do Tapajós (Joropari kõbie): Antigo Local da
existência Munduruku, que moravam ali
naquela cachoeira.
Os brancos nada sabem daquele
local.
Ali existe um buraco no
meio da cachoeira que alguns moradores antigos, que não são Munduruku,
dizem que ali tem um enorme buraco que se chama a garganta do diabo, qualquer
pessoa que ali for sugado, naquela correnteza, e for tragado nunca aparecerá e
nunca ninguém o verá.
Não se pode mexer na
cachoeira e pode acontecer desgraça.
Lá tem a Mãe dos Peixes em forma de um boto e algumas pessoas que
moram ali no local têm visto esse animal.
Então, os Peixes se
alegram ao vê-la e as Antas costumam cair n’agua naquele local onde
se encontra a mãe.
Segundo o Líder
Espiritual, o Pajé, alertou que
naquele lugar não se pode de maneira nenhuma fazer alguma mudança e se mudar ou
destruir aquele local sagrado, da mãe do peixe, poderão acontecer desgraças
para vida das pessoas, é um risco para todas as sociedades.
Isso, o não índio nunca vai
entender.
A Cobra Grande (Sarakaka):
localizada ali na Antiga Sede da Funai em Itaituba, na Foz do Igarapé do Bom Jardim.
Moraram ali os Munduruku
na época de regatão, quando iam até Belém
para buscar suas mercadorias e ali faziam o acampamento.
O Sarakaka era o Grande Líder Espiritual que possuía muitas riquezas e mercadorias, não se
aproximava das pessoas que não fossem pajé e era muito respeitado.
Até hoje se podem ver os
vestígios naquele lugar e
pode ainda se ver as plantações deixadas por ele, que são bananeiras.
Nesse lugar tem um
remanso onde afundava o Sarakaka.
O Remanso da Anta (Yukpitapodog’ap Dicõð): É um remanso onde o Peresoatpu,
quando era gente, se dirigiu ao rio para atravessar a outra margem do Rio Tapajós.
Ele teve que se
transformar em anta para
atravessar o rio.
O seu sobrinho caçava com
o seu tio quando ainda não havia se
transformado vez que o Peresoatpu
convidava o seu sobrinho para caçar e o deixava sozinho, este dizia ao menino
que iria defecar.
Este se afastava do
menino e logo se transformava em
anta, o menino ao vê-la gritava ao tio, mas ele não respondia.
Quando chegava à aldeia
contava para sua avó e ela perguntava por
que não a flechou.
Aí, a avó disse ao menino que fosse caçar com o tio e que, desta vez,
não deveria gritar para ele.
A avó orientou que se visse a anta e que, desta vez, era
preciso que pegasse a anta com as próprias mãos.
O único jeito para pegá-la era metendo a mão no ânus dela
para tirar as suas tripas.
E foi assim que o fez.
Mas, ela (A Anta),
prendeu a mão do menino e deixando o preso, foi arrastando-o em direção ao rio.
Quando caiu na água, o
menino não tinha muito fôlego e o seu tio (anta) dizia que se faltasse fôlego
era só morder a orelha dela que ele iria submergir.
A Montanha dos Macacos (Deko Ka’a): É
uma montanha rochosa na margem do Rio Tapajós, que é considerada sagrada, a casa dos
macacos.
Eles se procriam nos
buracos que estão na parede da
rocha, muito impressionante.
Só vendo mesmo para acreditar.
Fica acima do Rio Crepori (Kerepodi), que
na nossa língua quer dizer o Rio dos Japus.
Escrita do Muraycoko (Surabudodot),
que fica no Rio
Crepuri.
As Escritas estão
esculpidas nas paredes quase
a cem metros de altura.
É um Enigma desenhado e deixado pelo guerreiro muito
hábil da época.
Uma das coisas muito
interessante que deixou foi o
seguinte: e quem o decifrar esse enigma tornar-se-á muito inteligente sábio e
será dotado de sabedoria, honra riqueza e poder.
Os Munduruku mais loucos guardam esse
segredo e nenhum deles põe em risco o seu tesouro da divindade está bem
guardado e o homem para chegar a esse segredo precisa antes disso se cativar e
se purificar de todas as suas imundices e que nós chamamos de “Diðrewat”.
Chacorão (Nomũ): É uma Cachoeira do Chacorão onde
tem uma arvore centenária bem no meio da ilha, segundo os guerreiros mais
antigos é um lugar sagrado intocável.
É o lugar onde o Karosakaybu
costumava pescar.
Um pouco mais acima
daquela cachoeira tem um redemoinho de
água, nós chamamos de forno (waẽn).
As embarcações que passam
por perto correm o perigo de ser
engolido por ele.
É um fenômeno muito
bonito e interessante.
Na mesma cachoeira lugar conhecido por “Marakace”,
o Karosakaybu costumava ir nesse lugar
para flechar peixe quando este ia buscar “Taquara” flechas e
nesse momento aproveitava para pescar.
São Benedito (Topaða Duk’a): É uma Montanha que fica na margem esquerda do Rio Tapajós,
onde fica o santo lá no alto da pedra.
Se passar por ele sem
oferecer uma Saudação ou não Pagar Promessa poderá
sofrer pane na embarcação.
Se passar próximo a ele,
tem que dar saudação.
Por uma questão de
segurança dos passageiros.
Quem fosse subir até lá
em cima poderia ir: tem um detalhe que
quem fosse impuro não poderia chegar lá em cima e nem poderia olhar para baixo,
corre o perigo de cair de alto a baixo.
A Cachoeira de Sete
quedas (Paribixexe): É uma linda cachoeira contendo sete quedas em formato de
escada.
É o lugar onde os mortos
estão vivendo, o Céu dos Mortos,
ou seja, o Mundo dos Vivos, o Reino dos Mortos.
É um local sagrado para
os Munduruku, Kayabi e Apiakás,
aonde também os peixes se procriam e diversas espécies de todos os tamanhos,
onde existe a mãe dos peixes.
Nas paredes constam as
pinturas rupestres deixados pelo Muraycoko (Pai da Escrita),
a escrita deixada para os Munduruku
através das escritas Surabudodot,
por muito tempo remoto.
Ali também existem Urnas Funerárias enterradas
no local, o enterro de nossos Antigos Guerreiros.
Existe ali também um Portal que não é visto por
homem comum e é visto somente por
Líderes Espirituais Pajés, que podem viajar
para outro mundo desconhecido sem serem percebidos.
A Cachoeira é muito
bonita, por sinal, considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo, o maior patrimônio
cultural brasileiro.
Ela fica no Rio Teles Pires, o local onde
se pretende construir a Usina Hidrelétrica, no estado de Mato grosso.
Cachoeira do (Kerepoca): Uma Cachoeira que fica no Rio Cururu, próxima à Aldeia Santa Maria.
Uma das Cachoeiras mais
bonitas, lá acontece o fenômeno da piaba no período entre o mês
de abril e maio.
Não só de Piabas como também outras
espécies de peixes, Matrinchãs,
Pacu-Açú, Pacu, Piau e outras
espécies.
A Cachoeira acima tem de altura e as andorinhas fazem
seus ninhos dentro da cachoeira e elas têm que atravessar a parede d’água
(camada de água) e a cachoeira é belíssima.
Aqui não dá para relatar
todos os Locais Sagrados que existem no Território Munduruku.
Existem outros,
vários.
Na proximidade da Serra do Cachimbo tem
se notado a existência de Índios Isolados, os moradores da aldeia da antiga
pista de pouso do exército puderam comunicar que há vestígios de isolados
naquela região, pois viram rastros maiores do que pessoas normais e na época
seca do verão viram sinais deles porque havia sinais de fumaça que os fez
perceber porque eles haviam incendiado uma parte do campo natural.
No Afluente do Rio Cururu.
Outro lugar da existência de Índios Isolados é na região do Rio Kabitutu.
Um Caçador Munduruku em sua expedição de caçada fora capturado por
eles.
Ficou com eles por um período de mais ou menos três dias.
Não soube identificá-los.
Segundo ele disse tinham
características de Índios Nambikoara, contendo um perfurado na
ponta do orifício no nariz com uma varinha.
Ao libertá-lo,
pintaram e fizeram voltar a sua aldeia.
O Munduruku capturado contou que havia oferecido e acendido um isqueiro e eles se recusaram a receber e
eles mostraram as suas técnicas mais rústicas e avançadas quando eles
esfregaram simplesmente um bastão e o fogo imediatamente havia acendido.
Estes Índios Isolados ficam entre o Rio das Tropas e Rio Kabitutu, região menos explorada pelos Munduruku.
Todos os Munduruku
possuem o conhecimento guardado esse repassado oralmente pelos antepassados para não
desaparecer o valor cultural e os conhecimentos milenares.
Todas as Pessoas Idosas
são Dotadas de Conhecimentos, para os jovens adquirirem
o conhecimento é preciso que obedeçam rigorosamente às Normas
Munduruku, nada é impossível quando se queres alcançar a perfeição.
Conhecemos as pessoas quando elas mentem, quando elas nos enganam, quando são astutos, ambiciosos e
gananciosos.
Sabemos quais são os seus interesses, o “Interesse
Econômico”, não tem
amor à vida.
Pois temos “Amor às Pessoas”, “Sabemos Respeitar”, “Sabemos Compartilhar”, para nós “Não existem Pessoas Pobres”, “Somos Todos Iguais”,
“Sabemos Dividir” com “Aquele
que Não Tem”.
Não Existem Ricos e Pobres no meio da nossa Sociedade Indígena, não fazemos acepção
de pessoas e muitos menos discriminamos.
Em nosso mundo não existe
isso, só Amor, Respeito, Paz, Humildade,
Sinceridade.
Vivemos Felizes sem Termos Dinheiros, sem Termos Mansões para morar, sem Ter Bens Materiais.
“A Vida é Mais Importante”,
dinheiro não nos traz felicidade, só desgraça.
Quando temos dinheiro, aí nos esquecemos de nossos parentes, torna-nos egoísta, não ligamos
mais para ninguém.
Assim, começa o desrespeito às pessoas, nos tornamos individualismo.
Quando dissemos que não dependemos mais de
ninguém é pura mentira.
O dinheiro é uma maldição, isso faz esquecer-se de olhar para nós mesmo e para outros.
As pessoas não têm tempo para as famílias, estão
apenas de olho em seus afazeres, o emprego.
Ficam Estressados, ficam Preocupados, Não Dormem direito, Não Conseguem Ter Diálogo com a Família.
É porque Se Esquecem dos Seus Próximos, Entes Queridos,
estão preocupados somente com os seus negócios.
Quando paramos para
pensar, começamos a nos olhar para dentro de nosso interior e isso
faz abrir os nossos olhos e começamos a enxergar à nossa frente e nos traz
alívio ao nosso espírito, e isso é tão agradável.
Nós, Munduruku, somos
assim, damos valor ao que está a nossa volta.
Estão tudo na natureza, os conhecimentos que a
humanidade procura há milhões de anos.
Fazem-se tantas pesquisas, envolvem cientistas,
intelectos, pessoas dotadas de conhecimentos científicos, mas nada se descobrem
e continuam ocultas as coisas preciosas que nos interessam.
Cada vez mais a Natureza
se distancia e se esconde de nós
porque nós a destruímos.
As Pessoas querem
transformar em Negócios a
tão preciosa riqueza que temos.
Aonde que querem chegar
com essa destruição, quando preservamos e os destruidores dizem
para nós, que mantemos em equilíbrio a natureza, que estamos devastando a
natureza.
Totalmente contrário ao
nosso modo de pensar.
Porque nós nunca destruímos os nossos bens naturais, tão somente nós nos preocupamos em guardar para não ser destruídos.
O Homem não está destruindo somente a
natureza, está destruindo a sua própria natureza humana, isso eles não
entendem, estão destruindo a si mesmo.
É por isso que vemos os Desastres acontecerem na vida do planeta, vemos mudanças climáticas,
enchentes, secas, e muitas outras misérias no mundo.
Todas as nossas Aldeias ficam às margens do Rio, as Roças também, os
Lagos para Pescar, no inverno fica muito difícil conseguir o pescado.
Só na época de verão fica farto de peixes, por que ficam formadas
as lagoas.
São 120 aldeias ao longo das margens do Rio das Tropas, do Rio Kabitutu, do Rio
Kadiriri, do Rio Tapajós,
do
Rio Teles Pires, do Rio
Cururu, do Rio Anipiri e do Rio Waredi e de vários
afluentes.
Os Antigos Munduruku viviam em terra firme nas savanas, devido às
dificuldades existentes na época tivemos que nos mudar para as margens do
Tapajós.
Somente existe uma Aldeia Tradicional, a Aldeia Kaboro’a, e
as demais ficam às margens dos rios.
“PREZADOS SENHORES,
DIANTE DESSES FATOS RELATADOS SOBRE A NOSSA SITUAÇÃO, COMUNICAMOS QUE ESTAMOS
REVOLTADOS PELO MODO COMO O GOVERNO BRASILEIRO VEM NOS TRATANDO”.
Vemos os Desrespeitos aos
Nossos povos, a CONSTITUIÇÃO
sendo rasgada, tornando-a inválida, para não termos os nossos direitos
garantidos por ela.
Agora, o nosso próprio
território se tornou o Campo de Guerra, onde estamos sendo exterminados, assassinados a tiros
pelas Forças Armadas do governo.
Não temos mais Direitos de gritar para sermos ouvidos
e ninguém nos socorre enquanto estamos pedindo socorro.
Os Policiais das Forças
Armadas deveriam nos dar Segurança
para nos Proteger.
Estamos vendo que isso
não está acontecendo, é tudo ao contrário.
O Governo está usando violência para realizar à força os
estudos dos pesquisadores para construir os seus empreendimentos nas terras indígenas.
Nunca fomos consultados, e ninguém nos informou sobre os projetos do governo em
nossas áreas.
E quando o Governo fala em Dialogar, já está Construindo as Usinas
Hidrelétricas em nossos rios.
Quando nós nos
posicionamos contrários à
decisão do governo, ele diz que não aceita a nossa decisão, o que vale é
decisão do governo.
Foi o que o próprio Ministro
Gilberto Carvalho disse na reunião de terça feira, dia 4 de junho: “QUERENDO OU NÃO QUERENDO VAI
SER CONSTRUÍDAS AS USINAS HIDRELÉTRICAS DE SÃO LUIZ DO TAPAJÓS, BELO MONTE E DO
TELES PIRES”.
Então, de que adianta sermos
consultados se a nossa
decisão não é levada em consideração?
Onde está o nosso direito, o direito ao respeito?
Até a lei que protege o meio ambiente não existe mais, as licenças ambientais sendo emitidas mesmo sabendo que as obras vão impactar e que vai destruir a natureza, inclusive impactar a vida das pessoas que vão ser afetadas, e isso não é levado em consideração, o risco que sofrerão, e a vida nunca será a mesma para elas.
Onde está o nosso direito, o direito ao respeito?
Até a lei que protege o meio ambiente não existe mais, as licenças ambientais sendo emitidas mesmo sabendo que as obras vão impactar e que vai destruir a natureza, inclusive impactar a vida das pessoas que vão ser afetadas, e isso não é levado em consideração, o risco que sofrerão, e a vida nunca será a mesma para elas.
A VIDA DOS ANIMAIS, EM PERIGO DE EXTINÇÃO, TANTO QUANTO AOS PEIXES E
A VIDA DA BIODIVERSIDADE.
A População Munduruku e outros moradores que dependem dos recursos
naturais, que a subsistência vem do rio e da floresta.
NÓS QUEREMOS QUE SEJA GARANTIDO O NOSSO DIREITO, O RESPEITO PELAS NOSSAS VIDAS, O RESPEITO À NOSSA TERRA, RESPEITO À CULTURA.
QUE INSTITUIÇÃO É ESSA QUE
LIBERA O ALVARÁ DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO, SENDO QUE ELA É O ÓRGÃO QUE PROTEGE O MEIO
AMBIENTE.
POR QUE QUEREM NOS DESTRUIR, NÓS NÃO SOMOS CIDADÃOS BRASILEIROS?
SOMOS TÃO INSIGNIFICANTES?
O QUE O GOVERNO ESTÁ DECLARANDO CONTRA NÓS?
ESTÁ DECLARANDO GUERRA PARA NOS ACABAREM PARA DEPOIS ENTREGAR AS NOSSAS TERRAS AOS LATIFUNDIÁRIOS E PARA OS AGRONEGÓCIOS, HIDRELÉTRICAS E MINERAÇÃO?
O GOVERNO ESTÁ PRETENDO TIRAR DE NÓS PORQUE NÃO ESTAMOS DANDO LUCRO PARA ELE.
SOMOS TÃO INSIGNIFICANTES?
O QUE O GOVERNO ESTÁ DECLARANDO CONTRA NÓS?
ESTÁ DECLARANDO GUERRA PARA NOS ACABAREM PARA DEPOIS ENTREGAR AS NOSSAS TERRAS AOS LATIFUNDIÁRIOS E PARA OS AGRONEGÓCIOS, HIDRELÉTRICAS E MINERAÇÃO?
O GOVERNO ESTÁ PRETENDO TIRAR DE NÓS PORQUE NÃO ESTAMOS DANDO LUCRO PARA ELE.
JÁ SABEMOS QUE O CURSO DO RIO TELES PIRES FOI DESVIADO COM A CONSTRUÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA NA CACHOEIRA DE SETE QUEDAS.
Estamos Clamando para o Governo parar com essas obras ilegais Pedimos às autoridades que agilizem o
processo de julgamento da Usina de Belo Monte no Xingu, Teles Pires e também de
São Luiz do Tapajós, no Pará.
Em nenhum momento fomos
consultados, porém os estudos já estão sendo feitos em
nossos territórios.
Se houve Estudos nós não sabemos disso.
Que sejam atendidas as
nossas reivindicações em caráter de urgência.
Que Saiam as Forças Armadas de nossas terras.
Que Parem os Estudos das Pesquisas.
Que Parem as Construções de Hidrelétricas.
Que nos Expliquem Tudo que Vai Acontecer em nossas terras e nos Ouçam e respeitem a nossa decisão.
Assinam: as Lideranças Munduruku, Brasília, 08 de junho de 2013.
Índios Guerreiros da Tribo Munduruku se preparando para a abordagem a uma Mina de Ouro Ilegal na Amazônia
Cacique Arnaldo Kaba ( Kabaremuybu) - Munduruku
Cacique Domingos Munduruku
Cacique Juarez Saw Nuduruku - Sawré Muybu - São Luiz do Tapajós
Cacique Subalino Saw Munduruku
Líder Jairo Saw Munduruku
Lideranças - MUNDURUKU
Mundurukus-Rio Cururu-Tapajós
Munduruku - Terra Indígena Sawré Maybu
Mundurukus - PARÁ e AMAZONAS
Povo Munduruku
Povo Munduruku -1900
Munduruku
Livro2 - Munduruku - Levantamento Etnoecológico |
Livro - Das Coisas que Aprendi - Daniel Munduruku
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Festival 2016 - FESTRIBAL - Munduruku x Muirapinima- Juruti
RITUAIS - Tribo Munduruku - 2015
Ritual do Fogo Munduruku - Aldeia Bragança
Mensagem MUNDURUKU
Olhar e Educação Indígena - MUNDURUKU - Daniel Munduruku
A FRONTEIRA MUNDURUKU
GRUPO MUNDURUKU - WUIJUYU - Juara - MT
Centro de Artesanato MUNDURUKU - Itaituba - PA
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